Todos conhecem a passagem de Jesus, relatada em Jo, 8,7: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Este episódio nos faz lembrar que como humanos somos tentados e levados ao erro ou ao pecado. Entretanto, a dignidade humana torna-se edificante quando há humildade e coragem de reconhecer a necessidade de mudar!

Jesus em sua infinita bondade, sendo uma das grandes revelações do mundo espiritual, trouxe a nova dimensão para os Mandamentos anunciados por Moisés, pois estes preceitos divinos ganharam fundamento do amor, perdão e misericórdia. Assim, de nada vale ser praticante destes belos ensinamentos caso se carregue o preconceito, a insinuação de ódio e rancor para com o próximo.

De que valia todas as normas dos judeus, quando estavam desejosos em apedrejar a prostituta? De que valem todas as fundamentações religiosas se não se aceita o outro como diferente? Infelizmente, em pleno século XXI vivemos no mundo semelhante do tempo de Jesus, pois quem não é enquadrado no padrão de comportamento estabelecido é banido de todo tipo de ambiente. Os ensinamentos do Grande Mestre tornam-se meras falas decorativas quando não são praticados no dia-a-dia, portanto, seguir os passos de Jesus é ter vontade e impulso para mudar o percurso existencial.

Vivendo em meio a tantas informações, modismos e indução ou manipulação de pensamentos, a mudança, em muitos casos torna-se quase impossível. Nascemos para ser livres, para amar o nosso semelhante, praticar o bem, ter o ímpeto da caridade e da bondade. Mas, como fazer ou viver desta forma quando se deve seguir norma e conduta de falso moralismo que leva a frieza e a perca dos bons valores e do próprio sentido do viver?

Mudar é preciso, contudo a mudança deve ser entendida para se elevar a conduta humana. Não tenho dúvidas que este quesito leva muitas criaturas a perca do sentido de sua vivência que conduz à depressão e, em muitos casos ao famigerado suicido! Quando os preceitos familiares, religiosos, sociais e de toda a implicação ligada aos principais morais são impostos ao ser humano, sem ter diálogo, entendimento e parâmetros de equilíbrio, não acontecem mudanças, acontecem tragédias!

Escrevo este artigo, pois na convivência com jovens há quase quarenta anos em escolas, percebo que a cada dia a tristeza parece tomar conta de grande parcela desta juventude, uma vez que as famílias impõem preceitos sem conversar ou explicar, o pior é quando estes fundamentos morais se relacionam com a ‘religiosidade’! Desculpem a franqueza, mudar frente à ‘lavagem cerebral’ com imposição, como fazem na atualidade inúmeras seitas, jamais haverá mudança verdadeira!

Nascemos para exercer a nossa liberdade, seguir nosso caminho e, para tanto, constantemente precisamos ter a vontade de mudar. Como deve ter mudado a vida da pecadora perdoada por Jesus, ela presenciou o momento de sua morte pelo fato do povo seguir uma religião machista e preconceituosa que excluía o preceito de Jesus: o amor ao próximo!

Deste modo, a vontade de mudar leva a possibilidade de ajudar o mundo mudar; de ser feliz e ter amor pela própria vida. Seja menos moralista e, não esqueça que fanatismo religioso não leva ninguém ao paraíso!

Implore à espiritualidade maior para ter paz, equilíbrio e, sem preocupação com preceitos ou fundamentos religiosos que o impedem de buscar uma verdadeira vontade de mudar!

Pense nisso! Até o próximo! Seja feliz!