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Às vésperas das eleições, desemprego e inflação preocupam os brasileiros

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Murici Balbinot. -
Incertezas do pleito fazem com que consumidores estejam menos confiantes. Mais de 80% dos brasileiros dizem que a economia está ruim e esperam soluções para o setor
Os reflexos da crise econômica e as incertezas do processo eleitoral têm impactado o humor do consumidor brasileiro. Segundo uma pesquisa nacional realizada entre agosto e setembro, a confiança dos brasileiros caiu 0,5 ponto, passando de 42,4 para 41,9 pontos. O dado mede a satisfação da população com as condições da economia em uma escala de 0 a 100.
De acordo com o levantamento, 82% dos brasileiros avaliam que a economia anda mal, contra 81% do mês passado. Para 14%, o desempenho é regular e para apenas 2% o cenário é positivo. Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, os principais sintomas são o desemprego elevado (68%), o aumento dos preços (61%), as altas taxas de juros (38%) e o aumento do dólar (29%).
Quase metade (47%) dos entrevistados afirmaram que pelo menos uma pessoa de sua residência está desempregada. Além disso, cerca de um terço (34%) tem receio de ser demitido. O que mais tem incomodado na vida financeira familiar é o custo de vida, citado por 51%, seguido do desemprego (19%). As contas de água e luz são os débitos que mais "incomodam", com 89% de citações. Esse percentual foi de 87% para os supermercados e de 86% para os combustíveis. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
A pesquisa mostra que a avaliação dos brasileiros com a economia nacional é bem diferente em relação com a economia pessoal. Apesar da crise, o otimismo é maior com o próprio bolso. De acordo com a sondagem, 43% dos brasileiros consideram a atual situação financeira como ruim ou péssima. Outros 45% consideram regular e um percentual menor, de 11%, consideram que vai bem. O custo de vida elevado e o desemprego são as principais razões para considerar a vida financeira ruim, apontadas por 57% e 34% desses consumidores, respectivamente. Os entrevistados mencionam também a queda da renda familiar (25%), imprevistos (13%), e a perda de controle financeiro (11%).
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, embora o país tenha superado a recessão técnica, o consumidor brasileiro ainda sente os reflexos da crise e tem ficado mais cauteloso diante do processo eleitoral em curso. "Toda eleição traz incertezas. Ainda há muitas dúvidas sobre como os candidatos pretendem lidar com as reformas que o país precisa. Enquanto a recuperação econômica não se traduzir em queda do desemprego e crescimento real da renda, não haverá uma percepção de melhora do bem-estar", afirma a economista. "A economia está se recuperando de forma gradual, mas enfrentou percalços ao longo do ano para esboçar uma reação mais vigorosa", conclui.
Jornalismo Adjori/SC-Murici.
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