Consórcio Machadinho entrega kits para aulas de Karatê em Piratuba |
Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa
Vivenciamos um tempo de extrema ansiedade, pressa, não sabemos pra onde vamos, apenas que temos que ir rápido.. Temos que concluir rapidamente o que fazemos... Temos que gerar resultados práticos, visiveis, tudo o que não é imediato, parece não ter utilidade. Vamos nos adaptando a estas exigências. E aí vamos perdendo autonomia, a consciência do que fazemos.
E nessa esteira entra a inteligência artificial. No meio escolar e acadêmico, se você pedir aos alunos para escreverem um texto, fazer uma pesquisa, um resumo, pode ter certeza que a maioria vai perguntar às ferramentas da inteligência artificial. Há tempos atrás, precisávamos ler várias páginas para encontrar o que buscávamos, e hoje encontramos antes mesmo de buscar. Parece que nosso celular adivinha o que vamos buscar amanhã, e hoje ele já nos oferece algo. Isso acaba até nos inibindo na nossa capacidade de perguntar e até de problematizar sobre nosso querer.
Penso que a inteligência artificial pode ser usada na perspectiva da tecnologia. O lápis e a caneta são instrumentos tecnológicos. A bicicleta é uma tecnologia de mobilidade e deslocamento. Você usa a bicicleta mas antes precisa saber onde quer chegar. Diante disso, devemos nos perguntar: você sabe onde quer chegar? Você sabe porque quer chegar a determinado lugar? Você sabe realmente o que quer? Por que quer? A inteligência artificial pode te ajudar a percorrer melhor e aproveitar melhor este caminho, mas ela não poderá contribuir em nada, se você não souber fazer as perguntas corretas.
A “alexa”, e o google não sabem fazer perguntas, apenas respondem. O chatGpt e outros chatboots podem te fornecer muitas informações, mas não saberão jamais te fazer compreender o sentido daquelas informações, as relações entre aquelas informações e a realidade. Onde eles buscam as informações que te oferecem? Em quais autores, cientistas eles se baseiam para construir as respostas ?
Em síntese, temos que nos cuidar para não nos tornarmos animais, apenas nos adaptarmos à realidade onde vivemos. Aristóteles vai nos dizer que a diferença entre o animal racional e irracional, está no fato de que o animal se adapta e o animal racional (homem) transforma a realidade. Eis a grande questão! Preserve sempre sua autonomia! Cuide para não perder sua racionalidade transformadora!
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