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Histórias de amor e superação

  • - Izolete (a esquerda) e Claudia relataram suas trajetórias

Mães de pessoas com deficiência relatam suas experiências durante o 2º Workshop Viva as Diferenças promovido pela Fundação Aury Luiz Bodanese

A vida do casal Claudia Rost Snichelotto e Denis Antônio Snichelotto mudou quando conheceram a história do pequeno Vitor Rost Snichelotto, na época com um ano de idade. Prematuro de 29 semanas, Vitor foi diagnosticado com atraso no desenvolvimento psicomotor e após um comprometimento pneumológico e 90 dias na UTI Neonatal, foi para uma casa de abrigo até encontrar os pais adotivos Claudia e Denis. "Eu sempre digo que ele nos escolheu", relembrou a mãe durante seu relato em uma das atividades do 2º Workshop Viva as Diferenças promovido pela Fundação Aury Luiz Bodanese, Cooperativa Central Aurora Alimentos e mais de 20 parceiros, no Centro de Cultura e Eventos, em Chapecó.

            "Quando conhecemos o Vitor com um ano de idade ele não sentava, não falava, tinha os movimentos bem comprometidos. No início ficamos com receio de não saber como atender todas as suas necessidades, mas com o auxílio de profissionais compreendemos que o que ele precisava era de estímulos, uma família e muito amor para se desenvolver", contou Claudia.

            Segundo a mãe, em questão de meses após a adoção Vitor aprendeu a sentar, engatinhar, caminhar e no decorrer do tempo passou a desenvolver suas habilidades. "Hoje, com quatro anos, ele tem poucas limitações no que diz respeito ao equilíbrio. O desenvolvimento dele é um pouco mais lento do que as crianças da mesma idade. Evoluiu rápido e nos comprovou que a única coisa que precisava era de amor".

Claudia relatou que, aos poucos, Vitor tem conquistando cada vez mais autonomia. "Eu sempre tive muito suporte da APAE, tanto em Xanxerê onde o adotamos como em Chapecó. Esse apoio é fundamental para o desenvolvimento de nosso filho, o trabalho que eles desenvolvem com as crianças é sensacional". Entre os principais ensinamentos que Vitor trouxe para a família, Claudia destaca a tolerância, paciência e o amor na essência de pai e mãe que, segundo ela, é imensurável.

            UM AMOR SEM LIMITES

            Quando Jaderson de Oliveira nasceu, em 1987, a mãe Izolete Martineli de Oliveira não imaginava que, em vez de ensinar o filho, aprenderia muito mais com ele. Diagnosticado com paralisia cerebral, a vida de Jaderson é marcada pela superação. Natural de Erval Grande, a família enfrentou a falta de conhecimento e os recursos precários até a compreensão da doença. "Eu tinha 16 anos quando ele nasceu e não conhecia a doença, no início a orientação era menor e o primeiro diagnóstico que tivemos dele foi cólica. Apenas com um ano, após uma consulta com um neurologista, descobrimos o que ele realmente teve", relembrou a mãe.

            Aos noves anos de idade Jaderson passou por uma cirurgia para alongamento dos tendões e sempre contou com acompanhamento médico e de fisioterapia. Em alguns momentos a mãe contou ter sentido medo e vontade de desistir, mas que o olhar de esperança do filho lhe deu forças. "Mesmo sem falar eu via nos olhos dele a vontade de viver e isso não me deixou desistir de lutar pela vida do meu filho".  Uma vez por semana visitava Chapecó para consultas médicas e quando Jaderson completou 17 anos a mãe decidiu se mudar para facilitar o tratamento do filho. "Quando cheguei em Chapecó me deslumbrei com o trabalho que a APAE desenvolve. Lá encontrei todo o suporte que precisava e até hoje tem atendimento. Somos muito gratos por tudo isso".

            Atualmente Jaderson frequenta o ensino regular para jovens e adultos e, segundo a mãe, o desenvolvimento tem sido ótimo. "A parte cognitiva dele é boa, ele compreende tudo que falamos, interage, fala com dificuldade, mas é sempre participativo, faz suas escolhas, tem autonomia. Hoje tem sua independência dentro das limitações. Sem dúvidas é feliz e nos faz muito felizes".

            Izolete atribuiu tudo que é na vida ao filho. "Ele diz que depende de mim para tudo, mas eu que sou totalmente dependente dele. Tudo de novo que conheci na vida, outras cidades, experiências diferentes, foi graças a ele. É nosso maior exemplo de superação e lição de vida", finalizou a mãe.

PARCEIROS

São parceiros do 2º Workshop Viva as Diferenças: Aurora Alimentos, Sescoop/SC, Adevosc, Unimed Chapecó, APAE Chapecó, Associação Chapecoense de Futebol, Associação de Surdos de Chapecó, CAPP, Clinica de Comunicação e Centro Auditivo Comunica, Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Fraternidade Cristã da Pessoa com Deficiência, IFSC, INSS, Kozzer Produções e Eventos, Lojas Nazari, Near, SEASC, Senac, Senai, Sesc, Uceff, Unochapecó, Unoesc, Unopar, Vale do Sol, BRSIS, Hstands e Ministério Público de Santa Catarina.

 

 

 

 

MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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