Saúde

      Se o inverno assolou um país com uma pandemia como a Gripe A ou a Gripe Suína, agora com a proximidade do verão e o aumento da temperatura no hemisfério sul, surge uma doença que assume o cenário principalmente na região de clima tropical do Brasil: A Dengue. Doença que provoca anualmente um número significativo de mortes, a Dengue é motivo de preocupação a saúde pública.
A Dengue é causada por um vírus e transmitida pelo Aedes aegypti, um mosquito urbano que vive em coleções de água parada e limpa. O mosquito tem hábitos diurnos e transmitem a doença preferencialmente ao amanhecer e ao entardecer. Com sete dias após o contato com o mosquito indivíduos susceptíveis desenvolvem os primeiros sinais e sintomas.
Quais são as formas da Dengue? Existem 2 formas: A Dengue Clássica e a Dengue Hemorrágica (Síndrome do Choque).
A Dengue Clássica se inicia de forma abrupta e bem definida. O paciente tem febre alta de início súbito acompanhado de sintomas como dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e dor dentro e atrás do olho. Outros sintomas menos comuns são náuseas, vômitos, diarréia e manchas na pele. É importante salientar que as dores são mais fortes que uma gripe comum e geralmente mantém o paciente acamado, inviabilizando as atividades normais. Os sintomas duram de 3 a 7 dias e regridem espontaneamente.
A Dengue Hemorrágica ou Síndrome do Choque são formas mais graves e felizmente incomuns da Dengue. Após 3 a 6 dias de evolução quando a febre cede, surgem sintomas como dor abdominal intensa, náuseas, vômitos, pressão baixa e manifestações hemorrágicas (sangramentos nasal, vaginal , gengival e subconjuntival dentre outros locais), pulso fino e rápido , pele fina e úmida, vertigem, sudorese e intenso mal-estar.
O que se deve fazer diante de um paciente com suspeita de Dengue? É indispensável consultar com um médico. Através das informações extraídas associados a métodos simples realizados no exame físico (como a prova do laço), o médico pode ter a suspeita de Dengue e, a partir disso, solicitar exames sorológicos que podem confirmar a doença. IMPORTANTE: EM CASO DE SUSPEITA DE DENGUE O PACIENTE NÃO DEVE TOMAR MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM ÁCIDO ACETILSALICÍLICO(AAS) pelo maior risco de sérias complicações neurológicas.
A Dengue Clássica é a forma mais amena da doença e nem sempre necessita de internação. O maior risco está na reinfecção que pode levar à forma mais grave, a Dengue Hemorrágica, que requer internação em unidade de terapia intensiva (UTI) sendo potencialmente letal.
A Dengue não é uma doença benigna. Pode matar. Não existe vacina para a doença. Por isso o controle sanitário da doença é indispensável. A base do controle é o combate e a eliminação do mosquito. Começa pela procura sistemática dos focos do mosquito. Quando localizado um foco, deve se iniciar uma campanha imediata e intensiva em toda a área com destruição de criadouros do mosquito e colocação de larvicidas nas coleções de águas infestadas. Às vezes é necessária atuação popular maciça, em mutirão. Remoção de água paradas em pneus, vasos, cisternas, latas de lixo, vasos de plantas, embalagens, caixas d´água, indústrias, lotes vagos etc...Lembrando que apenas esvaziar o conteúdo de água nos recipientes não é medida suficiente. Os ovos do mosquito podem sobreviver até 1 ano aderidos as paredes de reservatórios secos. Então é preciso esvaziar os reservatórios e lavá-los com água e sabão. Substâncias como a creolina e a água sanitária ajudam a combater o mosquito. Inseticidas aspergidos por carros “Fumacê” ajudam no controle de epidemias nas regiões que apresentam grande infestação do mosquito.
AUTORES:
1-DR CLÁUDIO K. KRODA - Médico-Clínica Geral/Anestesiologia - Cremesc 13584.
2-FABIANI A. BARRETO KRODA - Psicóloga- Especialista em Terapia Comportamental - Crp 12/06702.
Consultório situado na Rua Vereador Aparício Ribeiro,107
Capinzal-SC
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