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PANORAMA HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CAPINZAL

Parte 4

A COLONIZAÇÃO
A área onde surgiram as primeiras casas da vila Rio do Capinzal pertencia a Brazil Railway Company, responsável pela colonização do lugar.
De acordo com o Relatório da Secretaria do Estado de Santa Catarina, página 156, a Colônia Capinzal tinha 21.000 hectares.
Informa esse mesmo dossiê que o lote de terra era vendido por 50$000 enquanto que o hectare era comercializado por 1.075$000.
Nos primeiros anos do povoamento a empresa responsável pela colonização limitou-se a povoar o lugar próximo a estação da estrada de ferro; enquanto que o interior, por ser uma área muito acidentada, ficaria para outro momento; porém, à medida que novos moradores se instalaram no interior, na atividade agrícola ou pastoril, a empresa colonizadora teve que realizar melhorias.
No entanto, a fixação naquele sítio foi difícil, principalmente, pela existência da mata de araucária e madeira nobre, bem como, pelo terreno irregular; mas isso não foi obstáculo para que aqueles homens e mulheres que lá se fixaram se dedicassem ao trabalho árduo da agricultura e pecuária.
Evidente que para plantar tiveram que derrubar árvores, roçar, mas isso foi um estado de necessidade das comunidades do interior, porque se não o fizessem, o local ficaria longo tempo desocupado, e em nada auxiliaria o desenvolvimento da localidade, porém, é bom registrar que houve “abusos” na derrubada das matas.
Além dessas dificuldades a quase inexistência de rodovias no interior do distrito de Rio do Capinzal não incentivou que novos moradores viessem com o ânimo de ficar; mediante tal fato, o poder executivo e o conselho municipal de Campos Novos, aprovam a Lei Municipal de n° 311, de 10 de julho de 1925, isentando de impostos a todos os colonos que viessem povoar e dedicar-se a agricultura.
A partir daí, estaria consolidada a ocupação do espaço geográfico do interior do distrito de Rio do Capinzal, e isso, possibilitou o surgimento de comunidades com predisposição para a agricultura, pecuária e ampliação da atividade da extração da madeira.
Assim, gradativamente, o povoado se desenvolveu em razão da agricultura, extração da madeira e também da atividade pastoril, e com isso, os moradores, incentivados por lideranças locais, começam a pleitear das autoridades municipais de Campos Novos, a elevação da vila à categoria de distrito, tema que será tratado na próxima crônica.
Paulo Eliseu Santos
E-mail: paulo.eliseu@yahoo.com.br

Conforme consta na Lei n° 206, de 18 de novembro de 1914.
Arquivo Público do Estado de Santa Catarina. Florianópolis.
A moeda corrente no País durante este período era: “contos de réis”. Maiores informações serão obtidas no site: http://wikipedia.org.wiki/Contos_de_réis. Acesso em 09 de janeiro de 2010.

 

 

 

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