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SEVERINO LAVANDOSCKI

SEVERINO LAVANDOSCKI ANALÍSTA POLÍTICO E-mail: sevesul@hotmail.com

SEVERINO LAVANDOSCKI

ANALÍSTA POLÍTICO

E-mail: sevesul@hotmail.com

Muito que pensar - Nesta semana presidente Lula terá tempo para pensar e decidir como superar a debandada ministerial que se avizinha. Primeiro, saber se espera o prazo máximo, 31 de março, para a desincompatibilização dos ministros candidatos às eleições de outubro. Sugestões não faltam para que promova as substituições logo no início de janeiro. Pelo menos 18 ministros pedirão para sair, a maioria interessada em permanecer até o último dia permitido pela lei. Os novos ministros, se quase todos anteriores secretários-gerais, nada poderão fazer senão dar seqüência a mornos projetos e pequenas visões de sua missão no governo. Talvez o Lula nem lembre o nome de todos. Para ele será um final melancólico, compensado apenas pela sua alta popularidade, mas vazio de impactos administrativos, precisamente num período em que as eleições estarão ocupando os maiores espaços e exigindo fatos realizações.

Ciro Gomes Ministro? - Numa época em que já estão praticamente definidas todas as pré-candidaturas nos maiores colégios eleitorais do país, uma figura polêmica do cenário político nacional ainda está sem rumo em relação às eleições de 2010. O deputado Ciro Gomes (PPS-CE) ainda não decidiu se mantém a pré-candidatura ao Palácio do Planalto, contrariando a vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou se atende ao apelo do petista e concorre ao governo de São Paulo. Nos bastidores do PT e do PSB corre a informação, de que ninguém assume publicamente, que essa indecisão vai fazer com que Ciro fique sem uma coisa nem outra. É possível que ele saia de cena com um ministério no último ano do governo Lula.

Estratégia perigosa e ariscada - É muito perigosa esta estratégia de centrar todos os esforços em eleger o sucessor do presidente Lula e se esquecer do PT nos estados. Se o PT tiver que abrir mão das cabeças de chapa nos estados, pode ficar sem nada, sem governadores e senadores, caso o candidato a presidente não seja eleito. Em Minas, por exemplo, o PT nunca elegeu governador, e agora pode retirar Patrus Ananias e Fernando Pimentel, para apoiar a candidatura do senador Hélio Costa, do PMDB. No Rio de Janeiro, retira Lindberg Farias do PT, em favor de Sérgio Cabral, do PMDB, governador que tenta a reeleição. No Rio Grande do Sul, podem tirar da jogada Tarso Genro para fazer aliança com o PMDB. Vejam bem, em São Paulo, o PT não aparece com chance de eleger o Sucessor de Serra. Diante disso o PT fica sem horizontes em quatro dos principais estados do País.

Ledo engano - Nos muitos balanços de fim de ano, ministros e parlamentares afirmam que o 1º semestre no Congresso será intenso, e que projetos como os que criam um novo marco regulatório para o pré-sal serão votados até junho. Eu não tenho tanta convicção. A pauta no Senado já começará trancada por MPs, e, na Câmara, a pressão pela aprovação dos projetos que promovem benefícios aos aposentados e a falta de entendimento na partilha dos royalties do petróleo continuarão bloqueando as votações. Como ninguém abre mão de garantir recursos para seus estados nem quer aparecer no painel como "coveiro" dos aposentados. Penso que 2010 vai começar exatamente como acabou 2009: em clima de embromação total.
Bolsa Família em 13 milhões de lares - O Bolsa Família alcançou em 2009 12,4 milhões de domicílios. Um milhão e trezentas mil famílias foram incluídas ao longo do ano. Para este próximo ano, a promessa é de que o número de lares beneficiados seja de 12,9 milhões. Sem dívida que há certo desvio do interesse eleitoreiro na a ampliação de gastos e número de beneficiários do programa. Creio que não deveríamos estar felizes pelo fato de o orçamento admitir mais gente, pelo contrario, deveríamos ficar satisfeitos se a cada ano mais pessoas saíssem do programa porque encontraram alternativa melhor de emprego e renda para sua sustentação. Mas como eleitoralmente tudo vale!
DEM quer evitar sanção do Orçamento - O DEM encaminhou ofício ontem ao presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), com o pedido para que o Orçamento de 2010 não seja encaminhado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O DEM acusa o relator da proposta orçamentária, deputado Geraldo Magela (PT-DF), de descumprir o acordo fechado na semana passada que permitiu a aprovação do texto. O DEM quer ajustes no Orçamento de 2010 antes que a proposta seja enviada ao Executivo. Do contrário o DEM vai ingressar com pedido de cassação do mandato do petista por quebra de decoro parlamentar.

Reestruturação da FUNAI - O presidente Lula assinou o decreto de reestruturação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Entre as medidas previstas no decreto, está a criação de 3,1 mil cargos a serem preenchidos até 2012. Segundo o presidente da FUNAI, Márcio Meira, mais de 3 mil vagas serão preenchidas por meio de concursos públicos e 85 cargos serão ocupados por funcionários comissionados. A reestruturação da FUNAI faz parte de uma série de ações do governo federal voltadas para o fortalecimento da instituição em 2010, quando serão comemorados 100 anos do indigenismo no Brasil. A FUNAI passam dos auaís 2,4 mil para 5,5 mil funcionários. Volto a repetir: No ano eleitoral tudo vale!

 

 

 

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