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1ª Feira de trabalhos manuais dos detentos

1ª Feira de trabalhos manuais confeccionados pelos detentos da Cadeia Pública da Comarca de Capinzal

       Na manhã do dia 6 de março, sábado, o Policial Civil e Responsável pela Delegacia do vizinho município de Ouro, Sr. Neury Clóvis Petry, com autorização do Poder Judiciário da Comarca de Capinzal, esteve no Calçadão, centro de Capinzal, realizando e coordenando a 1ª Feira de Artesanato confeccionados pelos presidiários.

       A Cadeia Pública de Capinzal, de certa forma, vem servindo de exemplo regional e até a nível estadual, pois mesmo os presos passando por várias privações, no tocando necessidades básicas, pois lhes falta de forma periódica atendimento médico, hospitalar, odontológico, principalmente materiais de limpeza das dependências, materiais de higiene pessoal, comida digna de um cidadão, enfim, pelo que comentam os presos e seus respectivos familiares, não lhes é dado redução de pena, de nada adianta o bom comportamento, ainda permanecem presos 24 horas, pois nem sequer podem sair para estudar ou fazer cursos profissionalizantes.

       O que falta mesmo, aos detentos, é uma oportunidade para provarem as coisas ao contrário, pois jamais em muitos casos serão realmente reintegrados à sociedade, ficando difícil a concretização do sonho de carteira de trabalho assinada, mesmo tendo cumprido a pena imposta.

       As dependências físicas da Cadeia Pública não são muito propícias, porém, não vem comprometendo, exceto alguns itens, a exemplo de estarem dentro da Cidade mas ao mesmo tempo muito distantes da sociedade e de seus familiares, conseqüentemente, super fechados, aonde no passado até podiam passar horas vendo os carros passar pela rua, hoje, nem sequer uma fresta existe para observarem. Psiu! Se a justificativa é interditar a Cadeia Pública de Capinzal, objetivando transferir os presos, como não encontram maneiras para amenizar o sofrimento da falta de recursos para dar uma vida digna aos presos, pois na burocracia eles custam o olho da cara, só que na prática até fome passam atrás das grades; seria uma alternativa, já que justificam somente uma questão, precariedade, optarem de momento pelas dependências da Cadeia Pública de Ouro. Na nossa sincera opinião, o que falta mesmo é alguns reparos na Cadeia Pública da Comarca e mais atenção aos detentos em seus direitos. 

       O que os presos realmente querem, é serem úteis e não ficarem abandonados nos cubículos, na dita condição propícia a mofar. Bem poderiam ter acesso aos bancos escolares, cursos profissionalizantes, prestar serviços nas entidades beneficentes e assim sucessivamente. Essa é uma atitude nobre, o que tiraria os presos do stress, dos pensamentos ruins, do desânimo, da raiva, o que possibilitaria motivação para retornarem à sociedade.

       Essa feira, em parte, levantou a auto estima dos presos, os quais ainda se mantêm otimistas, apesar de muitos desencontros, calúnias e fatos distorcidos. Parabéns aos presos pela sua força de vontade e talento em realizar tais artesanatos, da mesma forma nosso reconhecimento aos polícias que vêm dando um tratamento digno aos detentos (exemplo Petry), a comunidade que adquiriu os trabalhos manuais, inclusive o Poder Público que disponibilizou o espaço (local) e ao Poder Judiciário que permitiu essa excelente iniciativa de valorização do cidadão e da cultura.

     Para encerrar, querer fazer a coisa acontecer, basta boa vontade e perseverança em bem servir.     

      

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