Investimento em granjas será bandeira da Frente da Suinocultura

Frente Parlamentar Catarinense da Suinocultura
A defesa da criação de linhas de crédito para investimentos nas cerca de oito mil granjas catarinenses deve ser bandeira da Frente Parlamentar Catarinense da Suinocultura, a ser instalada na Assembleia Legislativa no próximo dia 11. A representação proposta pelo deputado Moacir Sopelsa (PMDB), por sugestão da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), obteve a adesão dos 40 integrantes do parlamento e já foi oficializada por ato da mesa. Será a terceira frente estadual, seguindo iniciativas similares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e deve desenvolver ações integradas com a Frente Parlamentar Mista criada no Congresso com participações de senadores e deputados federais.
O apoio total dos parlamentares é valorizado pelo presidente da ACCS, Losivanio Lorenzi, que vem mantendo contatos com o Sindicarne (representante dos frigoríficos), e com a Ocesc (Organização das Cooperativas) para formar uma pauta conjunta de reivindicações. “Fomos positivamente surpreendidos”, informou o dirigente da entidade, reconhecendo a valorização do segmento que sustenta uma das principais atividades do agronegócio catarinense.
Com 6,2 milhões de suínos alojados em suas granjas, 415 mil matrizes e exportação anual próxima de 200 mil toneladas, Santa Catarina é líder nacional na atividade e conta com oito frigoríficos certificados para exportação para o exigente mercado do Japão, graças ao status de área livre de aftosa sem vacinação de animais. Por isso é que, entre sugestões para atuação da Frente Parlamentar, estão a defesa de linhas de crédito especiais para investimentos que garantam a biossegurança nas granjas, bem como para ações voltadas à sustentabilidade ambiental e em novas tecnologias.
“O empresário rural que investe na suinocultura precisa equipar sua granja, para compensar a escassez de mão de obra, pois há maquinários que facilitam a atividade, mas para a aquisição é necessário ter financiamento de longo prazo”, explica Losivanio. A bandeira do investimento tem apoio de Sopelsa, que também aponta para a melhoria da estrutura rural, o que inclui desde estradas até o acesso à informação. “Quem está no interior precisa condições atrativas para permanecer na atividade rural, inclusive para que seus filhos se mantenham no negócio”, justifica, lembrando que a suinocultura, nos anos 70, mobilizava cerca de 60 mil famílias catarinenses.
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