Professor Me. Ciro José Toaldo

Viver no Brasil, além de não ser para amadores, passou a ser algo entediante, pois como vemos, parece que tudo está ruindo: certo vira errado; ladrão é o bom mocinho; político corrupto passa ser exemplo; a mentira dita pela imprensa envolvida em esquemas de lavagem de dinheiro e sonegação, torna-se a grande e única verdade nacional; sem falar das mazelas de cada dia que surgem no maior órgão jurídico do país.

Perante estas primeiras constatações era urgente e necessário encontrar um ‘bode expiatório,’ em quem deveriam ser atribuídas todas as possíveis dimensões nefastas, sobretudo para encobertar as tramas e atrocidades de quem se encontra no atual poder. A narrativa foi muito bem planejada e arquiteta. Primeiro, buscando de qualquer modo ‘vencer as eleições’, não importando qual o método utilizado. Segundo, após ‘vencer’, era primordial criar um grande fato para ser forjado uma espécie de ‘golpe’. Premeditadamente tudo ocorreu conforme planejado, escolheu-se o dia, oito de janeiro, uma semana após a posse do ‘vencedor’ das urnas eletrônicas.

O terceiro e fatídico fato, era escolher quem seria dado como o ‘bote expiatório’ de toda essa situação. E, obviamente o designado, era quem mais incomodando mais, quem saindo livremente pelas ruas, sempre era aclamado como uma espécie de ícone. Idolatrado por multidões, tornou-se a grande pedra no sapato de quem estava no poder. Enfim, encontraram o culpado de tudo. E para surpresa zero de quem acompanha a grande farsa e circo da nojeira brasileira, a culpa recaiu sobre o colo de Bolsonaro!

Tendo o ‘bote expiatório’, não haverá problema algum se a Lava Jato deixou de existir e centenas de condenados foram absolvidos; se milhões de aposentados foram roubados; se as estatais deixaram de ter lucro e a roubalheira voltou; se os impostos se multiplicaram; se há escândalos tanto da Primeira Dama ou de seu parceiro cachaceiro com gastos gigantescos com viagens e cartões corporativos.

Todas estas questões são secundárias, e não interessam, pois, as presidências das duas Casas do Congresso Nacional estão em ‘ótimas mãos’; bem como o maior tribunal da Justiça (dos seus 11 membros, 8 foram indicados pelo PT); também está muito bem administrado o Superior Tribunal de Justiça (dos seus 34 juízes, 28 foram indicados pelo PT). Mas, culpado é o Bolsonaro!  

Que justiça podemos ter, quando quem juga é, em sua maioria, indicado por quem governa, é possível acreditar que existe alguma imparcialidade?

Infelizmente, toda essa estrutura, diga-se, muito bem arquitetada, conseguiu fazer de ‘Bolsonaro’ o ‘bode expiatória’ da vez. Em três anos do atual desgoverno, o nome do ex-presidente não sai da boca dos radicais esquerdistas ao assumir o poder em 2023. E, como uma nação consegue prosperar dentro destas perspectivas perversas?

Quantas vezes escrevemos por quais motivos não se vasculhou o telefone de Adélio? O que faqueou Bolsonaro? Mas, essa é uma questão que não interessa! Quem tem o poder, manda e acabou!

Talvez, a grande missão é levar quem acredita no bem e no progresso do país, passar desacreditar, tanto nos profundos e valorosos aspectos da política verdadeira, como na dimensão da própria justiça (que possui olhos vedados). Particularmente, penso ser perigoso, deixar de crer nestes dois fundamentos que mantem em pé uma sociedade. Não tenha dúvida, o caos seria implantado e, voltaríamos a ter (se já não temos), a perda de inúmeros direitos e, especialmente, desanimar e deixar de sonhar com a existência de uma pátria livre e democrática!

Alerta e cuidado, tenha os olhos abertos e compreenda o quanto é contraditória a frase: enfim, culpado é o Bolsonaro! Minhas orações por Bolsonaro, pois conseguiram, não apenas o colocar na prisão, mas destruir sua própria vida!

Gostaria de receber críticas do contraditória deste artigo: endereço toaldoc@gmail.com .

Até o próximo!

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