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É BOM SABER...

CHICO E A FLOR DE MANACÁ
História narrada por Maria helena Falcão dos Santos ao companheiro de Doutrina Espírita: Weimar Muniz de Oliveira, que ora transcrevemos na íntegra:
No dia 13/04/1975 sofri o maior golpe da minha vida. Tinha verdadeira adoração por minha mãe. Nossa afinidade era muito grande.
Na manhã daquele dia fatídico, estava eu fazendo a mamadeira para o meu filho caçula, quando o neto mais velho de minha inesquecível mãe e que com ela morava chegou em minha casa gritando:
- Tia, a vovó está morrendo.
Sem acreditar, pois a tarde do dia anterior ela tinha passado comigo e estava bem, corri até a sua casa, que era perto da minha e a encontrei já sem fala, deitada em sua cama. Peguei-a nos braços e, chegando ao alpendre da casa, pedi a um vizinho, que ia passando de carro, que, pelo amor de Deus, nos levasse ao Hospital. No banco de trás do carro eu sentia que todo o mundo desabava sobre mim. Minha santa mãe, com seus lindos olhos azuis, me fitava com todo o carinho que lhe era peculiar.
Eu, em desespero, passava a mão em sua cabeça e rezava.
De repente, ela estremeceu e aquela luz tão forte, que emanava de seus lindos olhos azuis, desapareceu. Os olhos ficam opacos, sem vida. Minha adorada mãe tinha acabado de desencarnar em meus braços. Sofri demais.
Com o passar dos anos, lendo muitas obras espíritas e cuidando de meu amado pai que, depois de três anos de sofrimento no leito, também retornou ao Além, pude ter outra visão do mundo, das pessoas, da morte. Porém, persistia em mim a lembrança sofrida dos olhos sem vida de minha mãe.
Acalentava o sonho de um dia ver o médium Chico Xavier.
Seis anos após o desenlace de minha adorada mãe, fui surpreendida com o telefonema de uma amiga, dizendo que o Chico estava em Goiânia e que estaria na Colônia Santa Marta, às 13 horas. Fiquei muito feliz e pensei: hoje vou realizar o meu sonho de vê-lo! Pelo menos de longe!...
Ao sair de casa para o meu objetivo, senti um desejo incontrolável de pegar uma florzinha do pé de manacá que minha mãe adorava e havia plantado para mim. Peguei a florzinha e, fechando-a na mão, dirigi-me para a Colônia.
Ao ver Chico Xavier passar por mim, fui invadida por forte emoção e senti um desejo muito grande de falar com ele. Vi que ele se sentou em uma cadeira e as pessoas, que eram muitas, formavam fila para cumprimenta-lo. Entrei na fila. Sentia a florzinha na minha mão, que eu conservava fechada, e algo me dizia que continuasse assim. O Chico estendia a mão e cumprimentava um a um. Quando chegou a minha vez, para meu espanto, ele, cabisbaixo, estendeu a mão para mim, só que com a palma virada para cima, como à espera de que nela fosse colocado algo. Eu, imediatamente, sem saber porquê, coloquei em sua mão a florzinha de manacá, que só eu sabia estar fechada em minha mão. Ele, ainda com a cabeça baixa, abriu o paletó e guardou-a no bolso interno. Só aí levantou a cabeça e me encarou. Meu rosto estava banhado em lágrimas. Queria dizer alguma coisa, mas não conseguia. Ele, então me disse:
- Minha filha, os olhos dela brilham mais que a água marinha mais pura que possa existir neste planeta! E olhava para o meu lado, como se visse alguém. Eu, que já estava totalmente embargada pela emoção, entendi que ele estava vendo minha adorada mãe, ali, ao meu lado, mais viva do que nunca e que os olhos opacos e sem vida, cuja lembrança tanto me doía e fazia sofrer, não existiam. Dominada por intensa emoção, afastei-me daquele santo homem, sem dizer uma palavra, mas com a certeza de que minha mãe estava muito bem e que seus belos olhos azuis brilhavam ainda mais que antes.
Fonte: Weimar Muniz de Oliveira - livro Chico Xavier, Casos Inéditos - Fed. Espírita de Goiás, 1998, p. 139-142. publicado na Revista Reformador - Fed. Espírita Brasileira, set/2005.
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