É BOM SABER...
IDEIA FUNESTA
Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante. Aguarda um pouco mais, quando tudo te empurrar ao desespero. A Divindade possui soluções que desconheces para todos os enigmas e recursos que te escapam, a fim de elucidar e dirimir equívocos e dificuldades. Mesmo diante das maiores dificuldades e sofrimentos confiemos em Deus, que na sua Perfeição não teria criado um planeta tão exuberante de recursos, um universo ainda completamente desconhecido de nós outros e para o néctar da sua criação, que é o ser humano, teria reservado sofrimentos e decepções sem causa.
E se Deus é justo, a causa dos nossos sofrimentos também haverá de ser justa. Portanto, quando por sua mente transitar o mais leve dos pensamentos em livrar-se dessa existência, através do suicídio, imaginando ser a solução definitiva para os seus problemas, reflita um pouco mais e busque respostas plausíveis para as suas indagações. Procure através da retrospectiva de sua vida presente compreender porque está nessa situação. Seja o mais sincero possível para consigo mesmo e se for realmente corajoso, valente admita os seus erros e perceberá que o “hoje” é colheita do “ontem”, por isso quem semeou joio não poderá colher trigo. Este encontro nosso com a consciência não é muito fácil e o quanto pudermos adiar, certamente adiaremos, pois reconhecer erros, admitir culpas não é para qualquer um, tem de estar muito bem preparado; por essa razão que para nós seres humanos em geral, é bem mais fácil jogarmos a culpa para os outros, brigar com todos o com o mundo, revoltarmo-nos com Deus que nos castiga, quando na verdade sabemos do jargão que diz que a semeadura é livre, porém a colheita obrigatória. Deus não castiga ninguém, ao contrário de nossa consciência, essa sim nos cobra o ressarcimento dos atos impensados. Nesses momentos sim, precisamos de muita coragem: para retomarmos o caminho, humildade para reconhecer os erros e partir em busca do perdão, no intuito de reconstrução dos corações despedaçados por nossos atos insanos e impensados.
Se ao retrocedermos, buscando explicações para os nossos sofrimentos e depois de muita sinceridade percebermos que as causas não são desta vida, mesmo assim tenhamos certeza que o ser Perfeito que criou este universo não haveria de nos infligir penas insuportáveis apenas para, sarcasticamente, de seu “trono” deleitar-se enquanto nos debatemos com as dificuldades.
Se nesse momento pudermos expandir os nossos horizontes, a Doutrina Espírita nos ensina, que fomos e somos criados todos Espíritos simples e ignorantes, dotados do livre-arbítrio e com o objetivo de evolução, e como nos recomendou Jesus “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai”, para atingirmos a perfeição relativa, porque absoluta só Deus, certamente teremos que desfrutar de várias existências, várias oportunidades de evolução, porque numa existência só não teríamos condições de alcançar essa evolução que Jesus nos instiga. E conhecendo as nossas fraquezas pelo materialismo, as nossas imperfeições e os nossos arrastamentos interiores para a satisfação do nosso orgulho e egoísmo, como nos lembra o apóstolo Paulo “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço”? talvez nos fique mais claro que, se na presente existência já erramos muito, o que dirá em outras anteriores... Então será que não estamos em rota de evolução, de aprendizado e necessitamos refazer o caminho? Diante disso fica-nos mais claro que as dificuldades de hoje podem ser frutos de nossos erros de vidas anteriores e são justas estas causas, e principalmente são oportunidades de refazimento do caminho torto. E vamos abdicar dessas oportunidades pela via do suicídio, vamos adiar a luta necessária, adiamento que nos trará maiores consequências, maiores dificuldades ainda?
Para o ato do suicídio é preciso coragem misturada à covardia, ao abandono da luta, da fraqueza moral, deixando para seres que nos querem bem muito mais preocupações, despesas, decepções, problemas, dificuldades. Quem pensa, quem raciocina, não desperdiça oportunidades, não foge à luta, por causa de um orgulho ferido, por egoísmo, por rebeldia contra aquele que nos deu a vida em outorga, para que a devolvamos a Ele melhor do que a recebemos.
O Espírito Joanna de Angelis, no livro “Após a Tempestade”, capítulo 18, através da psicografia de Divaldo P. Franco, nos traz algumas reflexões:
“Suicídio – Ato de extrema rebeldia, reação do orgulho desmedido, vingança de alto porte que busca destruir-se ante a impossibilidade de a outrem aniquilar, o suicídio revela o estágio de brutalidade moral em que se demora a criatura humana... Por uma interpretação precipitada, o amor-próprio ferido arroja o homem que se deseja livrar de um problema no poço sem fundo de mais inditosas conjunturas, de que somente a peso de demorados remorsos e agonias consegue vencer...
Temendo o sofrimento o suicida impõe-se maior soma de aflições, no pressuposto de que o ato de covardia encetado seria sancionado pelo apagar da consciência e pelo sono do nada...”
Portanto, na intenção de acabar com todos os problemas, o suicida, no plano espiritual conclui que não consegue dar fim à sua vida, continuará vivendo e agora tendo maiores agravamentos, porque transgrediu a Lei Divina, na intenção de transferir para outros as suas responsabilidades e sofrerá as consequências e demorar-se-á nas agonias e remorsos, até que possa receber outra oportunidade, porque, mesmo os suicidas e os maiores criminosos não serão esquecidos por Deus e por Jesus, afinal o Mestre nos deu esperanças ao afirmar: “Nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou, se perderá”. Entretanto, das agonias, remorso e arrependimento não serão minorados nem os suicidas, muito menos todos nós que também temos a nossa bagagem de imperfeições, porque Ele, Jesus também nos alertou: “A cada um segundo as suas obras” e lembremo-nos também de que “Ninguém é penalizado por aquilo que não fez, muito embora ninguém é recompensado por aquilo que não merece”.
Quando a aflição nos visitar e os pensamentos malsãos rondarem a mente, vigiemos e oremos, e principalmente preocupemo-nos um pouco com os nossos semelhantes que têm maiores dificuldades que as nossas, nos fará bem e nos esqueceremos um pouco das nossas meras dificuldades, pois somente a contínua ação no bem e a sistemática confiança em Deus podem nos devolver a harmonia íntima.
Recupera hoje o desperdício de ontem sem pensares, jamais, na atitude simplista do suicídio, que é a mais complexa e infeliz de todas as coisas que podem ocorrer ao homem.
O Centro Espírita Amor e Caridade te espera para um diálogo fraterno, sem constrangimento, sem julgamentos, porque estamos todos no mesmo estágio evolutivo e nosso dever é auxilarmo-nos mutuamente, através da Doutrina Espírita, farta em conteúdos elucidativos e edificantes.
Palestras: Segundas-feiras – a partir das 19h50min.
Estudos doutrinários: Quartas-feiras – das 13h30 às 15h e das 19h30 às 21h. e sábados – a partir das 13h30min.
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