Capinzal investe mais de R$ 978 mil em veículos para estudantes |
É BOM SABER...
Salvação pela fé em Jesus Cristo
O Espiritismo incita-nos ao autoconhecimento: reconhecermos os nossos erros, equívocos, nossas más tendências, imperfeições, nossas qualidades, virtudes; para que procedamos a nossa reforma intima: transformar vícios e imperfeições em virtudes; para que através da conjugação de nossas palavras com os atos, possamos evoluir e alcançar nosso objetivo, como espíritos eternos que somos, de perfeição relativa, porque absoluta, só Deus.
E como cremos num Deus Bom, Perfeito e Justo, acreditamos que Ele nos criou a todos os espíritos da mesma forma: simples e ignorantes, dotados de livre-arbítrio, para que sejamos responsáveis pelas nossas decisões, e através das vidas sucessivas vamos aos poucos nos redimindo das decisões equivocadas e avançando em moral e espiritualidade, procurando não mais errar, como insistentemente nos recomendava o Mestre: “Estás curado, vá e não peques mais”.
Os Espíritos responsáveis pela codificação da Doutrina Espírita nos ensinam que através das nossas das boas ações é que nos redimiremos dos atos falhos, é o que pregou o Mestre: “Dar o outro lado da face”; retribuir o mal com o bem, procurar corrigir aquilo que fizemos de errado, fazendo o bem que nos seja possível. Pois, embora seja o primeiro passo o arrependimento, ele só não basta, é necessário a reparação do erro cometido.
Por essa razão a recomendação do Espiritismo: "Fora da caridade não há salvação",identifica a salvação com a prática de boas obras. Entretanto, alguns entendem que as boas obras não salvam, nem ajudam ninguém a salvar-se, porque o apóstolo Paulo afirma em Efésios: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;" (EF 2:8 e 9)
Entendem estes colegas que o apóstolo Paulo aqui declara que fomos criados em Cristo para as boas obras: "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (EF 2:10). Portanto, não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras. As boas obras são o resultado da nossa fé em Cristo, pois quando nos tornamos novas criaturas, quando nascemos de novo da água e do Santo Espírito, mediante a fé Nele, abandonamos as práticas más e nos voltamos para a prática do bem. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2CO 5:17)
Corretíssimo o pensamento, pois quando o ensinamento de Jesus, e principalmente quando nos baseamos nos seus exemplos, que refletiram sempre as boas obras, é natural que abandonaremos as práticas más e nos voltaremos para a prática do bem (a caridade, a fraternidade, a tolerância, a compreensão, amar o próximo como a si mesmo, perdão das ofensas e orar pelos que nos perseguem e caluniam, como nos recomendam os Espíritos Superiores); ou então não entendemos nada do que o Cristo veio nos ensinar e lecionou-nos da maneira mais marcante: através do exemplo e também nos alertou, pois foi incisivo: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (João 14:6).
E caminho deve ser entendido como a estrada que se nos oferece para a caminhada, e se Ele é o caminho, será que não devemos seguir como Ele seguiu, fazendo o que Ele fazia, com toda a sua fé no Pai, porém com todo o seu amor, caridade e justiça para com os seus semelhantes (BOAS OBRAS)?
No entanto, também não podemos analisar as mensagens do apóstolo Paulo, superficialmente, pois ele foi um grande seguidor do Mestre e grande propagador da Sua mensagem, e é interessante analisarmos outros escritos deste missionário de Jesus, pois notamos que ele ora fala que é a fé, ora que é o amor, esse se manifestando na ajuda que damos aos necessitados, vejamos: Romanos 5, 1: Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Coríntios 13, 1-13: Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...
Todavia, se aceitarmos que somente pela fé estamos salvos estaremos sendo contrários ao que Jesus ensinou, conforme as seguintes passagens: Mateus 16, 27: Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras.
Mateus 25, 31-46: Quando vier o Filho do homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda; então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; preso e fostes ver-me. Então perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te damos de comer? ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então o Rei dirá também ao que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso, e não te assistimos? Então lhes responderá: Em verdade vos digo que sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna.
Os que foram para a direita foram os que tiveram fé, ou somente aqueles que ajudaram ao próximo? Em Lucas 10, 25-37 – temos também a parábola do bom samaritano que todos conhecemos e percebemos claramente a importância que Jesus ressalta da prática da caridade até mesmo em detrimento da fé das pessoas mais esclarecidas do que o samaritano, mas que não praticaram a caridade que sabiam ser necessária. Mateus 7, 21-29: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.
Novamente estamos diante da prática da caridade como aquilo que devemos fazer para merecer o reino dos céus.
Contudo, que importa se ao praticarmos as boas obras elas nos levarem a conhecer os ensinos do Cristo, ou se primeiro conhecermos os ensinos Dele e estes ensinos nos incitarem à prática das boas obras? O fim não é o mesmo? Entendemos que o que deve preponderar é a conjugação da fé, aliada às boas obras, à caridade como nos recomenda Tiago 2, 14-18 e 26: Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos, e fartai-vos, sem, contudo, lhes dardes o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. Porque assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.
Por fim, relembramos que o objetivo do Espiritismo é somar, é arrebanhar as ovelhas dispersas de retorno ao bom Pastor.
Centro Espírita Amor e Caridade – Rua José Zortéa, 204 – CAPINZAL SC.
Palestras Públicas – Segundas-feiras – a partir das 19h50min.
Deixe seu comentário