O TEMPO ? UM JORNAL DE FATO
HÁ MAIS DE 20 ANOS REGISTRANDO ACONTECIMENTOS EM NÍVEL REGIONAL
Quando surgiu a oportunidade de criar o primeiro periódico formal de Capinzal, o prestador de serviços Enio procurou o amigo e compadre Gilberto Francisco Sartori - Areia, na época, este era proprietário da Ourocap, visando inserir propaganda da agropecuária nas páginas do Jornal O Vale. A partir desta conversa, Areia reuniu um grupo de amigos, sendo eles, Ruites Valmir Andrioni (in memorian), Aderbal Gaspar Meier – Barzinho (in memorian), Gilmar Surdi, Dioni Maestri, Luiz Antonio Ribeiro – Totonho e Sérgio Luiz Scarton, os quais auxiliaram momentaneamente para que O TEMPO viesse a preencher uma lacuna, sendo da falta de registro da história dos municípios coirmãos, Capinzal e Ouro, cidades apenas separadas pelas águas do Rio do Peixe. A gerência e a busca de recursos desde então esteve a cargo de Enio, sendo que há muito tempo foi transformada numa empresa familiar, onde os irmãos ao longo do tempo dividem a responsabilidade. Nos três primeiros meses de atividade, o grupo auxiliou de certa forma, devido aos compromissos profissionais se afastaram, porém, o grande trabalho foi resultado da capacidade empresarial de Enio, em busca de editor para redigir as páginas de O TEMPO, inclusive sai em busca das matérias e do principal, recursos para manter o empreendimento, onde o maior obstáculo era superar as barreiras impostas pela política-partidária, seja ela do lado da situação ou da considerada oposição.
As primeiras edições nº01 a 49 foram escritas pelo então policial civil Barzinho, depois foi a vez do locutor da Rádio Capinzal AM 1540, Adilson de Moraes, descrevendo da edição nº50 a 73, posteriormente, chegou à oportunidade de Aldo Azevedo redigir as matérias desde a edição nº74 até as atuais, de momento totalizando 947 edições. A princípio, os prefeitos dos municípios coirmãos eram Irineu José Maestri – PMDB (Capinzal) e Euclides Celito Riquetti – PP (Ouro). O tempo passou e vieram novos prefeitos em território Capinzalense: Hilton Pedro Paggi (DEM), Luiz Carlos Thomazoni (PP), Nilvo Dorini – PMDB (dois mandatos consecutivos) e Leonir Boaretto – PMDB (atual prefeito). Do lado de Ouro: Domingos Antonio Boff – Mingo (PMDB), dois mandatos consecutivos teve o prefeito ambientalista Sérgio Durigon – PP, José Camilo Pastore – DEM e o atual Neri Luiz Miqueloto – DEM. De certa forma a política e os políticos passam, mas as empresas permanecem servindo o povo, a exemplo da imprensa.
No início tinha os pessimistas dizendo que O TEMPO não passaria da primeira edição, quem sabe no máximo um mês de atividade e fecharia as portas. O tempo realmente passou e o negócio deu certo, pois este semanário está comprometido em apenas levar a informação, portanto, não tem matéria dirigida e muito menos tutelada, sendo voltada a toda sociedade, independente de poder aquisitivo, de credo religioso, raça, enfim, de posição social que ocupa nos municípios.
A denominação do periódico foi uma feliz ideia do amigo Dioni Maestri, quando da reunião de criar um jornal precisava de um nome, então foi até a janela e olhando o brilho do sol e as nuvens vestindo o céu, consequentemente, sugeriu TEMPO, entraram num consenso e aí hoje está O TEMPO servindo como ferramenta da informação.
Os irmãos Azevedo, filhos de um carioca (Enio Azevedo) e da capinzalense (Ezilda Nedi Azevedo), seguiram o exemplo de seus pais, otimistas e determinados é possível fazer a diferença. Enio e Aldo desde criança prestaram serviços, também na adolescência, o que lhes serviu de experiência e aprenderam a dar valor às coisas, pois nada cai do céu de mão beijada, é preciso sim, ir à luta. Enio também trabalhou na Perdigão e na Secretaria de Obras da Prefeitura de Capinzal. Aldo ainda prestou serviços na Madeireira D’Agnoluzzo (escultor), contínuo do Besc e de almoxarife na Perdigão, até que em outubro de 1990 passou a ser o editor deste Semanário local com projeção regional.
Quanto ao livro “Origens da Imprensa em Municípios Catarinenses”, editado e lançado pela Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina – ADJORI/SC, tendo o objetivo de comemorar os 200 anos da imprensa brasileira, que tem seu marco inicial em 1808, e ao mesmo tempo homenagear os pioneiros da imprensa catarinense, também ela quase centenária, é bem clara a posição do presidente da Adjori/SC, Miguel Ângelo Gobbi, visando identificar o nascimento do primeiro ou dos primeiros jornais destes municípios, trata-se de uma busca pela “certidão de nascimento” da imprensa nos diferentes quadrantes do Estado. Prossegue Gobbi (descrito na apresentação do livro), para conduzir mais facilmente a leitura, a obra está dividida em capítulos correspondentes às seis mesorregiões do Estado. Na sequência dos textos de abertura são evidenciadas as primeiras publicações que marcaram o nascimento da imprensa nos municípios catarinenses e, em alguns casos, são destacados os jornais que sucederam os pioneiros. Acrescenta ele, ao final de cada capítulo, há também a identificação dos jornais filiados à Adjori/SC, com as respectivas datas de fundação e cujas capas – das mais antigas às atuais – sinalizando a evolução da imprensa interiorana no território barriga-verde.
A partir desta apresentação de Gobbi, registramos que O TEMPO se tornou um jornal de fato graças ao empenho e determinação dos irmãos Azevedo, sendo muito bem citado no mencionado livro em espaço reservado aos municípios coirmãos, Piratuba e Ipira, assim descrito no quarto parágrafo da página 191, de autoria de Cláudio Victor Rogge (sócio-proprietário do jornal A Comunidade): “Entre 1989 e 1998, as notícias de Piratuba, especialmente aquelas relacionadas com a Administração Municipal, foram publicadas no jornal O Tempo, de Capinzal, de propriedade dos irmãos Enio e Aldo Azevedo, com ampla circulação na região e também em Piratuba e Ipira. O responsável pelos textos era Cláudio Victor Rogge, então ocupando cargos na Administração Municipal”. Já no espaço concedido ao município de Capinzal, apesar de duas páginas e meia, praticamente do começo ao fim foi descrito sobre um jornal quem sabe informal, O Município, o qual existiu por apenas 82 edições, compreendendo de 1º de janeiro de 1953 a 16 de outubro de 1954. De certa forma, o mencionado jornal “O Município”, nasceu de maneira errada, conforme citações do jovem estudante na época em que o jornal circulava, Vitor Almeida lembra a influência dos seus diretores e colunistas na sociedade capinzalense. “Praticamente todos os que escreviam no jornal assumiram cargos importantes na política local, estadual e nacional”, recorda, citando os casos de Paulo Macarini, Mario Orestes Brusa e Hilário Zortéa. “Eram pessoas com grande conhecimento, muito influentes e que não tinham medo de expor aquilo que pensavam”, afirma. Para Vitor Almeida, o principal objetivo do jornal era defender os interesses políticos de um segmento partidário, mas isso não significa que não teve a sua importância na história e no desenvolvimento de Capinzal e região.
Levando em conta o pensamento de Dr. Vitor Almeida (in memorian), O Município durou apenas um ano e oito meses, porém, apesar de contar com pessoas de grande conhecimento, muito influentes e que não tinham medo de expor aquilo que pensavam, durou muito pouco por ter quem sabe começado na contramão da vida, levando acima de tudo e de todos, numa desta, o interesse político-partidário. Quanto ao espaço de duas páginas e meia dedicada a Capinzal, a passagem relâmpago de O Município tomou contam dez parágrafos e apenas o último parágrafo foi citado de forma resumida sobre os outros dois periódicos; assim descrito: “Hoje – depois de um período de mais de 30 anos sem contar com nenhum jornal, atualmente dois jornais circulam em Capinzal e região. São eles: O Tempo e A Semana.”Os tempos mudaram muito desde a circulação do primeiro jornal em Capinzal, mas a importância continua a mesma”, constata o advogado e historiador Vitor Almeida que, a exemplo da coleção de O Município, guarda todas as edições de O Tempo e A Semana. (Texto editado a partir da reportagem intitulada O Município – primeiro jornal de Capinzal e região, de autoria de Ademir Pedro Belotto e publicado no Jornal A Semana, de Capinzal, em 19/12/2007).
Se O Município foi ou não um jornal formal (empresa devidamente constituída), isto não nos importa, e sim, O TEMPO não teve nenhuma influência político-partidária na sua criação e surgimento, muito menos teve como base o extinto periódico que se quer completou dois anos de atividade, inclusive, fizemos das palavras do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira as nossas: “Dizem que informação é poder, que aqueles que a detém adquirem mais força e influência para conquistar os seus objetivos. Quem o diz geralmente refere-se aos meios de comunicação de massa e aos seus proprietários, mas essa afirmação, na verdade, pode e deve ser entendida no seu sentido mais amplo, que considera informação tudo aquilo que se aprende, que se apreende, que se acumula em conhecimento, em cultura, em valores”. É isto, O Tempo não procura ser a notícia, e sim, é uma ferramenta de levar a informação real.
Parabéns por reservarem um espaço no livro para Capinzal, sendo que iremos acrescentar informação a mais, prestigiando e valorizando as empresas familiar de O TEMPO – um jornal de fato, há mais de 20 anos servindo a região, também A SEMANA da Sociedade Ltda (Rádio Capinzal Ltda), fundada em 07 de abril de 2001, portanto, há oito anos em plena atividade, com sede na mencionada emissora de rádio anexa à Paróquia São Paulo Apóstolo – Igreja Matriz. Ambas essas imprensas são associadas à Adjori/SC e disponibilizam da ferramenta site, com páginas destes periódicos na Internet.
O TEMPO – um jornal de fato agradece a todos os seus colaboradores assinantes e também não assinantes, ainda os patrocinadores (propagandas) e aqueles que acessam periodicamente o site: www.jornalotempo.com.br, ainda a ajuda do Stúdio Foto Real e do Foto Surdi, também as professoras Gasparetto (Marilete e Mariliza) pela colaboração. Não poderíamos deixar de lembrar do assessor jurídico da época Dr. Glair José Almeida, depois o auxílio dos Drs. Sedenir Tavares Dias, Fernando Tavares Dias e André Masson, inclusive Deivid Carlos Penteado. Agradecemos no passado a colaboração da Contábil Razão e hoje, Contábil Ouro.
A Empresa Jornalística O TEMPO Ltda há mais de 20 anos em plena atividade, também parabeniza A Semana por cumprir uma missão em também divulgar a cultura local e regional.
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