Por Uma Boa Leitura

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- Evani M. L. Riffel
Por Uma Boa Leitura ...E Pela Coletividade!
Estimado(a) leitor(a), quando em rodas de conversa, alguém nos questiona sobre o livro que estamos lendo, ou cujo, o qual, lemos há bem pouco tempo, não raro, nos foge a memória galopante, qual o título, autor e conteúdo.
Acredito, que tal fato não ocorreria se lesses o livro "Qual é a tua Obra?" (Cortella, Mario sergio).
É um livro inesquecível, sucinto, instigador, prazeroso, provocativo, de cuja leitura sacia-se o paladar literário, assim como degusta-se um notável prato culinário, que nos é recomendado ou oferecido como "sabor dos deuses".
Brindo aqui a Leitura x gastronomia, em metáfora por uma "metamorfose ambulante," para despertar o gosto à leitura, para formar o leitor assíduo e ser mais um a prezar pela filosófica frase:
"Onde se semeia a leitura, as ideias florescem".
O referido livro, é maravilhoso sim! Para uma ligeira visão literária leitora, passo a narrar a "Fábula da Coletividade" (in CORTELLA, p.119/120), reproduzida aqui também...
...Para uma reflexão acerca do dia 22 de março passado, dia mundial da Água, instituído pela ONU, em 1992, visando conscientização sobre o precioso líquido, para preservar a vida no planeta Terra, nossa casa comum, da qual somos "usuários compartilhantes" e não donos absolutos!"
(...)
Uma mulher vivia num pequeno sítio e possuía alguns animais: uma vaca leiteira, um porco a engordar e uma galinha poedeira. Havia na casa uma antiga tulha onde ela guardava milho e há algum tempo servia de toca à um inoportuno rato.
O rato vivia sossegado, até o dia que a mulher cansou-se do roc...roc...roc... noturno e, lá armou uma ratoeira.
O rato desesperou-se e foi contar para a vaca:
-Vaca, minha amiga, estamos com um baita problema; a mulher colocou uma ratoeira na tulha!
A vaca mugiu e balançou o rabo dizendo:
-Ora, ora, isto é problema só seu, não me atinge, ratoeira não pega vaca!
O rato foi então, lamentar-se com o porco:
-Amigo porco, estamos numa encrenca, a mulher armou uma ratoeira lá na tulha.
-Sinto muito, amigo rato, há um equívoco, ratoeira não é algo a me preocupar, acaso já viu um porco ser pego numa ratoeira?
O nocivo roedor, pasmo e até atônito com o descaso dos amigos animais, foi ainda queixar-se para a galinha:
- Cara galinha, nós estamos numa emboscada, a mulher armou uma ratoeira na tulha, estou amedrontado.
-Nós? Problema meramente seu, rato!
Cabisbaixo e desanimado o rato volta para casa .
À noite quando todos dormem, de repente, splaft! A ratoeira desarmou e a mulher correu até lá.
Espantou-se ao confirmar que a ratoeira havia pego uma cobra cascável, que sorrateira entrou na casa e infiltrou-se na tulha. No ápice da surpresa, a dona da casa, pegou a ratoeira na mão e a cobra ainda bem viva, picou-a!
Ela foi levada às pressas para o hospital, à beira da morte. Foram vinte dias de rigoroso tratamento médico. A mulher voltou para casa muito fraca. Qual o melhor tratamento? Canja! Abateu a galinha.
Nos dias que se seguiram, muitas visitas recebeu a pobre mulher. Para agradecer a solidariedade de todos mandou abater o porco, à oferecer um almoço com feijão tropeiro.
A mulher restabeleceu-se mas ficou com sérios problemas financeiros, sem ter dinheiro para pagar o caro tratamento, acabou vendendo a vaca para o açougue.
(...) Alguém safou-se desta história!
-Vitória, vitória, quer que conte outra história?...
Cuidado amigo leitor, "usuário compartilhante" do planeta Terra, ratoeiras são eficazes e podem não pegar no primeiro tempo.
Nesta casa comum, nosso planeta, onde pulula a diversidade de vida, explore com sustentabilidade, consuma menos produzindo menos lixo, reduza, recicle, reutilize, preserve a água, louve a vida da coletividade, somos inquilinos transitórios do Planeta. -Cuidado com a ratoeira!
Num mutirão coletivo permanente, faça a sua parte, seja ecológico e "leia" um mundo melhor.
Vivamos pois, caro homo sapiens, em harmônica simbiose... Pela coletividade!
Autora: Professora Evani M. L. Riffel
E-mail: evani riffel @bol.com.br
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