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Saturno revelado

  • - Mario Eugenio Saturno

A R T I G O S

A destruição planejada da nave espacial Cassini em Saturno no último 15 de setembro trouxe o interesse das pessoas para o planeta que tem um sistema complexo de luas e anéis, além de um hexágono em pleno polo norte.

 

A missão espacial Cassini-Huygens foi um projeto conjunto da NASA, ESA (Agência Espacial Europeia) e ASI (Agência Espacial Italiana), composta da nave Cassini e da sonda Huygens. Foi lançada em 15 de outubro de 1997 e chegou em Saturno em 1º de julho de 2004. A sonda europeia Huygens pousou na superfície de Titã, o maior satélite de Saturno, em 14 de janeiro de 2005.

 

O próprio Galileu observou os anéis de Saturno, mas no seu telescópio pareceram como duas esferas coladas ao planeta. Em 1656, Christian Huygens descobriu um satélite que foi batizado de Titã. Titã é a segunda maior lua do Sistema Solar (diâmetro de 5.150 km) e o único satélite a ter atmosfera. iovanni Domenico Cassini descobriu outros quatro, foram nomeados de Reia, Japeto, Dioneia e Tétis.

 

Mimas e Enceladus foram descobertos por William Herschel em 1789. Depois descobriram Hipérion (1848) e Febe (1898), e em 1966, Epimeteu e Jano foram descobertos, luas que ocasionalmente aproximam-se e periodicamente troquem órbitas. Quando a Cassini-Huygens foi lançada já tinham discoberto18 luas. Atualmente, foram confirmadas 53 e outras nove luas aguardam confirmação.

 

A lua Titã é tão grande que afeta as órbitas de outras luas próximas. Titã tem uma atmosfera rica em nitrogênio, ou seja, é semelhante à atmosfera da Terra de bilhões de anos atrás, antes que a vida aparecesse. Enquanto a atmosfera da Terra se estende cerca de 60 km para cima, a de Titã estende-se por quase 600 km.

 

Japeto tem um lado tão brilhante como a neve e um lado tão escuro quanto o breu, e um cume enorme que corre pela maior parte do seu equador do lado escuro. Febe orbita o planeta em uma direção oposta à das luas maiores de Saturno. E Mimas tem uma enorme cratera de um lado, resultado de um impacto que quase separou a lua, poderia mudar seu nome para "Estrela da Morte" sem pensar.

 

Já Encélado mostra evidências de vulcanismo de gelo ativo: Cassini observou fraturas quentes onde a evaporação do gelo escapa e forma uma enorme nuvem de vapor de água sobre o polo sul. Esta lua é especial por poder abrigar um oceano interno, ou seja, vida! Assim como Europa de Júpiter. Por conta disso, resolveram jogar a nave Cassine em Saturno, pois se ela caísse em Encélado, o gerador de potência de radioisótopo derreteria o gelo da superfície até penetrar o oceano interno, contaminando-o e matando possíveis formas de vida.

 

A lua Hipérion tem uma forma achatada estranha e gira, provavelmente devido a uma colisão recente. Já Pã órbita dentro dos anéis principais e ajuda a varrer os materiais de um espaço estreito conhecido como a Lacuna Encke.

 

E Tetis tem uma enorme zona de rachaduras chamada Chasma Ítaca que corre quase três quartos da lua. Na mesma órbita, nos pontos lagrangianos de Tetis foram descobertas as luas Telesto e Calipso. Isso também acontece com Dioneia que tem 60 graus à frente e atrás as luas Helene e Polideuces

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Asteroides e cometas

 

Desde os antigos gregos, acreditava-se que Saturno era o planeta mais distante. E, depois do telescópio e das descobertas dos satélites de Saturno e Júpiter, os astrônomos descobriram os cometas, os asteroides e os demais planetas do sistema solar.

 

Embora se deva salientar que os cometas são observados desde a pré- história, eles chamam a atenção pela sua forma exclusiva, como nuvens brancas e cauda que se parece com cabelos, daí o nome cometa (do latim cabelo).

 

Aristóteles foi o primeiro a propor uma explicação, seria um fenômeno da atmosfera. Em 1.531, Girolano Fracastoro estudou um cometa e observou que sua cauda sempre se dirigia para longe do sol, favorecendo a teoria de Aristóteles.

 

Em 1.577, o dinamarquês Tycho Brahe tentou medir a paralaxe de um cometa, a olho nu, concluiu que estava bem mais longe que a Lua, se já tivessem inventado o telescópio... De qualquer modo, comprovou que não era um fenômeno atmosférico. Johannes Kepler sugeriu que os cometas seguissem órbitas elípticas como os planetas. Em 1.664, Giovanni Borelli estudou um cometa e sugeriu que os cometas podem ter órbitas parabólicas, ou seja, só visitam o sol uma única vez.

 

Um cometa surgido em 1.682 mereceu a atenção de Edmund Halley que pesquisou e concluiu ser o mesmo cometa que Fracastoro observara em 1.531 e houvera sido observado em 1.607 e 1.456. Estava descoberto o cometa de Halley que nos visita a cada 76 anos. A partir de então, muitos outros foram descobertos e, em 1949, Fred Whipple sugeriu que os cometas são compostos de materiais gelados que, ao se aproximar do sol, evaporam.

 

Descobriram então os asteroides (do grego "como estrelas"), que são pequenos corpos situados entre as órbitas de Marte e Júpiter (poderia ter existido um planeta que foi destruído ou que nunca conseguiu se formar). Em 1.801, Giuseppe Piazzi descobriu o primeiro asteroide, que denominou Ceres, deusa romana da agricultura. Era pequeno,  um 62 avos da nossa lua. Até 1.900, mais de quatrocentos asteroides foram descobertos, principalmente pelo uso de fotografia na astronomia. Essa região foi chamada Cinturão de Asteroides.

 

Em 1.898, o alemão Gustav Witt descobriu um asteroide que saía do cinturão, passava Marte e chegava próximo da Terra. Batizou-o de Eros, o deus grego do amor. Em 1.948, Walter Baade descobriu outro que se aproximava de Mercúrio, denominando-o Ícaro, que na mitologia grega voou com asas artificiais muito perto do sol, a cera que colava as penas na estrutura das asas derreteu e ele morreu na queda. Acredita-se que os satélites de Marte (Fobos e Deimos que no grego significam medo e terror) eram asteroides que foram capturados.

 

Em 1.906, o alemão Max Wolf descobriu um asteroide que se movia na órbita de Júpiter, um sexto da órbita à frente (60o em relação ao sol), formando um triângulo equilátero com o sol e Júpiter. Chamou-o de Aquiles, o herói grego da guerra de Tróia. Esta posição já havia sido estudada por Joseph Lagrange e considerada estável pela Lei da Gravidade. Ora, se é estável à frente, também o é 60 graus atrás. E descobriram o asteroide Pátroclo (amigo de Aquiles). Outros asteroides foram descobertos nessas posições e foram chamados de Troianos.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Drivers Espaciais

 

O Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Rossato foi à Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso Nacional propôs para Programa Espacial Brasileiro uma mudança da governança. Propõe a criação de um Comitê Executivo do Espaço cuidaria do Orçamento, da Política e dos Acordos e o Conselho Nacional do Espaço para decidir o que e como executar os recursos.

 

Está nos planos da Defesa lançar o SCGD-2 em 2022, e um satélite ótico de resolução de 50 cm em 2021. Importância comprovada durante as Olimpíadas quando se comprou imagens de um satélite israelense. E para 2026, um satélite radar, principalmente para enxergar através das nuvens que encobrem grande parte do território nacional.

 

É clara a necessidade de investimento no projeto do Veículo Lançador e a consolidação do Centro Espacial de Alcântara, especialmente aprovando os Acordos de Salvaguardas Tecnológicas com outros países, especialmente os Estados Unidos, país que já se mostrou bastante interessado na Base.

 

O Brasil não tem os motivadores ("drivers") que impulsionam os programas espaciais de países com problemas parecidos com os do Brasil, como China, Índia, Rússia e Israel, mas o mesmo acontece com a Argentina e investimos apenas um doze avos do que eles investem.

 

A crise econômica que atinge também a Argentina abre uma grande oportunidade de cooperação, como, por exemplo, os satélites radar de banda L que tanto interessa ao Brasil. Não temos condições de fazer um em curto prazo e como justificar comprar um se se pode cooperar com os argentinos por uma fração do custo?

 

O Brasil tem um acordo com a Argentina de fazer uma missão espacial envolvendo dois satélites, o SABIA-MAR, Satélite Argentino-Brasileiro de Informações Ambientais. Cada satélite tem vida útil de cinco anos, visa a observação dos oceanos, da zona costeira e de águas interiores, lagos, represas e rios, da América do Sul. Com esses dados, os cientistas poderão estudar o ciclo de carbono, da biosfera marinha, da identificação de zonas potenciais de pesca e para o controle de eventos como vazamento de petróleo, entre outros.

 

O Brasil não tem equipe para o satélite, nem verba, resultando no fim do projeto? Não, os argentinos começaram a fazer aquilo que seria dos brasileiros e terão para si um satélite que tem utilidade para nossa nação. Esse acordo segue o mesmo caminho de outros fracassos internacionais, como a ISS, o Satélite Franco-Brasileiro e MAPSAR (Alemanha). Certamente, recursos financeiros não explicam tudo, "personalismos" explicam mais. E não se está analisando os projetos militares, mas civis!

 

Nas décadas de 1980 e 1990, o INPE desenvolvia dois Satélites de Coleta de Dados ambientais (SCD-1 e SCD-2) e dois para sensoriamento remoto (SSR-1 e SSR-2), e ainda vislumbrava dois geoestacionários de comunicação. As crises e o CBERS acabaram com os satélites brasileiros.

 

A crise econômica que a Dilma gerou vai acabar, voltaremos a ter condições de investir, mas o que queremos para nosso país, gerar empregos de alto valor agregado, tecnologia e indústria de ponta? Ou...

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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O Programa Espacial para 2020

 

O Programa Espacial Brasileiro tem muitos erros estratégicos, a começar com os baixos investimentos. Mas algumas oportunidades se abrem a nós como presentes divinos a um escolhido. Como, por exemplo, o projeto Equars que se receber um pequeno investimento pode dar aos cientistas brasileiros a oportunidade de serem os primeiros a fazer ciência na Anomalia Magnética.

 

Para analisar este contexto, é preciso lembrar que já expus em artigo anterior, o "Argentina 12 x 1Brasil" em que mostro que a Argentina investe 1,2 bilhão de dólares por ano em média na área espacial, enquanto o Brasil investe apenas cem milhões, 12 vezes. Aquele país já fez diversos satélites, e impressiona os dois geoestacionários de comunicação (ARSAT) lançados e mais um com investimento da Huges. Também impressiona fazerem dois satélites radar, o SAOCOM, em banda L, como sonham os cientistas do INPE para observar a Amazônia através das nuvens.

 

Também vimos como o CBERS, um programa de sensoriamento com a China, prejudica o Brasil. E também as imagens geradas de baixa resolução que tem que ser dadas gratuitamente.

 

O Brasil ainda teve outras cooperações, participou do Aqua da NASA, com pouco aproveitamento por falta de preparo dos cientistas brasileiros. E também com a ISS, Estação Espacial Internacional, mas rompeu por desinteresse do governo Lula. O governo Lula também foi responsável pelo acordo malfadado com a Ucrânia, a ACS, que consumiu mais de quinhentos milhões de reais e produziu nada!

 

O acidente na Base Espacial de Alcântara colocou o projeto do foguete brasileiro na geladeira, paralisando essa concepção de projeto. A ACS foi a pá de cal. Agora, sem ACS, o Brasil não mostra que sabe o que fazer com o foguete nacional.

 

Enquanto isso, a Argentina continua com o seu programa bem sucedido e reiniciado apenas dez anos atrás. A promessa é que o foguete "El Tronador" esteja operacional nos próximos anos e apto a colocar em órbita baixa satélites de 250 kg.

 

O INPE, no ano passado, ressuscitou o projeto do satélite científico EQUARS, para monitoramento global da atmosfera na região equatorial. Ele tem vários instrumentos para medir os processos dinâmicos e fotoquímicos e os mecanismos de transporte de energia entre a baixa, média e alta atmosfera e ionosfera. A ênfase do estudo é a Anomalia Magnética do Atlântico Sul, anomalia que ficou famosa por desativar os computadores do Telescópio Hubble, toda vez que ele passava sobre o Brasil.

 

Esse estudo é importante também porque os fenômenos solares são capazes de causar interferências em sistemas como o GPS, além de induzir correntes elétricas em transformadores de linhas de transmissão de energia e afetar a proteção de dutos para transporte de óleo e gás. Ou seja, muito importante para o Brasil.

 

Por questões de economia, espera-se lançar este satélite como carona. Se o Brasil aplicar dez milhões de dólares em um lançamento próprio, podemos colocar o EQUARS em uma órbita atravessando a Anomalia Magnética o que dará aos cientistas brasileiros a oportunidade única de desenvolver Ciência que ainda ninguém fez. Essa é a hora em que os políticos brasileiros devem escolher que tipo de nação é o Brasil!

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Argentina 12 x 1 Brasil

 

A Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso Nacional convidou o Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Rossato para expor sua visão sobre o Programa Espacial Brasileiro.

 

O que mais causou espécie em sua apresentação foi o fato da Argentina investir 1,2 bilhão de dólares por ano em média, enquanto o Brasil investe apenas cem milhões. Realmente é muito estranho, como pode um país que tem um PIB de cerca de um quarto do nosso investir 12 vezes mais? E o território da Argentina é apenas um terço do Brasil.

 

Convivi quase dois anos com os tecnologistas da INVAP na fábrica de Bariloche, aprendi muito com eles -triste admitir isso-, e o que mais me impressionou foi o pragmatismo deles. O que talvez explique o porque cancelaram o programa de foguetes para ter apoio da NASA. Tiveram a oportunidade e aprenderam! Já fizeram diversos satélites, inclusive dois geoestacionários de comunicação (ARSAT).

 

Enquanto muitos brasileiros estão a acreditar na paralisação do Programa Espacial Argentino, em julho passado, anunciaram que a Hughes, empresa norte-americana, está associando-se à ARSAT para lançar o terceiro satélite de telecomunicações argentino, investindo cem milhões de dólares. Fato comemorado pelo presidente Macri -tido como inimigo da área espacial-. Outros 180 milhões serão investidos pelo governo argentino, mostrando que a crise não afeta tanto.

 

A Argentina ainda está terminando dois satélites radar, o SAOCOM (Satélite Argentino de Observação Com Microondas) é um sistema de satélites de observação terrestre equipados com um radar de abertura sintética (SAR) em banda L, com lançamento programado para 2018. Exatamente o que os cientistas do INPE querem para observar a Amazônia e o mar, mas o desenvolvimento do brasileiro parou. Os argentinos farão quatro satélites radar, o Brasil nenhum.

 

Outra observação a ser feita é que os dois satélites operarão em conjunto com os quatro satélites COSMO-SkyMed equipados com SAR de banda X da Agência Espacial Italiana, criando uma constelação para o Sistema Ítalo- Argentino para Gestão de Emergências (SIASGE). Um acordo internacional realmente útil e que o Brasil também necessita.

 

E os acordos do Brasil? O primeiro e mais importante é o CBERS, um programa de sensoriamento remoto em que o Brasil fabrica equipamentos que já sabe fazer e os chineses cuidam do controle e lançamento, coisa que não temos e eles não permitem que os brasileiros aprendam. Como este projeto envolve viagens para a China, ou seja, diárias gordas, as vagas são disputadas a tapa. Qualquer um vai observar que do lado chinês só tem engenheiros "trainee" enquanto que do lado brasileiro somente cabelos grisalhos... Novos, somente com a aposentadoria dos velhos. Com a prioridade de recursos humanos e financeiros, o CBERS sabotou todos os outros programas.

 

Para o CBERS, o Brasil investiu muito na criação de câmaras, são enormes, caras e que produzem imagens que os usuários não querem. Quando se tentou vender as imagens, ninguém comprou. Então passaram a distribuir de graça! Sem a gratuidade... Para que fazer no Brasil o que se pode comprar no mercado por uma fração do preço?

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Teresa de Calcutá

 

Madre Teresa de Calcutá, agora Santa, é uma figura emblemática com muitas histórias que podem ser consideradas como heroicas, como seu serviço incansável para os mais rejeitados do mundo e seu corajoso testemunho do que seja viver o Evangelho, visto por milhões de pessoas apenas em uma cidade indiana.

 

E as qualidades dessa santa estão além do compreensível segundo Frei Brian Kolodiejchuk, que foi o postulador da causa de canonização da Madre Teresa e é um sacerdote dos Missionários dos Padres da Caridade.

 

Apesar da vida de Santa Teresa ser uma obra de caridade incalculável, Fr. Brian afirma que há uma coisa que se destaca acima de tudo: a experiência da escuridão espiritual, o que ela descreveu como um sentimento de total abandono por Deus durante a maior parte de sua vida. E ela sofreu uma profunda e longa desolação, apesar de fazer tudo o que ela fez pelos outros.

 

Madre Teresa orou fervorosamente para compartilhar o sofrimento de Jesus, e muitos, incluindo o diretor espiritual, acreditavam que seus sentimentos de rejeição e abandono eram um espelho da própria experiência de solidão e desolação de Cristo durante sua paixão e morte ("meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?").

 

Muita gente pensa que os santos estão em algum lugar nas nuvens místicas. Madre Teresa era espiritual, mas com os pés no chão. Ela era também observadora e ativa nas vidas dos outros. Desde que Fr. Brian a conheceu, a qualidade que mais se destacava de Madre Teresa era a sensação de que ela realmente era "Mãe", e que ser mãe era algo importante para ela.

 

Quando Teresa foi eleita pela primeira vez superior geral dos Missionários da Caridade, sua resposta imediata depois de receber parabéns, ele afirmou: "Ah, isso não significa nada, o título. Não, eu quero ser mãe".

 

Cabe ressaltar que em Português, o título manteve a palavra italiana "madre", que significa mãe. Nas demais línguas, chamam as freiras superiores de mãe, assim, Madre Teresa (espanhol), Mother Teresa, Mère Teresa etc.

 

Santa Teresa de Calcutá nasceu como Agnes Gonxha Bojaxhiu, em 26 de agosto de 1910, em Skopje, no que é hoje a Macedônia, juntou-se às Irmãs de Loretto aos 17 anos, mas saiu depois de sentir o que chamou de "ordem" de Deus para deixar o convento e viver entre os pobres.

 

Ela fundou várias comunidades de missionários ativos e contemplativos da Caridade, que incluem irmãs religiosas, irmãos e sacerdotes. A primeira comunidade de irmãs ativas foi fundada em 1950. Uma ordem de irmãos ativos foi fundada quase 20 anos depois, em 1968. Então vieram duas ordens contemplativas, uma de mulheres em 1976 e uma de homens em 1979.

 

Em 1989, os Missionários dos Padres da Caridade foram estabelecidos. É um instituto religioso clerical de direito diocesano cujos membros fazem promessas de pobreza, castidade, obediência e serviço gratuito aos pobres. Além disso, uma ordem de missionários leigos também foi fundada em 1984, e vários movimentos que organizam muitas obras de caridade também nasceram como parte da família espiritual Missionários da Caridade.

 

Mãe Teresa de Calcutá, Santa da Caridade, ora pro nobis!

 

Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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O procurador patriota

 

O presidente Michel Temer conseguiu vencer a batalha do pedido de afastamento do procurador geral na Câmara dos Deputados. Foi um final triste para a denúncia mal feita do procurador segundo diversos juristas. Isso encerra a crise que começou com o vazamento da delação do Joesley naquele nefasto 17 de maio, que mergulhou o país em mais uma crise que durou quase três meses. E justamente quando saía da longa recessão.

 

Essa crise causada pelo procurador causou um prejuízo enorme ao país. O aumento brusco do dólar no dia seguinte do vazamento mostrou o que o mercado viraria. Param investimentos, param negócios, o governo para e só trabalha para sobreviver. O Temer tem culpa por querer permanecer no cargo? Claro que não! Ele foi eleito vice-presidente para assumir na impossibilidade do presidente, como aconteceu. Estava plenamente em seu direito.

 

E a oposição fez de tudo para prorrogar a agonia do presidente -na verdade, do povo-. Mas esses despatriotas não perceberam que o povo não vai às ruas pedir o impeachment porque quer um pouco de estabilidade. Hoje em dia, todo mundo sabe que essas crises só produzem uma vítima: o próprio povo.

 

E o que o povo pensa do presidente Temer? Que não é corrupto e ladrão? Todo mundo diz que tem certeza que todos os políticos o são. Mas ninguém vai apoiar cassação por "achismo"... Talvez alguns. Se a procuradoria não faz melhor, cai no descrédito porque atuam não contra o Temer, mas a favor da crise, contra a Nação, contra o povo.

 

Chega a ser engraçado! Que o Temer salvou o país do inferno "dilmesco" não se tem dúvida. A inflação foi caindo, apesar de que os críticos diziam que era queda pequena, que poderia voltar... Caiu e ninguém mais fala.

 

A mesma ladainha foi com os votos no Congresso para aprovar a desvinculação da Petrobras do Pré-Sal, da mudança nas leis trabalhistas, e até na rejeição do afastamento do presidente para ser julgado no Supremo Tribunal Federal. E repete-se com o crescimento da indústria que, ao que parece, consolida-se neste mês! Sem elogios à equipe econômica nem à equipe política.

 

Então, partem para a taxa de desemprego. Quem aposta nisso mostra pouco entendimento sobre esses índices. É claro que não tinha 14 milhões de desempregados, o índice não mostra que todas essas pessoas trabalhavam e perderam o emprego. Quando um pai provedor da família perde o emprego, esposa e filhos passam a procurar emprego. Isso significa que se forem criados uns três milhões de empregos, estimo que 10 milhões de pessoas param de procurar emprego.

 

Mas retornando ao procurador, a revista Veja revela que o procurador Janot também recebe mais que a lei permite. Os vencimentos dos ministros do STF são hoje de R$ 33,7 mil, e é o maior salário permitido a servidores públicos, ou seja, o teto. Mas muitos servidores, inclusive no Judiciário e no Ministério Público, superam esse teto graças a adicionais incorporados ao salário. Janot, por exemplo, recebe R$ 39 mil por mês. Eis o porque muitos procuradores atacam o presidente que quer acabar com o privilégio sacrílego dessas minorias poderosas.

 

Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

 

 

 

 

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Mario Eugenio Saturno

Tecnologista Senior

Divisão de Sistemas Espaciais

INPE/MCT - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

SJCampos - SP Caixa Postal 515 - CEP 12201-970

Telefone: (012) 3208-7020 / (012) 996038389

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