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Sobre o desejo de usar cocaína

  • - Mario Eugenio Saturno

A R T I G O S

Em um novo estudo da Universidade de Michigan divulgado no Journal of Neuroscience, cientistas descobriram que a ativação de uma parte da amígdala, uma região cerebral em forma de amêndoa, intensifica a motivação para consumir cocaína muito além dos níveis habituais das drogas, tal como acontece com o açúcar, por exemplo, que tem a capacidade de intensificar o desejo por alimentos doces.

 

Segundo Shelley Warlow, autora principal do estudo, a amígdala do cérebro parece desempenhar um papel fundamental na dependência de drogas. Para os que se tornam dependentes em drogas, estas se tornam o único objetivo de desejo. Entretanto, muitas pessoas experimentam drogas sem se tornarem viciadas e levam vidas normais buscando um equilíbrio saudável de recompensas diferentes, ou mesmo desistindo das drogas por completo.

 

Já para os viciados, as drogas tornam-se tão atraentes que causam motivação intensa e focada totalmente na obtenção das drogas à custa de outras recompensas da vida normal.

 

Os pesquisadores primeiro implantaram um cateter nos ratos, o que permitiu que os animais consumissem doses de cocaína ao encostar o nariz em pequenos orifícios na parede. Sempre que os ratos encostavam o nariz no buraco para consumir cocaína intravenosa, uma luz laser também ativava, sem provocar dores, os neurônios na amígdala central ao mesmo tempo. Ao encostar seu nariz em um buraco diferente, os ratos ingeriam cocaína, mas sem ativar a amígdala.

 

Quando conseguiam escolher livremente entre essas duas recompensas, os ratos se concentraram apenas no porto em que obtinham cocaína junto com o laser ativador da amígdala, e consumiram muito mais cocaína do que ratos sem ativação da amígdala e passaram mais pelo buraco laser- cocaína como se buscassem mais. Os ratos também se mostraram mais dispostos a trabalhar, quase três vezes mais, para obter cocaína, conforme relatado no estudo.

 

Os ratos mostraram-se indiferentes à ativação da amígdala pelo laser quando oferecido sozinho. A ativação da amígdala apenas intensificou a motivação quando a cocaína também estava presente. Em contraste, quando os pesquisadores inativaram temporariamente a amígdala usando uma infusão de drogas indolor, os ratos deixaram completamente de responder à cocaína.

 

Em outra pesquisa, liderada por Bryan Singer da The Open University, os cientistas descobriram que as regiões cerebrais principais que regulam os hábitos não estavam envolvidas na busca por drogas, conforme se suspeitava em pesquisas feitas anteriormente, mas eram em outras regiões do cérebro, as ligadas à motivação, as responsáveis pela busca por drogas.

 

Em estudos anteriores, ratos e outros animais repetiam o mesmo comportamento, como pressionar uma alavanca ou inserir o nariz através de uma porta, para obter as drogas. Como os desafios sempre mudaram após algumas semanas de testes, o comportamento de dependência dos ratos nunca se tornou automático ou habitual.

 

Quando se compreender as áreas do cérebro e os mecanismos envolvidos na motivação para drogar-se, poderemos criar melhores tratamentos para a dependência e também para outros transtornos compulsivos.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Canela ajuda emagrecer

 

Todo início de ano, muita gente, provavelmente a maioria do povo, elege por decisão de ano novo: emagrecer. Assim, fazer dietas e frequentar academias de esporte são as escolhas mais óbvias. Para ajudar a todos que estão pensando na própria saúde, apresento uma nova pesquisa da Universidade do Michigan que descobriu como uma especiaria comum, a canela, pode ajudar na luta contra a obesidade. O estudo foi publicado na edição de dezembro da revista Metabolism.

 

Os cientistas já haviam observado que o cinamaldeído, um óleo essencial que dá sabor à canela, parece proteger camundongos contra obesidade e hiperglicemia. Mas os mecanismos subjacentes ao efeito ainda não eram bem compreendidos.

 

A pesquisa, que foi liderada por Jun Wu, professor-assistente de pesquisa do Instituto de Ciências da Vida, foi feita para entender melhor a ação do cinamaldeído e determinar se ele poderia ser um protetor nos humanos também. Os cientistas descobriram que este composto afeta mesmo o metabolismo. Então, procuraram descobrir como e qual caminho poderia estar envolvido e como agiria tanto nos camundongos, quanto nas células humanas.

 

Descobriram que o cinamaldeído melhora a saúde metabólica atuando diretamente nas células de gordura ou adipócitos, induzindo-as a queimar energia por meio de um processo chamado termogênese.

 

Os cientistas testaram adipócitos humanos de voluntários, de várias idades, etnias e índices de massa corporal. Quando as células foram tratadas com cinamaldeído, os pesquisadores notaram aumento da expressão de vários genes e enzimas que melhoram o metabolismo lipídico. Eles também observaram um aumento de Ucp1 e de Fgf21, que são importantes proteínas reguladoras metabólicas envolvidas na termogênese.

 

Os adipócitos normalmente armazenam energia na forma de lipídios. No passado distante, este armazenamento foi benéfico para nossos antepassados que tinham menos acesso a alimentos ricos em gordura e, portanto, uma necessidade muito maior de armazenar gordura. Essa gordura poderia então ser usada pelo corpo em tempos de escassez ou em temperaturas frias, que induzem os adipócitos a converter energia armazenada em calor.

 

Recentemente, para parte da humanidade, o excedente de energia tornou- se um problema. Com a crescente epidemia de obesidade, os pesquisadores procuram maneiras de ativar a termogênese das células de gordura, ou seja, a queima de gordura.

 

Os cientistas acreditam que o cinamaldeído possa oferecer um método de ativação. E como já é amplamente utilizado na indústria de alimentos, pode ser mais fácil convencer os pacientes a seguir um tratamento à base de canela do que outro baseado em drogas tradicionais.

 

A canela já integra o cardápio de muita gente, porém isso não significa que se deva fazer dietas baseadas na canela na esperança de manter o peso nas festas familiares, festividades de feriados ou nas férias. Os cientistas advertiram que ainda é necessário um estudo adicional para determinar a melhor maneira de aproveitar os benefícios metabólicos do cinamaldeído sem causar efeitos colaterais adversos.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Efeitos dos filmes de terror

 

Em um estudo liderado por Sarah Erickson, do Departamento de Ciências da Universidade de Michigan em conjunto com a Universidade de Wisconsin, os cientistas descobriram que assistir a filmes de terror ou alguns programas de televisão podem deixar algumas pessoas sentindo medo por muitos anos.

 

Esse estudo seguiu outro feito em 1999, quando foi descoberto que muitos adultos sentiam medo e ansiedade por causa dos filmes de terror ou programas de televisão com conteúdo perturbador que assistiram durante a infância e adolescência.

 

O novo estudo capturou a evolução do conteúdo da mídia e das respostas do público que não foram abordadas no estudo de 1999. Essa pesquisa é muito importante, pois um programa de televisão ou filme de terror pode aterrorizar as pessoas até anos mais tarde e os avanços em tecnologia digital e o acesso a serviços de transmissão de vídeos, como Netflix, aumentam as chances das pessoas serem expostas a estímulos mais aterradores.

 

Os pesquisadores verificaram que os jovens expostos a momentos de medo usavam estratégias de comportamento de sobrevivência, como cobrir seus olhos ou sair da sala. Já as pessoas mais velhas usavam estratégias cognitivas, como dizer a si mesmas "é apenas um filme" ou "isso nunca poderia acontecer na vida real".

 

Quase 220 participantes participaram do estudo, em que foram convidados a refletir sobre experiências de medo na infância, antes dos 13 anos de idade, e depois como adolescente ou adulto. Os participantes responderam perguntas sobre a duração da sensação de medo, os mecanismos e as fontes do conteúdo, bem como as formas em que enfrentaram os medos.

 

Essas experiências envolviam algum programa da mídia que perturbou ou assustou a pessoa tanto que o efeito emocional continuou mais tarde. Os pesquisadores observaram que 165 tiveram uma experiência de medo durante a infância e 128 tiveram quando adulto.

 

A maioria dos participantes disse que durante a infância, monstros sobrenaturais, como zumbis ou extraterrestres, foram os principais culpados na produção de medo. Quanto à duração, 39% disseram que o susto de infância durou até anos depois e afetou comportamentos normais, como dormir e comer. E 58% reportaram que sofreram de ansiedade e 18% tiveram medo de morrer.

 

Para adolescentes e adultos, experiências assustadoras foram associadas a náuseas, aumento da frequência cardíaca e medo de morrer.

 

Os pesquisadores também observaram como histórias não baseadas em ficção, incluindo documentários e notícias, se encaixam em respostas de medo. A violência na mídia, incluindo a cobertura dos ataques do World Trade Center em 11 de setembro de 2001, contribuiu para aumentar o medo de seres humanos perversos em adolescentes e adultos.

 

Adolescentes e adultos são mais capazes de usar lógica e raciocínio para lidar com suas respostas ao medo, enquanto as crianças devem confiar em comportamentos como evitar estímulos assustadores ou buscar conforto físico, concluíram os pesquisadores. Em suma, as crianças e adolescentes devem ser mantidos longe de filmes de terror e programas sensacionalistas sobre violência.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Causas da pobreza

 

As pessoas que demonstram comportamentos antissociais, como ser agressivo, hiperativo e ter problemas na escola, tendem a sofrer desemprego crônico, pobreza persistente, depender de assistência social e sofrer uma morte prematura, de acordo com um novo estudo do Instituto de Pesquisas Sociais da Universidade de Michigan.

 

De fato, esse tipo de persistência no comportamento antissocial revelou-se um indicador forte e independente, juntamente com habilidades cognitivas reduzidas, de modo que esses indivíduos permanecem permanentemente incapazes de participar da força de trabalho aos 50 anos.

 

Tradicionalmente, os estudos de pesquisa sobre conquistas socioeconômicas se concentraram na capacidade cognitiva e no desempenho educacional como fatores individuais fundamentais, mas recentemente pesquisadores começaram a explorar como fatores não cognitivos, como saúde mental, problemas comportamentais e traços de personalidade desempenham um papel importante no desempenho acadêmico, emprego e resultados relacionados.

 

Os pesquisadores queriam entender o processo do ciclo de vida em que os indivíduos acabam deixando a força de trabalho ou treinamento durante seus primeiros anos de trabalho. Utilizaram os dados do Estudo Longitudinal de Personalidade e Desenvolvimento Social de Jyväskylä, que segue indivíduos de uma cidade no centro da Finlândia, entre as idades de 8 a 50. A região, que é étnica e socioeconômica homogênea, fornece um cenário valioso para cientistas sociais para estudar como os traços de personalidade influenciam a vida das pessoas.

 

Todo mundo conhece o bem-estar dos países nórdicos, onde as oportunidades são relativamente iguais e a rede de segurança social é muito forte, é onde devemos esperar que as diferenças individuais se tornem muito mais importantes na determinação dos resultados da vida.

 

Os pesquisadores examinaram os dados de 369 pessoas durante décadas. Aos oito anos, coletaram avaliações de professores e colegas de classe de crianças com propensão antissocial ou com comportamentos agressivos ou incapazes de controlar o próprio comportamento, bem como variáveis de desempenho e controle da escola, como gênero e nível socioeconômico familiar.

 

Aos 14 anos, o estudo coletou relatórios de professores sobre problemas comportamentais e dados escolares do desempenho acadêmico. No início da idade adulta, o estudo mediu o status socioeconômico dos participantes e comportamentos anormais, como comportamentos criminosos, consumo excessivo de álcool e alcoolismo, com base em questionário de autorrelato e registros administrativos do governo. Na meia idade, com aproximadamente 50 anos, o estado socioeconômico foi medido usando informações fiscais do governo, saúde e registros populacionais.

 

Os pesquisadores observaram uma forte correlação entre atitude antissocial que mais tarde se manifesta na delinquência e quebra das regras. Em outras palavras uma criança antissocial tem grande chance de viver na pobreza persistente e ter desvantagem socioeconômica. Algo que as autoridades e educadores deveriam priorizar em suas ações. Se isso foi observado na Finlândia, imagina no Brasil!

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Crianças bem sucedidas

 

Pesquisadores da Universidade de Michigan, da Pontifícia Universidade Católica do Chile e do grupo "Independent Scholar" para correlacionar autoconceito e avaliações padronizadas de resultados acadêmicos. Para isso, utilizaram dados dos Estados Unidos da América e do Reino Unido.

 

Como definição de autoconceito, ou seja, as crenças cognitivas que as pessoas têm sobre si mesmas, para este estudo, é entendido como: os estudantes percebem suas capacidades para ter sucesso em tarefas acadêmicas.

 

A pesquisa envolveu jovens com idades entre 5 a 18 anos, sendo 13.901 crianças britânicas do estudo longitudinal Avon de Pais e Filhos, 1.354 crianças norte-americanas do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano e 237 crianças americanas do Painel de Estudo de Dinâmica do Rendimento e Suplemento de Desenvolvimento Infantil.

 

O estudo considerou o sucesso anterior da criança, suas características e antecedentes, incluindo peso ao nascer: raça ou etnia, gênero, idade e educação materna.

 

Os pesquisadores descobriram que o autoconceito das crianças sobre a sua habilidade em matemática foi determinante para o sucesso posterior em matemática. Da mesma forma, seu próprio conceito de sua habilidade na leitura previu seu êxito na leitura posterior. O resultado sugere que os links entre autoconceito de habilidade e a conquista posterior são determinantes.

 

O estudo também mostrou que o sucesso não se limitava aos melhores alunos. Mesmo no grupo de alunos com menor desempenho, os que tiveram uma visão mais positiva de suas habilidades de matemática e leitura foram melhores.

 

Isso nos mostra que tão importante quanto ter um professor de boa qualidade é ter um professor que faça seus alunos acreditarem que podem ter sucesso em matemática e leitura, para que realmente suas chances de conseguir melhores resultados.

 

Em outra pesquisa, o Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan estabeleceu uma relação entre o comportamento antissocial e o fracasso no trabalho.

 

Em geral, os estudos de pesquisa sobre conquistas socioeconômicas se concentram na capacidade cognitiva e no desempenho educacional como fatores fundamentais, mas recentemente os pesquisadores começaram a explorar fatores não cognitivos, como saúde mental, problemas comportamentais e traços de personalidade, e como eles desempenham um papel importante no desempenho acadêmico e no trabalho.

 

A pesquisa usou dados do Estudo Longitudinal de Personalidade e Desenvolvimento Social de indivíduos entre as idades de 8 a 50, da cidade Jyväskylä, no centro da Finlândia. A região, que é étnica e socioeconomicamente homogênea, fornece um cenário valioso para cientistas sociais estudar como os traços de personalidade influenciam a vida das pessoas.

 

Os pesquisadores examinaram os dados de 369 pessoas, seguindo-as aos 8, 14, 27, 36, 42 e 50 anos. As pessoas que demonstram comportamentos antissociais, como ser agressivo, hiperativo e ter problemas na escola, tendem a sofrer desemprego crônico, pobreza persistente, e sofrer uma morte prematura.

 

Professores e autoridades têm mais um fator para trabalhar e formar cidadãos melhores.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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O prazer como fonte de santidade

 

Certamente, o assunto que mais permeia o ser humano é o prazer sexual, também chamado de orgasmo. Está nas revistas, nos filmes, jornais, televisão etc. Se olharmos o faturamento dos negócios relacionados ao sexo, veremos a real importância na vida humana. Exceto na Igreja, que pouco se fala sobre o assunto e quando fala, geralmente, é de forma negativa.

 

Eu mesmo já quis ser assertivo sobre o tema, afinal, só tenho uma conclusão todas as vezes que leio Paulo (I Cor 7): cada um tenha sua mulher, e cada mulher tenha seu marido; o marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido; a mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido; da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa; não vos recuseis um ao outro!

 

Muitos casamentos, se não a maioria, chegam ao divórcio pela falta do prazer. É comum o homem abandonar a esposa e família por outra mulher, certamente que preencheu o vazio sexual que havia. Ouvindo confissões, conhecendo os corações dos homens e sabendo o que diz a Teologia e o Catecismo da Igreja Católica, parece uma omissão inexplicável.

 

Mas foi com grata satisfação que vi uma palestra do Padre Léo na TV falando disso, tema que abordara em seu livro que também adquiri: Sede Fecundos! O que esse padre fez deve ser imitado, no meu entender, por todos e pelas Pastorais da Família. E Pe. Léo inicia seu ensinamento citando um Papa:

 

O Criador, que, em sua bondade e sabedoria, desejou conservar a raça humana por intermédio do homem e da mulher unindo-os no casamento, igualmente ordenou que, ao cumprir essa função, o marido e a mulher experimentem o prazer e a alegria em sua carne e seu espírito. Buscando e gozando desse prazer, os casais nada fazem de mal, apenas aceitam aquilo que o Criador lhes deu (Pio XII em 29 de outubro de 1951).

 

 Interpreta o Padre Léo que a sexualidade é um desejo do Criador e não um acidente ou consequência do pecado original. E o exercício da sexualidade é uma ordem divina e, ligado ao cumprimento dessa ordem está o prazer sexual, experienciado no corpo e na alma. O Papa ressalta ainda que o prazer deve ser experimentado pelo homem e pela mulher. Parece estranho um Papa falar que a mulher e o homem devam ter prazer sexual. Mais ainda: esse prazer deve ser buscado. É impressionante, mas Pio XII fala que prazer é um dever!

 

E ele continua, marido e mulher que não experimentam o prazer estão em pecado. Se Deus ordenou... O prazer pode e deve ser santo. Não podemos ter medo de pensar no prazer como fonte de santidade, como instrumento de cura e restauração.

 

E Padre Léo finaliza afirmando que um casal batizado no Espírito Santo precisa ser um casal que experimenta a alegria e o prazer como fonte de cura e libertação. O casal, ao se unir fisicamente, está celebrando e atualizando o sacramento do matrimônio, e sacramento significa a presença real de Jesus. Jesus Cristo está presente na vida íntima do casal. Ou acreditamos nessa verdade ou precisamos mudar alguns conceitos teológicos sobre os sacramentos.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Como salvar o programa espacial?

 

É o meu trigésimo terceiro ano no INPE e vi muita coisa dar certa e outras tantas darem erradas que julgo poder sugerir alguma coisa à nação brasileira do que fazer na área espacial.

 

O que me irrita muito é ver egos dominarem os rumos da Política Espacial praticada e que levam repetidamente ao desastre. Enquanto os egos brasileiros recusam a enxergar os sucessos dos rivais internos, sabotando e escondendo, ao invés de somar e multiplicar, nossos vizinhos da Argentina vão produzindo em série satélites comuns, de radar e de telecomunicações. Até surgiu um boato que o orçamento deles neste ano foi um fiasco. Um colega esteve na Argentina neste novembro e viu que eles vão investir um bilhão de dólares também neste ano e não os cem milhões que se delirava por aqui. Fiasco? Só o brasileiro!

 

Daí já vem a primeira necessidade para o Programa Espacial Brasileiro, se a falida Argentina pode investir um bilhão de dólares por ano, o que nos impede de fazer mais? Temos uma economia muito melhor, temos um território maior ainda e um parque industrial de fazer inveja. É falta de vontade política? Quem joga contra o Brasil?

 

Talvez inspirado na causa do sucesso argentino na área espacial e nuclear, a estatal INVAP, criaram a Visiona Tecnologia Espacial S.A., uma empresa de capital misto, da Embraer que detém 51% do capital e da Telebrás, os outros 49%, com o objetivo de estabelecer-se como integradora industrial de satélites nacionais. Para a indústria nacional pouco muda, já que a Visiona não pretende ser fabricante de componentes e que fará aquisições no Brasil na medida em que a indústria nacional capacitar-se.

 

O INPE desempenha o papel de integrador, com todas as restrições da Lei das Licitações e toda a insegurança jurídica que nossa Justiça gera. A começar com nossa Assessoria Jurídica da União que se comporta não como assessoria, mas como se fosse auditoria...

 

O problema é que lideranças dentro do INPE e DCTA não viram a Visiona como parceiro, mas como ameaça e partiram para o conflito. Até enxergaram a falência da empresa em curto prazo.

 

Outro dado importante é que no relatório do Tribunal de Contas da União, a Visiona aparece com o papel de integrador nacional e com orientações ao INPE e Agência Espacial Brasileira para que se adaptem a essa nova realidade.

 

Quem delira o fim da Visiona nem leu no Diário Oficial o Extrato do Contrato da Telebrás do Satélite SGDC-1: aquisição dos Segmentos Espacial e Terrestre que compõem e a posterior entrega de tais segmentos, plenamente operacionais, bem como a realização das atividades de Integração; valor global do contrato, para 222 meses, de R$ R$1.310.920.061,42. Dezoitos anos!

 

E contrato por Dispensa de Licitação (Art. 24, Inciso IX, da Lei 8.666/93): quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional.

 

Está aí o caminho inicial, orçamento compatível (um bilhão de dólares), o INPE fornecendo tecnologia e ciência, a Visiona executando, complementando ainda com uma forte parceria com os argentinos.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Um pacto contra a violência

 

Nos últimos anos, a violência vem crescendo muito no Brasil, saindo do controle na maioria dos estados. Ao contrário da onda, São Paulo aprendeu como combater a violência e apresenta números cada vez mais baixos, já próximos às nações desenvolvidas. 

 

São consideradas mortes violentas: homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. O número de assassinatos no Brasil chegou a 61.619 em 2016, cresceu 4,7% em relação ao ano anterior, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, organização que reúne especialistas, e dados fornecidos pelas secretarias de segurança públicas e polícias Civil e Militar dos Estados.

 

A taxa média nacional de mortes violentas ficou em 29,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Os três Estados com maiores taxas são os nordestinos Sergipe (64,0), Rio Grande do Norte (56,9) e Alagoas (55,9). São seguidos por Pará (50,9), Amapá (49,6), Pernambuco (47,6), Bahia (46,5) e Goiás (43,8). Os menos violentos são São Paulo (11,0), Santa Catarina (15,0) e Minas Gerais (20,7).

 

Essa é uma herança petista contraditória, já que os programas sociais cresceram muitos nos anos petistas e os estados nordestinos foram os mais beneficiados proporcionalmente. Agravando a situação, a grave crise econômica restringiu o orçamento e houve redução nos investimentos em segurança pública feitos por União, Estados e municípios, que totalizou gastos de R$ 81 bilhões, queda de 3% em relação a 2015. Os Estados recorrerem mais à Força Nacional de Segurança Pública, elevando os gastos em 74%, de R$ 184 milhões em 2015 para R$ 319,7 milhões em 2016.

 

A Polícia também ficou mais violenta, o que mostra que isso não melhora a situação. E o número de pessoas mortas por policiais atingiu o maior número já registrado. Foram 4.224 casos, uma alta de 27% em relação a 2015. A taxa média do país é de 2 casos a cada 100 mil habitantes. As maiores taxas foram registradas no Amapá (7,5), Rio de Janeiro (5,6) e Sergipe (4,1). São Paulo manteve 1,9, confirmando que é possível reduzir a violência tendo uma Polícia menos violenta.

 

O perfil padrão desses mortos: 99,3% são homens, 82% têm entre 12 e 29 anos, 17% têm entre 12 e 17 anos e 76% são negros. É assustador a quantidade de adolescentes mortos, não é possível que cidadãos de bem e religiosos fiquem apáticos e calados diante disso. E atuar junto a adolescentes drogados na rua é de uma dificuldade inacreditável, só quem tentou sabe!

 

O número de adolescentes cumprindo medidas socioeducativas era de 24.628 em 2014, sendo 44,4% por roubo e 24,2% por tráfico de entorpecentes. Ainda verificou-se que 40% das escolas não possuem policiamento e 70% dos professores e diretores já presenciaram agressão física ou verbal entre os alunos.

 

O próprio policial também é vítima da violência, cresceu o número de policiais civis e militares vítimas de homicídio. Em 2016, foram 437 mortos, aumento de 17,5% sobre as 372 mortes em 2015.

 

Nas últimas décadas, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil já conseguiu articular a Igreja para movimentar a sociedade e emplacar leis contra políticos desonestos e, acredito, é a única que pode fazer isso novamente contra a violência. Que São Paulo, o Estado e o Santo, inspirem nossos bispos nessa causa tão nobre.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Há 25 anos

 

Desde criança, eu sonhava com um Brasil melhor, porém, na verdade, eu não sabia o que era esse melhor. A referência viria quando integrei a equipe de lançamento do Satélite de Coleta de Dados, SCD-1. Durante o mês de novembro de 1992, morei em Lancaster, estado da Califórnia, próximo a Los Angeles, e trabalhávamos na NASA, dentro da Base de Edwards, deserto de Mojave.

 

Eu dirigia pelas ruas e estradas da Califórnia, como víamos nos filmes. Tinham sinaleiros sincronizados por quilômetros, ou diríamos, milhas. Nas estradas, para Lancaster, os caminhões têm sua estrada, os carros outra. Acompanhando as vias, lá estavam os rios artificiais que transformaram a seca Califórnia naquilo que conhecemos. Era fácil ver, onde havia humanos, era verde, onde não, a secura dos filmes de bang bang.

 

Nas ruas, a sinalização tinha as suas curiosidades, nos cruzamentos, o "pare" era para todos, e funcionava a regra de ouro: "o primeiro que chega é o primeiro que vai". O preço da gasolina era e é de deixar um brasileiro boquiaberto, menos que a metade que pagamos aqui. Assim como os carros, metade do preço do carro brasileiro mais barato, "pelado", e aqueles tinham direção hidráulica, câmbio automático, ar quente e frio, etc. No deserto, o conforto é essencial, qualquer deslize é morte certa. Um grupo perdeu-se no deserto à noite, foi por pouco.

 

Naquele deserto, via-se o incrível, aproveitaram o terreno para instalar gigantescos moinhos de vento que geram eletricidade. Mas o mais surpreendente eram as lojas de departamentos. Ao entrarmos em um "mart", os colegas estavam combinando ficar lá duas horas e meia. Protestei veemente, odiava "supermercados". Decidiu-se por uma hora e meia. Entrei na seção de calculadoras e produtos eletrônicos. Mama mia! O tempo estava acabando e eu tinha uma enorme loja ainda para ver. Resultado? Tive que procurar um por um e propor ficar mais uma hora lá. Bem, tive que ir muitas vezes para cobrir tudo o que havia.

 

E os supermercados? Imensos, limpos, bonitos, com frutas e verduras de excelente qualidade. Não se precisava escolher a maçã, todas eram boas. Um dia vi uma cena que explicou: um empregado de dois metros de altura, forte, provável levantador de pesos, retirava as maçãs da caixa, uma a uma. Ao contrário, por aqui, o empregado vira a caixa e danem-se as maçãzinhas.

 

Dizem que os norte-americanos não tratam bem os estrangeiros, não é verdade! Estavam sempre receptivos e interessados. O Brasil era conhecido pelas armas de boa qualidade. Naquele tempo... De fato, resolvi visitar a seção de armas e lá estavam os nossos "trabucos" exibindo sua altivez.

 

A estática é um perigo para foguetes. E como eu era o que tinha a pele mais seca e produzia mais faíscas, puseram a técnica de segurança na minha cola. Resolvi testar minha eletricidade uma noite fria, saí do carro sem tocar na lataria e segurando a chave aproximei do carro, há um centímetro, uma faísca pulou dos meus dedos adormecendo-os e fazendo- me pular longe. Não foi só o choque elétrico, mas também cultural e econômico.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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Motivação e crescimento

 

Pesquisadores da Universidade de Michigan publicaram um novo estudo para determinar se o crescimento pessoal é resultado de características de um indivíduo ou das relações positivas que eles possuem com os outros. Para esse estudo, os pesquisadores usaram dados de pesquisas dos Estados Unidos e do Japão.

 

No primeiro estudo, cerca de 200 participantes foram distribuídos aleatoriamente em uma das três condições de relacionamento: de suporte, não suporte e neutro. Nas duas primeiras principais condições, os cientistas avaliavam se o participante tinha alguém que os deixava confortável ou não e se tinham medo de ser abandonado por essa pessoa. O grupo neutro não tinha ninguém com quem tivesse sentimentos fortes.

 

Os participantes liam um cenário hipotético no qual tinham que escolher entre um trabalho com maior remuneração e com alta familiaridade (Empresa A) ou um trabalho de menor remuneração que exigia aprendizado, o que ajudaria seu desenvolvimento de carreira em longo prazo (Companhia B).

 

Entre os participantes do grupo de suporte, 65% selecionaram a Companhia B, enquanto que 40% daqueles sem suporte escolheram a mesma empresa. E 50% do grupo neutro escolheram a Companhia B.

 

Os participantes que tinham uma pessoa de suporte estavam mais dispostos a escolher um emprego que promovesse o crescimento pessoal, mesmo com salários mais baixos, em parte porque eles tinham mais autoconfiança.

 

Nos outros dois estudos, os pesquisadores analisaram a percepção das pessoas sobre o apoio recebido dos familiares e amigos para determinar tendências de crescimento pessoal em duas culturas diferentes, EUA e Japão.

 

No segundo estudo, usaram dados da Pesquisa Nacional de Desenvolvimento da Meia Idade nos Estados Unidos (Survey of Midlife Development) em que mais de 3.800 participantes avaliaram o suporte recebido de familiares e amigos. As perguntas incluíram: "Quanto sua família (e seus amigos) realmente se preocupa com você?" e "Quanto você pode abrir para eles sobre suas preocupações?" O questionário também avaliou a vontade individual de desenvolver potencial e crescer como pessoa, bem como de autoconfiança.

 

As pessoas que relataram ter relacionamentos com suporte tinham maior vontade de crescer pessoalmente e se sentiam mais confiantes, revelou o estudo. Os resultados foram semelhantes nos dados de pesquisa no Japão, que analisaram cerca de 1.000 pessoas.

 

Quanto maior o suporte da pessoa, maior sua tendência de crescimento pessoal, mesmo em uma cultura que coloca mais ênfase no coletivo e não no indivíduo. Querer conectar-se com os outros, reforçando tendências sociais não é conflitante com os interesses pessoais de se esforçar e crescer, na verdade podem aumentar e ampliar uma à outra. Os relacionamentos ajudam a sustentar o crescimento pessoal.

 

Quem quiser crescer individualmente deve construir conexões sociais positivas com os outros e se colocar em uma boa posição para receber apoio social, que é fundamental para o crescimento pessoal. E fica o meu testemunho, a fé dos meus professores e o orgulho que sentiam de outros alunos que progrediram, foram fundamentais para meu esforço e crescimento.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

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http://www.inpe.br/noticias/listanoticias.php

 

 

 

 

 

 

 

Mario Eugenio Saturno

Tecnologista Senior

Divisão de Sistemas Espaciais

INPE/MCT - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

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