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VOLTANDO NO TEMPO - O Autódromo Pioneiro

Antonio Carlos “Bolinha” Pereira

O ACJ, Automóvel Clube de Joaçaba realiza nos dias 16 e 17 de agosto deste ano no Autódromo Cavalo de Aço a quarta etapa do Campeonato Catarinense de Automobilismo - velocidade na terra. Serão 4 categorias em disputa: Stockcar, Autocross, Marcas, Gold Fusca, além de atrações para reunir as famílias, como área de camping, praça de alimentação, brinquedos infláveis.

O ACJ, Automóvel Clube de Joaçaba já completou 60 anos de existência, pois foi criado oficialmente em 1964. Para saber como Joaçaba teve o segundo autódromo do país, voltemos ao dia 30 de maio de 1965. No Aeroporto Santa Teresinha encontramos quase toda a população. O grande dia chegou! A cidade está nas manchetes das seções esportivas dos principais jornais do país, e com justa razão. A inauguração é motivo de justo orgulho para toda a região.

Ao final da prova 1ª Hora de Joaçaba os campeões foram Oswaldo Raul Lunardi, Ruy Keller e Nery Fuganti. E nos 200 KM DE JOAÇABA os vencedores receberam meio milhão de cruzeiros (Cr$ 200.000,00 para o primeiro na categoria e Cr$ 300.000,00 na geral).

Na edição nº 15, janeiro de 1966, a Revista Autoesporte publicava:
“...em Joaçaba, Santa Catarina, não se pode escolher muito aonde ir (...) então um punhado de entusiastas passou a se reunir e comentar que nada seria melhor do que o automobilismo para quebrar a monotonia. (...) Sargento do Tiro de Guerra, José Luiz Lopes, se interessou muito em levar o plano adiante (...) o Autódromo foi construído a jato, em 40 dias. A pista é toda de terra (...) é o segundo do Brasil”.

Idealizado por entusiastas do esporte das quatro rodas, o Automóvel Clube de Joaçaba nasceu de uma ideia coletiva, após a 3ª Gincana da Cidade. Reuniram-se nomes como Itacir Roveda, José Luiz Lopes, Luizinho Pagnoncelli, Nery Fuganti, entre outros, decidindo-se a ida de Wacili Wosniack a São Paulo. No seu retorno, foi criado o Automóvel Clube de Santa Catarina, que realizou a prova “I Arrancada da Cidade de Joaçaba”.

Eles assumiram a missão de construir um autódromo, em terreno afastado do centro. O local escolhido foi ao redor do Aeroporto Santa Teresinha. E assim foi construído o Autódromo Sargento José Luiz Lopes, palco de grandes competições automobilísticas, tornando o nome de Joaçaba conhecido nacionalmente.

A largada das corridas acontecia ao “Estilo Le Mans”. As emissoras de rádio transmitiam as provas, com repórteres como o autor usando gravadores K-7 Philips, enfrentando dificuldades logísticas com equipamentos simples.

Havia carros com nomes como DKW, Esplanada, Gordini, Interlagos, Opala, Simca Chambord. Pilotos locais como Arthur Lindner, Curt Lindner, Oswaldo Raul Lunardi e nacionais como Chico Landi, Ingo Hoffman, José Carlos Pace, Wilson Fitipaldi também participaram. Eles vinham de cidades como Caçador, Cascavel, Chapecó, Porto Alegre, São Paulo, entre outras.

Destaque histórico: 24 de agosto de 1969 – 500 km de Joaçaba. Prova disputada em pista de terra, comemorando os 52 anos do município, com vitórias de Wacili Wosniack/Tito R. Filho, Curt Lindner/José Baldo, entre outros.

Graças ao empenho de Airto Remor, Antonio Araújo, Antonio Dacaz, Ari Omizollo, Itamar Biscaro, Nelson Zanelatto, e outros, Joaçaba tem desde 1985 o moderno Autódromo Cavalo de Aço, com pista de 2.317 m, muito próximo do antigo. Conta com infraestrutura completa: sede social, água tratada, sistema elétrico, arquibancadas, boxes para 96 carros, entre outros.

Seu traçado é considerado um dos mais seletivos de média/alta velocidade do estado, com trechos como a “reta principal” e a curva “bico de pato”, exigindo grande perícia dos competidores.

O Autódromo, que reúne cerca de 5.000 espectadores e 70 pilotos a cada prova, é uma das mais tradicionais praças esportivas de velocidade em piso de terra do sul do Brasil. Joaçaba mantém a tradição de bem receber, com orgulho por seu papel no automobilismo nacional.

*(Obs.: Publicado originalmente sob o título “Um Pouco da História de Joaçaba” - “quem desconhece a história, toda a vida será criança” no informativo Gente Sorrindo nr. 14, em 16/10/97. Foi republicado na Revista Êxito (Videira SC, dez 2013/jan 2014, exemplar nr. 59), sob o título “O Autódromo Pioneiro”, com o mesmo título em agosto de 2017 no Livro do Centenário de Joaçaba, pág. 190, e em 22/07/2025 no RD Jornal Raízes Diário de Joaçaba.)

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