Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa
Vivemos um tempo em que as pessoas ficam muito tempo nas telas do celular. Não podemos demonizar e achar que tudo isso faz mal, sempre tem os dois lados. O problema é quando esse mundo das telas alimenta a superficialidade aliada ao prazer compulsivo, ou seja, as pessoas vao passando um video curto atras do outro, durante horas...
Precisamos usar as telas para fazer experiências positivas de aprendizagem e crescimento pessoal. Hoje quero apresentar a vocês o Filme chamado Zona de Interesse (The Zone of Interest, EUA, Polônia, Reino Unido, 2023), uma potente (e muito livre) adaptação do celebrado livro “A zona de interesse”, do recém-falecido Martin Amis, publicado no Brasil em 2015 pela Companhia das Letras.
De acordo com o Portal Café História, o filme explora a vida de Rudolf Höss (Christian Friedel), comandante por dois anos do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, e de sua esposa Hedwig Höss (Sandra Hüller). No filme, vemos a boa vida que ambos levavam na belíssima casa de campo anexa ao complexo nazista que matou cerca de um milhão de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial. Os dois viviam ali com os filhos, a mãe de Hedwig, vários serviçais e um simpático cachorro, desfrutando de uma vida bucólica, repleta de fartura e segurança. Hedwig orgulha-se de ter planejado tudo: a casa, o jardim e o entorno. Ela dedica-se com esmero à criação dos filhos e ao jardim da família. Nos dias quentes de verão, sobram dias de churrasco com a criançada, passeios no rio e banhos de piscina no verão.
O filme aborda a indiferença com a violência do outro. É uma cultura familiar que se forma, banalizando a morte e o sofrimento do outro. Ouvem gritos e gemidos de judeus morrendo, como se fosse grito de porcos morrendo nos frigoríficos catarinenses.
O filme nos ajuda a refletir sobre o perigo do ódio contra outros povos, outras etnias e outros países. Nos EUA e há pouco tempo no Brasil vivenciamos a presença dessas ideias que propagam o ódio contra alguns países, ideias, migrantes e partidos políticos. Aquele discurso de que “o povo de tal região vem tirar o emprego no nosso Estado...”. Uma matéria publicada no Portal G1 em 10/4/2024 tem o seguinte título: “Conselho Nacional dos Direitos Humanos chega a SC para investigar aumento de células nazistas”. O Estado catarinense lidera o ranking desses grupos, por isso, vale o alerta aos professores e instituições de Santa Catarina. O filme pode ser um bom programa para os finais de semana de muitas famílias catarinenses.
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