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Diariamente somos vítimas de mensagens midiáticas altamente tendenciosas e por isso precisamos sempre nos prevenir. Como? Tomando uma vacina chamada: conhecimento histórico.
A História é uma ciência muito valiosa e relevante para não nos tornarmos passivos e aceitarmos qualquer discurso da internet ou televisão como verdadeiro e absoluto.
Hoje quero falar um pouco dessa questão da Palestina. Todo esse conflito entre Israel e Palestina está imerso numa questão histórica altamente complexa, marcada por um processo de violação de direitos, de sobreposição do poder econômico sobre a dignidade humana. Quando assistimos à TV nesta última semana, sempre nos deparamos com imagens e cenas que nos levam a considerar que Israel é a grande vítima de grupos fundamentalistas islâmicos. A questão não é tão simples assim.
Em matéria do Jornal da USP de 09/10/2023, a Professora de História Árabe, Arlene Clemesha, afirma que Israel mantém a “ocupação militar sobre os territórios palestinos da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golã desde 1967. A Faixa de Gaza se encontra hoje cercada por todos os lados e o palestino não pode entrar nem sair”.
Matéria publicada pelo Intercept Brasil tem o seguinte título: “Estes são os maiores massacres de Israel contra a Palestina”. Nesta matéria o Professor da PUC-SP, Bruno Huberman relata que desde 1953 o Exército de Israel promoveu ataques e mortes de milhares de palestinos. A matéria também destaca que “dentro de Israel, existem palestinos, que compõe cerca de 20% da população israelense como cidadãos de terceira classe. Eles são uma minoria marginalizada, mas com direitos civis.”
O professor ainda destaca: “Em Gaza, é onde os palestinos têm a vida mais restrita. Onde ninguém entra nem sai. Onde Israel controla a entrada de alimentos calculando a quantidade de calorias mínimas para sobrevivência dos 2 milhões de palestinos. Onde bombas caem do céu e destroem prédios inteiros. Onde a ONU considera a vida “invivível”. Uma distopia na realidade. É nesse ambiente que a radicalidade do Hamas ferve e explode”.
Por isso uma dica muito preciosa: busque conhecer profundamente a História para não cair no discurso de que sempre existe um herói e um violão ou uma vítima e um agressor...
Segue link das matérias citadas:
Intercept Brasil: https://www.intercept.com.br/2023/10/13/israel-estes-sao-os-maiores-massacres-contra-a-palestina/
Jornal da USP: https://jornal.usp.br/radio-usp/solucao-do-conflito-entre-israel-e-palestina-requer-um-olhar-para-as-raizes-do-problema/
Prof. Evandro Ricardo Guindani
Universidade Federal do Pampa - Unipampa
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