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Política nacional: dois extremos ou um extremismo?

Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa

Acho engraçado quando comentaristas políticos afirmam ser necessário uma candidatura para 2026,  que não pertença a um dos extremos: Lula e Bolsonaro.

Eu questiono: existem dois extremos? Existe um governo mais moderado e centralizado do que o atual governo Lula? A maioria dos ministros e partidos que compõe a base do governo no Congresso, pertencem a partidos de direita, como União Brasil, Republicanos, Progressistas, PSD e MDB.  O governo de Lula tenta a todo custo contentar ricos e pobres. Nem mesmo uma ação mais radical voltada à reforma agrária ele fez, para não abalar a elite nacional.

Lembro nas eleições, de tentarem colocar Lula e Bolsonaro como dois extremos. Se fossem extremos, Lula teria a mesma atitude e discurso de Bolsonaro. Enquanto Bolsonaro defendia uso de armas e “fuzilamento da petralhada”, Lula não defendia o fuzilamento de outros partidários. Bolsonaro afirmou que não faria nada pelos sem-terra, em contrapartida, Lula não disse que não faria nada pela elite agrária do país.

É importante perceber que o extremismo tem apenas um lado, ao lado daqueles que negam direitos às mulheres, à comunidade LGBTQIAPN+, que negam a existência do racismo, que negam resultados de pesquisas científicas. Extremistas são aqueles que negam as vacinas e contribuem para o retorno do sarampo, poliomelite. Extremistas são aqueles que defenderam medicação ineficaz contra a covid-19  e contribuiram para a morte de milhares de brasileiros. Induziram idosos a ficarem vulneráveis ao vírus. Extremistas são aqueles que defendem o terraplanismo, negando séculos de evidências científicas. Extremistas são aqueles que questionam resultado eleitoral sem apresentar provas, que falsificam cartões de vacinação.

Foi possível verificar que houve uma tentativa de golpe de Estado, com planejamento de prisões e assassinatos, isso sim corresponde a uma prática extremista.

Então, é preciso que tenhamos cuidado em colocar dois polos como extremos. O que existe é um lado extremista que tenta negar a constituição e a democracia e reconhecer derrota nas eleições. Existe um único grupo que não defende a soberania nacional, ao pedir que um país estrangeiro como EUA castigue empresários brasileiros. Não existe nenhum outro grupo que faça o mesmo, com outro país. Então pronto, não há dois polos extremos. Há sim um grupo extremista que muitas vezes, inclusive fica isolado no Congresso, com ideias ignorantes e descabidas para a modernidade, ideias medievais, de retrocesso. Se afirmam em ideias já superadas pela maioria do mundo, negam dados científicos de desigualdade de renda, e com isso, ainda tentam justificar o mérito dos ricos, e por aí vai.

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