AGRICULTURA
HÍBRIDO DE MILHO DESENVOLVIDO PELA AGRO OURO SEMENTES É SUCESSO NO MATO GROSSO
Na safrinha do ano agrícola de 2008 a empresa Agro Ouro enviou para o Mato Grosso em caráter experimental 10 sacas de semente do híbrido AO 1052 para ser avaliado por produtores da região de Nova Mutum a Sinop (MT). Tendo um bom desempenho, para a safrinha de 2009 foram enviadas 150 sacas de sementes do mesmo híbrido, onde foram semeados aproximadamente 150 hectares.
Considerado os dados históricos de safrinha naquele Estado, acima de 80 sacas por hectare já é um ótimo resultado em função das condições climáticas daquela região, onde as estações de chuvas são bem definidas e o milho safrinha é semeado depois da colheita da soja, principal cultura da região cultivada na estação de boas chuvas.
Um diferencial importante para que um híbrido de milho se estabeleça naquela região é a super-precocidade, uma vez que é semeado no final da estação das chuvas e quanto mais rápido for seu ciclo, maiores são as chances de boa produção com o aproveitamento das últimas chuvas da estação das águas passando para a estação seca.
Foi exatamente o que aconteceu com o híbrido AO 1052 desenvolvido no sul do Brasil. Por ser um material de genética precoce temperada, no clima tropical comportou-se como um híbrido super-precoce agregando rapidez e potencial produtivo surpreendente, ultrapassando a média histórica da região cultivada com safrinha. Em uma lavoura de 120 hectares o híbrido obteve uma produtividade de 111 sacos por hectare, superando híbridos de outras empresas que há vários anos vem trabalhando no mercado de safrinha. Dos 750 hectares cultivados pelo produtor, foi o melhor material em produtividade e precocidade. A precocidade foi significativa ao ponto de ser os últimos 120 hectares semeados e o primeiro a ser colhido, apresentando na colheita uma unidade de 21,7 % enquanto o híbrido mais precoce entres os outros da propriedade apresentavam umidades acima de 26,0 %.
Considerando tal resultado, do ponto de vista genético o material mostrou-se promissor para a região, embora novos testes e ensaios devam ser realizados para a efetivação de Valor de Cultivo e Uso (VCU) para aquela região.
Considerando a ação competitiva entre as empresas de maior nome comercial, abre-se espaço para as pequenas empresas comercializarem seus materiais, utilizando-se de um novo modelo de “marketing”, caracterizado pela presença de empresas nacionais, as quais, através do lançamento de bons materiais, firmam-se num mercado promissor, localizado em nichos definidos e com estratégias direcionadas para suprir as carências tecnológicas apresentadas pelos grandes grupos constituídos, principalmente pelos modelos multinacionais.
Empresas nacionais encontram sua fatia de mercado, estimulando a aquisição de conhecimento para a utilização de práticas adequadas ao manejo das culturas, relacionados principalmente a rotação e ao controle de doenças, pragas, manejo do solo, densidade de plantas, entre outras. Não significa, portanto, que futuramente as empresas brasileiras não venham agregar valores mais efetivos aos seus genótipos mediante a utilização de técnicas biotecnológicas, atualmente disponíveis voltadas para o manejo de plantas daninhas, pragas, nutrição, associado ao manejo integrado de pragas e doenças, principalmente porque o Brasil dispõe de grande diversidade ambiental e genética.
Considerando o cenário da cultura do milho no Brasil e principalmente na região de safrinha do Estado do Mato Grosso que agrega uma área de 1,2 milhões de hectares com esta cultura, uma pequena fatia deste mercado pode representar a possibilidade de comercializar um grande volume de sementes, sem mesmo tornar-se perceptível pela dimensão do negócio. Desta forma, tornamo-nos cada vez mais motivados para dar prosseguimento nas linhas de pesquisa e testes de novos híbridos para aquela região e para o fortalecimento da pesquisa no Sul do Brasil. Foi gratificante e prazeroso participar de resultados surpreendentes depois de 08 anos de muito trabalho, esforço e dedicação.
Participaram do acompanhamento da colheita e avaliação do híbrido AO 1052 na lavoura de propriedade do Sr. Milton Sela, no Município de Sorriso/MT, entre os dias 15 a 18 de Junho/2009 o Sr. Arlindo Falavigna, proprietário da Agro Ouro Sementes, Kleyton Falavigna, sócio administrador, o responsável técnico engenheiro agrônomo Laércio Bernart e o consultor de pesquisa e melhoramento genético da Agro Ouro, eng. agr. Valmor Antonio Konflanz.
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