O ALCOOLISMO

  A bebida alcoólica pode ser um sinônimo de estimulante social. Um meio pelo qual as pessoas se encorajam e se auto-afirmam. A mídia também explora o lado fantasioso no qual quem bebe bebidas alcoólicas está inserido socialmente. Mas qual o grande perigo implícito em toda esta problemática? É o vício. Estima-se que no Brasil aproximadamente 8% da população seja afetada pela combinação abuso e dependência de bebida alcoólica.

  Hoje o alcoolismo deve ser visto como uma síndrome multifatorial com comprometimento físico, mental e social. O comprometimento físico se dá através de doenças graves e com grande risco de morte como a Hepatite Alcoólica que pode evoluir para Cirrose e Câncer de Fígado. Também pode desenvolver Pancreatites agudas e/ou crônicas potencialmente letais. O comprometimento mental se dá através da dependência química (desejo irresistível de consumir álcool levando a um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos) e dos episódios de Transtorno Depressivo decorrentes do grande consumo de álcool. Por fim, destacamos o comprometimento social através da queda de desempenho no trabalho, agressividade e atrito entre colegas, desavenças familiares, violência doméstica e riscos de acidentes.

 Por que é tão difícil tratar o dependente químico do álcool? Primeiro, devido à falsa e secular cultura de que alcoolismo não é doença. As pessoas tendem a perceber tardiamente o vício até porque o alcoolismo é uma doença silenciosa. Geralmente a ajuda é solicitada quando a saúde do paciente está debilitada, o vício instalado, as famílias desagregadas e o emprego perdido dentre outros motivos. É muito comum o paciente não estar convencido de que está seriamente doente e, muitas vezes, a pessoa erroneamente acha que tem o controle do vício.

Como é o tratamento do alcoolismo? É importante que o paciente tenha o conhecimento sobre a sua doença e seja assíduo no tratamento. É necessário acompanhamento médico e psicoterapia, ao qual devem ser reforçadas as dificuldades de se desvencilhar do vício e encorajar os esforços para abandoná-lo. Outro meio indispensável são os grupos de auto-ajuda, particularmente os Alcoólicos Anônimos (AA). Eventualmente as internações psiquiátricas para desintoxicação (desde que com a aceitação e colaboração do paciente) são eficazes. Alguns medicamentos podem ser úteis no tratamento.

AUTORES:

1-DR CLÁUDIO K. KRODA -  Médico-Clínica Geral/Anestesiologia - Cremesc 13584

2-FABIANI A. BARRETO KRODA - Psicóloga- Especialista em Terapia Comportamental - Crp 2/06702

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