Por Evani Marichen Lamb Riffel

      É sexta-feira... Um dia como outro qualquer. Ensolarado verão em clima agradável. Nossa cidade acorda sob ruídos dos automóveis, caminhões de carga, ônibus, vários deles transitando no transporte escolar, e outros de passageiros que partem e que vem, pedestres apressados, crianças escolares a caminho da escola próxima, trabalhadores que seguem... É a viva vida rotineira amanhece.

      Sigo também o habitual trajeto para o trabalho porém... Olho para o alto do céu azul e manso que repentinamente acolhe uma grande nuvem escura andante, ou melhor voante!

Paro extasiada! É o voo das andorinhas, o pouso delas tantas, que enegrecem os umbrais claros da Igreja Matriz São Paulo Apóstolo de Capinzal, nossa querida cidade.

     A revoada das andorinhas! Que lindo! Magnitude em espetáculo matinal gratuito, a esbanjar um voo real, o eterno retorno, conhecida como a ave da partida e do regresso...

As Andorinhas  (Tonico e Tinoco)

As andorinhas voltaram

E eu também voltei

Pousar num velho ninho

Que um dia aqui deixei.

Nós somos andorinhas

Que vão e que vem

À procura de amor

Às vezes volta cansada

Ferida, machucada

Mas volta pra casa

 (...)

Voltei sem felicidade

Porque na verdade

Uma andorinha voando sozinha

                                                           Não faz verão.

*Sobre as andorinhas (Pesquisa Google)

 - As andorinhas são um grupo de aves da família Hirundinidae à qual pertencem cerca de 90 espécies diferentes.

 - Habitam em todos os continentes excepto na Antárctica.

 - São aves extremamente ágeis e destacam-se das restantes devido à sua capacidade de caçar insetos durante o voo. Os seus voos próximos ao solo são também uma característica inconfundível destas aves.

 - Para beber utilizam a mesma técnica, fazem um voo próximo a uma fonte de água e bebem a água que conseguirem conter no bico.

 - As andorinhas alimentam-se principalmente de inseto, sendo que o tipo de inseto ingerido varia de acordo com a espécie de andorinha. Contudo, quase todas elas evitam inseto que tenham ferrão, como é o caso das vespas e abelhas.

 - As andorinhas têm asas relativamente longas e pontiagudas.

 - Medem entre 13 e 22 cm de comprimento e têm um peso compreendido entre as 10 e 60 gramas.

 - Podem viver até aos 11 anos, mas raramente atingem essa idade.

 - As andorinhas macho e fêmea fisicamente são idênticas.

 - As andorinhas emitem sons bastantes característicos, os quais nós somos capazes de identificar rapidamente

- Viajam em grupo, (são aves migratórias), para se defenderem dos predadores.

As andorinhas viajam em grupo para se defenderem dos predadores.

 - As andorinhas podem percorrer mais de 10000 km em cada migração, sendo que por vezes percorrem 320 km num só dia.

 - Têm um sentido de orientação tão bom que após percorrerem tantos quilômetros, no ano seguinte conseguem voltar exatamente ao mesmo ninho caso este ainda exista.

 - Devido à boa relação entre humanos e andorinhas, estas geralmente fazem os seus ninhos nos beirais e chaminés das casas ou de outros edifícios construídos por humanos.

- Em Portugal é ilegal remover ninhos de andorinha durante a época de reprodução.

 - A sua velocidade máxima de voo é 55km/h, mas geralmente voam a uma velocidade média de 30 km/h.

 - Geralmente os machos escolhem o local de nidificação e atraem a fêmea através do canto, cor das penas e voo.

- As andorinhas constroem os seus ninhos com diversos materiais como lama, plantas e saliva. O processo de construção do ninho pode envolver mais de 1000 viagens dos seus progenitores até terminarem a construção.

 - Novos casais de andorinhas podem utilizar ninhos que se encontrem vazios, por isso é importante que os ninhos antigos não sejam destruídos.

 - Depois de ter sido posto o ovo, este leva entre 10 e 21 dias para eclodir e cerca de 3 semanas para as crias saírem do ninho pela primeira vez.

- Ambos os progenitores alimentam as suas crias até estes estarem prontos para sair do ninho.

 - As andorinhas são um símbolo de liberdade porque são incapazes de viver em cativeiro e apenas se reproduzem em estado selvagem.

P.S.

E, CARO/A LEITOR/A:

VEJA E VIVA AS BELAS E LIBERTAS ANDORINHAS

A VOAR ÁGEIS E SERENAS NO IMENSO AZUL DOS CÉUS...

CANSADAS DO VOO... REPOUSAM

A POUSAR NAS ALAMEDAS DA IGREJA ...VEJA! VEJA!