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NOVAS PERSPECTIVAS PARA A GRIPE A (H1N1)

H1N1

 Em 2009, um vírus de identificação H1N1 assolou o mundo. A gripe A ou Gripe Suína tomou conta dos noticiários. O número de infectados e mortos pela doença logo cresceu em progressão geométrica. As autoridades emitiam constantes alertas dirigidos à população. Por extrema necessidade mudamos o nosso comportamento. Exagero? Pânico? Enfim, as pessoas usavam máscaras e álcool gel, evitavam aglomerações e reforçavam sobre hábitos e higiene. Foram formuladas várias teorias, algumas delas, logo caíram por terra na mesma velocidade em que pessoas morriam. Agora, com a Gripe A aparentemente sob controle nos perguntamos: Qual será a perspectiva para o próximo ano (2010)?

 Segundo a Organização Mundial de Saúde desde junho a pandemia causou 3.917 mortes e o número de infectados em 318.925 pessoas em 191 países. A América Latina liderou o número de casos registrados com 130.448 contágios e 2.948 mortes. Estes números certamente estão subnotificados, ou seja, bem abaixo do valor real, pois, em meados de julho a OMS decidiu não mais contabilizar o número de casos no mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde, seguindo esta recomendação, passou a monitorar somente os casos de pacientes que evoluíram para a Síndrome de Angústia Respiratória Grave (SRAG). Pela sequência, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul e com Santa Catarina no quinto lugar estão entre os Estados com maior registro de SRAG por gripe suína.

  Inicialmente as previsões de suscetibilidade e maior risco de morte apontavam para crianças (que têm o sistema imune imaturo) e idosos (que tem queda de função do sistema imune). O perfil de acometimento do H1N1, ao contrário das previsões iniciais, incide principalmente em adultos na faixa etária de 15 a 49 anos (com idade mediana de 26 anos) e principalmente sexo feminino em torno de 57,5%.  

 A grande esperança para o controle da Gripe A fica por conta da vacinação. Nos EUA a distribuição dos primeiros lotes da vacina está prevista para o fim do mês de outubro. Então, certamente no Brasil a vacinação deve atrasar. Os pequenos lotes inicialmente deverão estar a disposição para profissionais da área de saúde e posteriormente à população. A vacina tem na sua composição vírus vivos atenuados (enfraquecidos) que estimulam o organismo a produzir anticorpos contra o vírus Influenza. Portanto, certamente deverá existir algum tipo de precaução para pacientes com sistema imunológico deprimido (idosos e portadores de doenças crônicas) devido ao risco de infecção pela vacina.

 Com o fim do inverno no Hemisfério Sul é provável (e já temos percebido) uma sensível diminuição no número de casos de Gripe A. As preocupações devem aumentar no próximo inverno (de 2010). A esperança, até lá, é de que os serviços de saúde estejam bem preparados para o atendimento, a distribuição de antivirais regularizada e a população, estratificada como de risco, devidamente vacinada. A OMS prevê que um terço (1/3) dos atuais 7 bilhões de habitantes serão infectados pela doença e que a pandemia deve durar em torno de 3 anos.

 

AUTORES:

1-DR CLÁUDIO K. KRODA - Médico-Clínica Geral/Anestesiologia - Cremesc 13584

2-FABIANI A. BARRETO KRODA - Psicóloga- Especialista em Terapia Comportamental  - Crp 12/06702

Consultório situado na Rua Vereador Aparício Ribeiro,107

Capinzal-SC FONE:(49)3555-5818

 

 

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