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OS QUE NUNCA PARTEM
Silvana Duboc
Quando se diz que alguém morreu, dá a impressão que se acabou, desapareceu e imaginar que alguém que queremos bem acabou ou desapareceu pra sempre é terrível. Dói mil vezes mais do que precisar enfrentar a sua própria ausência. Partiu já é diferente, dá uma sensação de que em algum ponto da vida nos reencontraremos com essa pessoa querida novamente. Fica mais fácil imaginar que ela viajou uma viagem sem data pra voltar, mas com retorno garantido.
Enfim, descobri recentemente, que existe uma outra categoria dentro desse universo. São aqueles que nunca morrem e, portanto, jamais partem. São aqueles que embora desapareçam de nossas vistas, eternamente se fazem presentes em nossa memória e nosso coração. Os que nunca partem são as pessoas que nortearam nossos dias, colocaram um significado importante neles e deixaram uma marca tão profunda em nós que não importa onde estejam, porque ao nosso lado, de alguma forma, sempre estarão. Morrer, partir, são coisas simples, coisas do dia-a-dia. Acontece toda hora, em todo lugar, com todas as pessoas.
Dores momentâneas, saudades e ausências à parte, felizes daqueles que amaram alguém nessa vida a ponto de jamais deixá-los partir de seus corações. Se quando eu me for, por desígnio de Deus, uma única pessoa não me deixar partir me guardando dentro do seu peito, eu direi que valeu a pena ter passado por aqui e que minha estada nessa vida não foi em vão.
Mas enquanto ainda estou por aqui, só tenho a dizer que dentro de mim moram pessoas que nunca deixei que partissem verdadeiramente, assim, como não deixarei que partam, jamais, algumas que ainda estão por aqui.
Os que nunca partem são aqueles que descobriram o segredo de brilhar na terra, mesmo antes de chegarem ao céu e se tornarem estrela.
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Marcio Antonio (Pimba):
Certamente nos reencontraremos, porque aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção. Nosso sentimento é gratidão pelo legado de luta de vida, de simplicidade com que viveste e como tratavas a todos que usufruíram de tua amizade. Nunca morrerá no coração de teus familiares, dos teus amigos e dos teus companheiros de ideais espíritas.
Pimba: Pegastes a todos nós de surpresa, porque devido a tua garra e tua vontade de viver, por mais difíceis que fossem os teus problemas com as doenças, por piores que fossem as dificuldades sempre contávamos com o teu fôlego de gato. Entretanto, sabemos da eternidade do espírito e não do corpo e embora sempre acabavas ludibriando, adiando o teu retorno à pátria espiritual, pensávamos até que tinhas feito o mesmo acordo com que Mário Lago havia feito com o tempo, pois sempre dizia: ?Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra?. Infelizmente teremos a tua ausência física, mas estará sempre presente em nossos corações e nossas orações. Cremos que este ditado serve muito bem ilustrar a tua constante batalha contra as doenças físicas: ?Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar?. Ficará gravado em nossas memórias o teu espírito guerreiro. Felicidades amigo! Até um dia! Bom retorno à pátria dos espíritos!
São sinceros desejos de teus familiares, teus amigos e colegas do Centro Espírita Amor e Caridade.
Sempre lembrado
Márcio Antonio Rodrigues, conhecido como Pimba, deixou uma lacuna na sociedade capinzalense, ao se despedir desta vida entre os simples mortais.
O adeus ocorreu no dia do descanso, no domingo, 14 de dezembro, num dia de sol e vento calmo, sendo que o modo de agir e de pensar dele, levaram centenas de capinzalense e ourenses ao velório no Centro Espírita Amor e Caridade, sendo uma forma de reconhecimento à vida que levou durante muito tempo.
Era popular, franco, comunicativo, atencioso e humilde. Apesar de poucos familiares na cidade, pois a maioria reside fora, o velório sempre estava lotado.
Mário, o Pimba, partiu, mas deixou exemplo de como conviver em harmonia e em sociedade. Infelizmente, os bons também morrem. Descanse em paz e tenha um local de privilégio na constelação, já que escreveu seu nome com ações de bondade e generosidade.
Uma mensagem de O TEMPO ? um jornal de fato, pois conhecemos de longa data a família e ficamos entristecidos com essa ironia do destino.
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