SANTA CATARINA FAZ INVENTÁRIO DAS REGIÕES TURÍSTICAS
A REATIVAÇÃO DA FERROVIA CONTEMPLA O CENTENÁRIO DA GUERRA DO CONTESTADO
O consultor de turismo, com formação em Turismólogo Especialista em Planejamento Turistico, Marcelo Tokarski, prestador de serviços para a Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo - ABBTUR/SC, com sede no município de Balneário Camboriú (SC), sendo que o entrevistado faz parte da Ong Araucária de Itajaí (SC), os quais foram contratados pelo Governo do Estado de Santa Catarina através da Secretaria de Turismo – Cultura e Esportes para fazer o Inventário das Potencialidades econômicas relacionadas com o turismo, visando à reativação da via férrea. O levantamento será feito do trecho de Três Barras até o município de Piratuba.
O Programa de Inventário da Oferta Turística da região do Vale do Contestado é uma ação da gerência de Políticas de Turismo da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte. O projeto compreende o levantamento, identificação e registro de atrativos turísticos, de serviços, de equipamentos, de infraestrutura, de apoio ao turismo, de planejamento e de gestão da atividade turística. A principal estratégia de operacionalização do projeto é a parceria entre a comunidade local, instâncias regionais de gestão do turismo, sociedade civil organizada, prefeituras municipais, governo estaduais, Instituições de Ensino Superior e Ministério do Turismo.
Segundo Marcelo, vem conseguindo registrar é incrível material, portanto, tem cada vez mais certeza que a coisa vai acontecer, para tanto, agradece a todos que estão colaborando, a exemplo do prefeito de Capinzal, Leonir Boaretto; seu secretário de Desenvolvimento Econômico – Indústria - Comércio e Turismo, Ivanir Luiz Giongo (Biriba), pronto atendimento por parte de Valdelir Francisco de Souza que lhe levou em diversos pontos turísticos do Município, em destaque a Casa Artesanal do empresário e historiador Antonio Pasqual Sartori, o qual confecciona de forma manual as réplicas de casas, igrejas, de comércios, indústrias e muito mais.
Hoje é apenas um levantamento das reais potencialidades, consequentemente, com o apoio dos governos municipais, também do estadual e do federal, mas é primordial as comunidades despertarem para o verdadeiro turismo, ou seja, da indústria sem chaminé. Marcelo reconhece o trabalho prestado pelo Senhor Sartori em favor do turismo local e regional, sendo um bom exemplo a ser seguido no preservar a cultura.
“Caso alguém disser que não tem turismo em Capinzal, com certeza ainda não percebeu o grande potencial, apenas precisam ser melhorado, mais pensado e acreditado, visando gerar trabalho e renda proporcionando uma economia diversificada em proveito do crescimento da comunidade e região.
O levantamento das possibilidades turísticas e a reativação da estrada ferro têm tudo para agregar valor nas potencialidades econômicas da região, portanto, em 2012 marca o centenário do conflito do centenário do Vale do Contestado, sendo o maior confronto étnico social, não uma mera questão de limites de terra como muitas vezes é explicado nas escolas, para alguns foi um genocídio (uma limpeza), sendo o caboclo massacrado, sofrido, apesar de trabalhador foi abandonado, inclusive, expulsos de suas terras. As várias raças estão nestas terras, talvez por este motivo do conflito, mas hoje em território de descendentes vencedores e vencidos, nós temos de aprender que o confronto passou, agora a questão é usar a história para poder resgatar erros do passado, no sentido de poder gerar uma melhor renda e perspectiva de futuro para a coletividade, pois somos um país de união e da diversidade, basta saber aproveitar.
O serviço prestado no Inventário da Oferta Turística ajuda a repensar o passado, consequentemente, possibilita pensar num futuro promissor.
BREVE HISTÓRIA DA GUERRA DO CONTESTADO
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras, e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.
A região fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à Southern Brazil Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos conflitos, ficou conhecida como Contestado, justamente por ser uma região de disputas limítrofes entre os dois estados brasileiros. Fonte: http://pt.wikipedia.org
Marcelo (Consultor de turismo), Sartori (empresário e historiador) e representando a Administração Municipal: Valdelir Francisco de Souza.
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