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VOLTANDO NO TEMPO Maria Fumaça uma Volta ao Passado”

O livro “Maria Fumaça uma Volta ao Passado”, de autoria de Paulo Eliseu Santos, sobre a estrada de ferro sul do Brasil foi de muita importância para o povoado do Vale do Rio do Peixe.
Fatos Históricos
Terceiro Capítulo Transformações cin a chegada do trem na Estação Rio Capinzal
Em Capinzal, em função da atividade ferroviária, surgem hotéis, lojas comerciais e atividades relacionadas ao escoamento dos produtos oriundos do interior e da sede do distrito de Rio Capinzal.
Dessa maneira, no ano de 1910 / 1911, surgem as seguintes casas comerciais na Estação de Rio Capinzal: Carmine Zócolli & Filhos, Vergílio Urbano de Morais, Bernardino Macedo e João Japur. Dentre os hotéis e pensões, o mais conhecido era o Hotel Malinkoski.
O Trem Internacional
O trem internacional partia de Sorocaba, com locomotiva elétrica, até a Estação de Iperó no Estado de São Paulo. A partir daí a máquina que conduzia esse trem era com a força a vapor (lenha), mais conhecido como “Maria Fumaça”. A troca ocorria na Estação de Itapetininga, em São Paulo.
A próxima estação era Ponta Grossa e depois a paragem desse trem era em União da Vitória no Paraná. Aqui cabe registrar que é a divisa entre o Paraná e Santa Catarina, tendo, tendo como marco os trilhos da estrada de ferro, que separam a cidade de União da Vitória no Paraná e Porto União no Estado de Santa Catarina. As estações seguintes são: Calmon, Pinheiro Preto, Videira, Luzerna, Herval do Oeste, Itororó, Barra Fria, Barra do Leão, Capinzal, Avaí, Barra do Pinheiro, Piratuba, Volta Grande e Uruguai na parte de Santa Catarina. Mas o trem internacional não parava em todas as estações. Geralmente, os terminais ferroviários, localizados no Vale do Rio do Peixe, eram Porto União, Caçador, Videira, Herval d’Oeste, Capinzal e Piratuba, no lado catarinense.
No Rio Grande do Sul a primeira estação do tronco sul era Marcelino Ramos, depois, vinham outras estações, com ênfase para as seguintes: Passo Fundo, Cruz Alta, Santa Maria, Cacequi, Santana do Livramento e Uruguai no ponto final; porque a distância entre Santana do Livramento e o país Uruguai é pouca.
Esse tipo de trem internacional, denominado Pullmann, era confortável para a época: tinha 28 poltronas de vime; um carro-restaurante com capacidade para trinta e duas pessoas; um carro dormitório com sete cabines duplas.
De acordo com a pesquisa no blog de Fábio Abrahim, era servido churrasco. Isso era possível porque o vagão-restaurante tinha uma cozinha e armazenava os alimentos em vagões especiais, com os recursos da época, na linha de tempo de 1930.
Com o tempo, houve mudanças mais severas no trem internacional, inclusive com a transformação no atendimento de passageiros; acrescido de diminuição dos carros leitos e restaurantes. Essas alterações deram origem a outro tipo de serviço nesse tronco sul, que veremos mais adiante.
A compra de passagem para o carro leito devia ser reservada com certa antecedência, tendo em vista que o trem vinha de Porto União ou Marcelino Ramos, portanto era necessário que as viagens fossem programadas, para não haver imprevistos.
Muitos anos se passariam, até por volta de 1959, quando a procura pelo trem internacional começou a retroceder, à medida que rodovias municipais, estaduais e federais melhoravam seus serviços.
Diante de nova realidade brasileira, não tendo condições financeiras de melhoria no setor ferroviário, o trem internacional ainda duraria mais algum tempo, perdendo sua importância até chegar a sua extinção.
Obs: Na próxima edição, Terceiro Capítulo
O TREM MISTO E DIRETO
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Aldo Azevedo / jornalista
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