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Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos Jornalista (MT/SC 4155)
Em primeiro lugar, vivemos em uma época em que a informação circula em ritmo acelerado, frequentemente fragmentada e, muitas vezes, superficial. Nesse contexto, o ato de ler adquire um novo e relevante significado. Não apenas como prática intelectual, mas como uma necessidade cotidiana diante de um mundo saturado de dados, ruídos e distrações. Celebrar o Dia Nacional da Leitura — ou qualquer data que destaque o papel da leitura — é, portanto, mais do que uma homenagem: é um convite à reflexão sobre como, quando e por que lemos.
Por conseguinte, a leitura se configura em uma das mais poderosas ferramentas de transformação pessoal e social. Por meio dela, desenvolvemos o pensamento crítico, ampliamos nosso vocabulário, compreendemos culturas distintas e refletimos sobre diferentes visões de mundo. Além disso, a leitura nos capacita a interpretar melhor a realidade, tornando-nos menos vulneráveis à desinformação. Em um mundo que valoriza a velocidade, a leitura exige pausa, atenção e profundidade. Ela resiste à pressa e, nesse gesto de resistência, oferece entendimento e consciência.
No entanto, a leitura precisa ser acessível, incentivada e, sobretudo, prazerosa. A escola tem papel central nesse processo, mas a construção do hábito de ler ultrapassa os muros escolares. É preciso que famílias, comunidades e instituições diversas valorizem o livro e a palavra escrita como parte do cotidiano.
Destarte, ler não pode ser visto como uma obrigação formal, mas como um encontro com o outro e consigo mesmo. Seja em romances, poesias, reportagens ou livros técnicos, cada leitura nos toca de forma diferente, moldando silenciosamente nossa maneira de pensar e de agir.
Outrossim, a relevância da leitura se evidencia nas pequenas ações diárias: ao interpretar um contrato, compreender uma bula de remédio, escrever um e-mail ou simplesmente acompanhar as notícias do dia. Leitores mais experientes tendem a comunicar-se melhor, argumentar com mais clareza e reconhecer nuances nas informações que recebem. Isso faz da leitura não apenas um recurso acadêmico, mas uma competência essencial para a vida em sociedade.
Por isso, destacar o Dia da Leitura é mais do que relembrar a importância dos livros. É reafirmar que ler é uma forma de empoderamento. É garantir que todos tenham acesso ao conhecimento, à imaginação e à liberdade de pensar. Ler nos torna menos manipuláveis, mais questionadores e mais humanos. É por meio da leitura que muitas portas se abrem — sejam elas acadêmicas, profissionais ou afetivas.
Vale exaltar que a Lei nº 11.899, de 8 de janeiro de 2009 proclamou o dia 12 de outubro Dia Nacional da Leitura.
De outro vértice, em tempos em que a superficialidade muitas vezes prevalece, cultivar o hábito da leitura é quase um ato revolucionário. Nesse sentido, o Dia da Leitura deve ser aproveitado como um momento de incentivo, de descoberta e de renovação do compromisso com uma sociedade mais justa, crítica e sensível.
Em epítome, ler implica muito mais do que decodificar letras, mas se constitui em compreender o mundo em sua complexidade e encontrar maneiras de transformá-lo.
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