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Mario Eugenio Saturno (https://www.facebook.com/Mario.Eugenio.Saturno/ ) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
O biometano possui características semelhantes às de uma commodity, mas ainda não tem produção, nem ampla comercialização. No início de agosto, em minha carta eletrônica (e- mail) para quase 4 mil parlamentares brasileiros (senadores, deputados e vereadores) fiz a seguinte sugestão: Que tal, ao invés de gastar meio trilhão de reais em termelétricas a combustíveis fósseis, financiar termelétricas a biogás dos esgotos das cidades? São mais de 1.300 cidades com mais de 50 mil habitantes. Seria um bom negócio para as cidades, o meio ambiente e um exemplo para a COP-30.
Por que isso importa? Oras, bolas! Se espoliarão o povo brasileiro consumidor de energia, que se utilize essa fortuna em algo que tenha futuro promissor e não em uma tecnologia moribunda e poluidora. Sugeri o tratamento do esgoto, mas há o biogás gerado de lixo também, que, aliás, é um problema, pois o gás metano provoca o efeito estufa que, como sabemos, é 28 vezes mais danoso que o gás carbônico, é gerado nos lixões e escapa para a atmosfera.
Curiosamente, três quartos das emissões de gás metano do Brasil estavam ligados à produção de gado de corte e leiteiro, foram 14,5 milhões de toneladas do total de emissões em 2023, o equivalente a 406 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente, de acordo com um estudo divulgado pelo Observatório do Clima em 27 de agosto. E as emissões brasileiras do metano aumentaram 6% entre 2020 e 2023. Esse é um problema que exige pesquisa científica e tecnológica. Uma pequena parte daquele meio trilhão poderia financiar os cientistas.
As iniciativas privadas já farão do Brasil o 5º maior produtor de gás renovável até 2030. O biometano pode ser produzido com resíduos da fabricação de açúcar e álcool e da criação de porcos e aves. Segundo a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), a capacidade instalada de produção nacional de biometano está pouco acima de 800 mil metros cúbicos (m3) por dia, com 12 usinas. Em 2032, deverá chegar a 8 milhões m3/dia. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) registra uma produção atual de 470 mil m3/dia e estima que, em 2029, o país terá 93 usinas de biometano.
O biometano é uma grande oportunidade para o agronegócio porque todas as atividades agrícolas produzem resíduos que podem ser utilizados. E a Abiogás estima que a produção de biometano pode chegar a 120 milhões de m3/dia, cerca do dobro da demanda por gás natural no país, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Estima-se que 56% virá da produção de açúcar e álcool, 38% da pecuária e 6% do aproveitamento do lixo urbano.
Diversas empresas estão tomando iniciativa de investimento na área, bem como alguns estados, como o de São Paulo que firmou parceria com a World Biogas Association (WBA) para a implementação de um conjunto de políticas, regulamentações e padrões necessários para acelerar o desenvolvimento da indústria do biogás e com isso impulsionar políticas públicas e iniciativas que ampliem a produção e o uso do biogás e do biometano, criando novas oportunidades de negócios e geração de emprego e renda,
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