Karatê de Capinzal Perde uma Atleta Campeã Mundial Sarah Held |
Redação do Momento Espírita
Em algumas manhãs, a saudade canta sonoridades estranhas. Parece que a alma despertou de um passeio, em que comungou com os amores do lado de lá.
Nesses dias, é bom recordarmos dos momentos de alegre convivência.
Lembrar dos dias felizes, dos abraços demorados, das surpresas arquitetadas em datas especiais.
Recordar do irmão querido, mais velho, que costumava nos pregar peças de agradáveis desfechos.
Da irmã amada que nos levava consigo em passeios, que nos lecionava boas maneiras, que nos ensinava a pronunciar corretamente palavras difíceis.
Recordar a alegria de nosso pai nas festas familiares, do seu bom gosto pela música, da sua maneira peculiar de narrar histórias ou fatos observados em suas viagens de negócios.
Tantas coisas boas para trazer de retorno à memória. Nada de lúgubre, triste ou desagradável.
Somente coisas boas. Coisas que alimentem nossa alma, conduzindo-a a uma suave comunhão. Como um revivenciar de dias doces e amigos.
Lembrar do bolo especial de nossa mãe, para os aniversários. Massa de pão de ló, camadas recheadas de frutas, de cremes de baunilha e chocolate. Cobertura branca lisinha, sem nenhum desnível.
Cobertura que requeria claras batidas em neve, com adição delicada e gradual de açúcar refinado e peneirado.
Tudo feito no capricho, sem pressa, desejando algo verdadeiramente especial.
Por vezes, para ser diferente, coco ralado polvilhado por cima, imitando minúsculos flocos de neve.
Neve que não chegamos a conhecer, senão depois de adultos, em rara e peculiar nevasca em nossa cidade.
Lembranças de carinho que nos alimentam a alma e arrefecem a canícula da saudade.
Acreditemos: para eles também, os amores que partiram, o efeito é o mesmo.
Eles, como nós, sentem saudades de momentos ricos de sentimentos.
Vivem em outra dimensão, têm suas tarefas e seus afazeres. Porque todos trabalham em qualquer das moradas do Pai.
Mas sentem nossa falta. Desejam, como nós, reviver o aconchego da ternura partilhado durante anos.
Esse rememorar é um momento de especial convívio. Que os saibamos aproveitar com doçura, com recordações felizes.
Pensemos que, no rememorar dessas lembranças felizes, eles estão conosco para sorrirem, se felicitarem.
Doces oportunidades de reencontro. Saibamos aproveitá-las para nossa felicidade.
E dos nossos amados, onde quer que estejam, nesse imenso Universo de Deus.
Não há adeus definitivo para o que é imortal. Nossos amados não se foram para longe. Apenas se transformaram na mais pura e radiante das lembranças, na força gentil que nos guia.
Eles estão no sol que nos aquece, no perfume da flor preferida, e, sobretudo, na alegria que escolhemos cultivar.
Por isso sorrimos. Não para disfarçar a dor da ausência, mas para atrair a essência alegre de quem partiu.
Esse amor, que a morte tentou calar, apenas elevou-se. É a certeza de um laço inquebrável, um para sempre bordado com saudade e carinho, que vive em cada batida do nosso coração e em cada raio de luz das nossas melhores recordações.
É assim que o amor triunfa e a saudade é alimentada.
Redação do Momento Espírita
Em 15.12.2025
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