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O TEMPO jornal de fato

O PODER DO CLIMA E O CLIMA DO PODER.

Por Jaime Telles

Nuvens densas e inquietas bombardeiam cidades causando destruição e desalento. Fúria da mãe natureza? Não sei! Isso sugere perguntas que não calam.

Quando o céu se fecha sobre nossas cidades e o temporal vem desmedido, chegamos a pensar se são mesmo “fenômenos naturais”. As enchentes no Sul do Brasil, os ventos cada vez mais agressivos, as chuvas que parecem vir com endereço certo… tudo isso alimenta a dúvida: será apenas o clima em mutação ou já há algum tipo de manipulação em curso?

Afirmar diretamente não podemos, porque não há, até o momento, provas concretas de que tempestades ou enchentes sejam provocadas de forma intencional. A ciência fala em mudanças climáticas, em El Niño, em aquecimento global e desmatamento. Tudo isso é real, mensurável, comprovado.

Mas o que sabemos sobre o avanço das tecnologias de controle atmosférico e a concentração de poder sobre elas. A geoengenharia é tema restrito a diminutos círculos científicos cujos relatórios e experiências não chegam até o povo. Experimentos para semear nuvens, redirecionar chuvas ou até bloquear a luz solar já não são ficção científica. Estão documentados, mas a maioria não gosta de ler e pouquíssimos compreendem o que leem. Então o povo comum não tem acesso às rédeas desse conhecimento.

Quem domina essas tecnologias?

Quem decide quando e onde testá-las?

Quais motivos poderiam levar à uso danoso?

E quem responde, quando os efeitos vão além do planejado?

Essas perguntas não acusam — alertam.

Resta muito a descobrir sobre a manipulação do que está sobre nossas cabeças, a exemplo da supressão de granizo com criação de pequenos cristais, os canhões anti-granizo, que disparam ondas sonoras hipersônicas na direção das nuvens, cuja eficiência incerta tem sido objeto de controvérsia científica, pois pairam dúvidas sobre os impactos ambientais ou alterações no ciclo natural da chuva e questões éticas, como a disputa por recursos hídricos entre regiões.

O velho globo está pontilhado de práticas como essas. Dezenas de países (não direi quais) utilizam essa tecnologia para fins pacíficos como combater a escassez de água e a poluição do ar.

E então, podemos dormir tranquilos?

Não se trata de teorias, mas de cobrar transparência. Num tempo em que a informação circula em tempo real, é curioso perceber como certos temas permanecem nas sombras. As pessoas veem a destruição nas ruas, a perda de casas e de vidas, mas raramente ouvem falar de debates públicos sobre ética climática, tecnologia atmosférica ou responsabilidade científica.

E é justamente nesse cenário de discursos e interesses cruzados que surge a COP 30, envolta em promessas de salvação ambiental, mas permeada por agendas políticas nem sempre tão transparentes. O encontro global do clima — que deveria ser um fórum técnico e humanitário — vem se tornando palco de narrativas cuidadosamente moldadas, onde a ecologia serve muitas vezes de disfarce para projetos de poder. É natural desconfiar quando a pauta verde se mistura ao desejo de protagonismo internacional e ao esforço de reescrever biografias políticas sob o manto da sustentabilidade. O planeta precisa de ações concretas, não de palanques travestidos de conferência climática.

Há um ponto em que ciência e poder se tocam, e é ali que mora o perigo.

Toda ferramenta poderosa pode servir tanto à vida quanto à destruição.

Por isso, o verdadeiro progresso exige diálogo, não segredo.

Se há tecnologias capazes de influenciar o clima, a sociedade tem o direito de saber, de compreender e de opinar sobre seus limites.

E se não há, que a ciência se comunique melhor — para que a desinformação não ocupe o espaço do silêncio, que suscita dúvida.

O tempo das chuvas pode ter mudado, mas o tempo da consciência precisa amadurecer.

Talvez o desafio maior do nosso século não seja apenas prever o tempo, e sim prevenir o uso indevido do poder — seja ele político, tecnológico ou climático, porque o aparente desastre natural deixa um rastro fétido, cuja essência ainda parece desconhecida. Estranho!

— Jaime Telles – escritor, orador e comunicador


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