Professor Me. Ciro José Toaldo
Daqui alguns dias iremos completar 136 anos de regime republicano em nosso país. Mas, qual o significado de República? E, qual o contexto histórico desta mudança para nossa nação? República é uma denominação muito antiga. Os grandes filósofos, como Platão, Aristóteles e Cícero se debruçaram sobre este tema e escreveram sobre o mesmo. Os romanos tiveram uma das fases de sua história, denominada de República, de onde o Senado era a ala mais poderosa.
Obviamente que dentro de um contexto histórico, tivemos evolução quanto aos aspectos relacionados com a vida política, aonde pensadores como Maquiavel, Rousseau e Montesquieu também deixaram eximias contribuições, tanto para o contexto relacionado com o poder, como política e sobretudo quanto a República.
No Brasil, em 15/11/1889, após uma série de questões, os políticos e representantes de vários setores da sociedade, estabeleceram tardiamente a ‘República’. Não farei uma análise histórica destes mais de cem anos republicanos: República Velha (1889/1930); Era Vargas (1930/1945); Redemocratização (1946/1964); Regime Militar (1964/1984) e Nova República a partir de 1985. Cada uma destas fases tem aspectos particulares que devem ser refletidos. Algo importante: não busque encontrar quem foi o “melhor” presidente da República, pois, tratando-se de político brasileiro, sempre haverá frustração.
Neste contexto, onde fica ‘Justiça e Segurança’? Dois elementos para pensar sobre a República atual do Brasil. Quando Montesquieu, em seu livro O Espírito das Leis de 1748, século XVIII, escreve sobre os Três Poderes, afirma que estes deveriam ser independentes. Será que vemos isto em nosso país? Estará o Poder Judiciário atrelado ao Poder Executivo, especialmente na esfera federal? Infelizmente essa é nossa realidade que denegri a imagem da Justiça, pois tornou-se subserviente do atual desgoverno.
E, neste prisma, a Segurança fica num segundo plano, como no episódio recente do Rio de Janeiro, nos complexos da Penha e Alemão. Quando vemos grupos de traficantes ligados ao narcotráfico, com poder paralelo, a luz vermelha acende-se, pois a maior preocupação do cidadão é quanto a segurança. Observando o presidente da nação, colocando-se a favor de traficantes e tendo livre acesso aos locais onde há comando dos narcotraficantes, algo não está correto!
O submundo encontrado nas enormes favelas, sobretudo do Rio de Janeiro, vai além da mera pobreza, estes locais tornaram-se reduto de traficantes, e membros de várias facções de todo o Brasil, tornam-se vindo locais (escolas) para o aprendizado do controle do poder por meio de potentes armas, tendo a finalidade de ludibriar a polícia e a população, assim passam a ter privilégio neste sujo mundo da ilegalidade. Estas constatações, levam-nos a compreender que estamos frente a uma escancarada ‘inversão de valores’, inclusive tendo dois pesos e duas medidas. Uma que em muito beneficia o larápio e os que burlam a lei; noutro penalizando e marginalizando, com o rigor da lei, o cidadão de bem (o pagador de impostos). Quais são os interesses que estão por trás destas inversões e atitudes?
Precisamos saber quem ‘banca certos grupos políticos e muitos setores da própria justiça! Ainda bem que há governadores, não somente do Rio de Janeiro, mas, de Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, preocupados com a ‘paz’, para tanto é preciso combater o narcotráfico e a construção de poderes paralelos, fatos geradores de insegurança e medo na população, pois sabem que onde o narcotráfico tem sucesso e se aliou ao poder, todos acabam perdendo.
Caro leitor consciente, República, Justiça e Segurança, possuem suas especificidades, mas há a mesma tônica, não podem se desvirtuar de sua essência, senão, toda nação fracassa e entra em colapso.
Algo engasga minha garganta: enquanto o poder estiver ocupado para proporcionar vantagens pessoais, ou de grupos ou partidos, estaremos fadados a ruína e quebra geral. Contudo, essa ‘ferida’ ou ‘desgraça’ ainda corrói o Brasil!
Acorde! A eleição será no próximo ano!
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