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O TEMPO jornal de fato

VIVA O DIA DO VOLUNTARIADO!

Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos Jornalista (MT/SC 4155)

Primeiramente, em meio à rotina agitada do mundo moderno, marcada por compromissos incessantes, responsabilidades profissionais e a busca constante por conquistas pessoais, há um gesto silencioso e poderoso que se destaca: o voluntariado. Em um cenário onde tantas vezes predomina o individualismo, dedicar tempo, energia e talento em prol do outro é um ato de resistência, de humanidade e de esperança. Celebrar o Dia do Voluntariado é, portanto, mais do que homenagear aqueles que se doam – é reconhecer a força transformadora da solidariedade.

No entanto, o voluntariado não exige perfeição, nem grandes feitos. Não pede holofotes, nem aplausos. O que ele requer é empatia, compromisso e a disposição genuína de contribuir com o que se tem. Seja numa comunidade carente, num hospital, numa escola pública, num abrigo de animais ou mesmo em ações virtuais, o voluntário se torna ponte entre necessidades e soluções, entre dores e alívio, entre o que falta e o que pode ser partilhado. Nesse sentido, cada ato voluntário é também um gesto político, no sentido mais nobre da palavra: é a prática da cidadania ativa, da responsabilidade social e da construção coletiva de um mundo mais justo.

Outrossim, importa lembrar de que se voluntariar não consiste em apenas ajudar. É, também, aprender. Quem se envolve com causas sociais descobre realidades que muitas vezes estavam invisíveis ao seu redor. Conhece histórias, escuta dores, compartilha sonhos. É tocado por experiências que transformam o olhar e expandem os horizontes. O voluntariado, portanto, é uma via de mão dupla: quem dá, também recebe. Quem ensina, aprende. Quem chega para ajudar, sai tocado, mais sensível, mais consciente de seu papel no mundo.

Por conseguinte, o Dia do Voluntariado também nos convida à reflexão sobre o valor da participação cidadã em uma sociedade democrática. Em tempos em que tantas instituições públicas enfrentam limitações, a atuação voluntária preenche lacunas, fortalece redes de apoio e mostra que a solidariedade organizada pode ser um poderoso instrumento de transformação social. No entanto, é fundamental que essa atuação não substitua políticas públicas, mas as complemente, pressionando por melhorias e fazendo eco às vozes daqueles que muitas vezes não são ouvidos.

Destarte, celebrar este dia é, também, convocar mais pessoas a se envolverem. O voluntariado não está restrito a um perfil específico. Jovens, adultos, idosos – todos podem contribuir, de diferentes formas e em diferentes intensidades. Cada pessoa tem algo a oferecer: tempo, conhecimento, afeto, escuta, força de trabalho, criatividade. E quando esse potencial é colocado a serviço de causas coletivas, o impacto é imensurável. Não apenas na vida de quem é atendido, mas na própria tessitura da sociedade, que se torna mais coesa, mais humana, mais fraterna.

Entretanto, faz-se mister valorizar e reconhecer o trabalho dos voluntários não apenas no dia simbólico, mas ao longo de todo o ano. São milhões de pessoas que, silenciosamente, constroem pontes, carregam esperanças, transformam comunidades. Em muitas situações, são esses voluntários que garantem o funcionamento de projetos sociais, que levam alento a quem perdeu quase tudo, que acolhem em momentos de dor. Seu trabalho, embora muitas vezes invisível, é essencial. E merece não apenas celebração, mas respeito, apoio e incentivo.

Ademais de ações pontuais, o voluntariado pode (e deve) ser pensado como um projeto de vida. Incorporar atitudes solidárias ao cotidiano, envolver-se com causas que dialogam com seus valores, buscar espaços de atuação comunitária – tudo isso fortalece o tecido social e ajuda a construir uma cultura de paz, diálogo e cooperação. Em tempos marcados por polarizações e conflitos, o ato de estender a mão ao outro, de reconhecer a dor alheia como também nossa, é uma forma concreta de resistência e de fé no coletivo.

Em epítome, viva o Dia do Voluntariado!

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