EDITORIAL

O artigo de Antonio Carlos Lacerda intitulado “Senadores fazem farra de combustível no Brasil” chama a atenção dos cidadãos e nos faz refletir sobre os preços praticados sobre a gasolina, álcool, diesel e gás de cozinha. O mencionado artigo postado em 18/01/2010 no site http://port.pravda.ru, assim em parte estamos também tornando público a seguir.
O que apenas 10 dos 81 senadores do Brasil gastaram em combustível em apenas nove meses de 2009 seria suficiente para dar 115 voltas em torno da Terra ou percorrer 343 vezes a BR-101, maior rodovia do País que, com seus 4.551 km interligando os Estados do Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Os dez senadores gastaram dos cofres públicos R$ 436,6 mil, que dariam para comprar 156 mil litros de gasolina para encher o tanque de 31.188 automóveis. Esse volume de combustível daria para rodar 1,5 milhão de km.
Esses gastos são cobertos pela chamada verba indenizatória, um expediente usado pelo Senado Federal com a finalidade de cobrir despesas com combustível e lubrificante de veículos de todos os senadores.
Os dados fazem parte de levantamento do Congresso em Foco, com base em informações do Portal da Transparência, do Senado. Os senadores Jayme Campos e Gilberto Goellner foram os que mais gastaram com combustível no período pesquisado. Em seguida aparecem os senadores Marconi Perillo, Cícero Lucena, o petista Augusto Botelho, Almeida Lima, Romero Jucá. Apesar de ter deixado o Senado no início de novembro, Expedito Júnior, que foi cassado por compra de votos, foi o oitavo colocado.
Enquanto isso, na Câmara dos Deputados o controle de gastos com combustíveis é diferente. Lá, cada deputado só pode gastar até R$ 4,5 mil por mês, mas no Senado Federal não há limite com esse tipo de despesa. Cada senador pode gastar o quanto quiser basta apresentar nota fiscal.
Se a mesma regra da Câmara dos Deputados fosse aplicada no Senado Federal, na pior das hipóteses 13 parlamentares teriam estourado a cota mensal. Além dos dez campeões de consumo, os senadores Mão Santa e Magno Malta e a senadora Lúcia Vânia também gastaram mais que R$ 4,5 mil ao menos uma vez no ano passado.

Sinceramente, é fácil os governantes autorizarem o aumento sobre os combustíveis, pois eles não desembolsam para andar de carro, enquanto isto, o povo paga um absurdo no país do pré-sal e da Petrobras. A Venezuela subsidia o combustível, onde o litro de gasolina custa apenas cinco centavos, já no Brasil está perto dos R$ 3,00.
O Brasil precisa ajudar os brasileiros, reduzindo a carga tributária e devem passar a dar qualidade de vida à população que é constituída de operários, basta levar em conta o salário mínimo de R$ 510,00, o qual não consegue suprir a necessidades dos cidadãos.