Evani Marichen Lamb Riffel (Pedagoga e Psicopedagoga).

      Há muito tempo, a Literatura Infantil é objeto de pesquisa para muitos estudiosos. Para iniciar o enredo deste tema, pergunta-se:

      -Qual é a roupagem da Literatura Infantil?

      A manifestação do Infantil está no texto escrito, num contexto verbal abreviado seguido do texto visual que associa-se ao primeiro. Ambos são narrativas que se completam. Neste entrave constituem um único texto, percebido não só na construção verbal, mas também desenvolvido na cenografia e figuras, com linguagens, personagens, espaço e tempo também distintos.

      Constata-se que os temas não diferem da Literatura em geral, ou de outros gêneros textuais que circulam na sociedade, pois a Literatura Infantil contempla valores, valores humanos construídos ao longo da trajetória da humanidade, na história passada atada a contemporaneidade, e não valores estritamente do universo infantil das sociedades contemporâneas.

      Conhecer elementos do universo textual infantil, vai além da pesquisa e do estudo, sendo de suma importância para a seleção de literaturas e instrumentos para avaliar escolhas de livros, a oferecer aos pequenos leitores em formação, a reconhecer a roupagem da Literatura Infantil.

(Fonte de pesquisa: Gregório Filho, José Nicolau. Literatura Infantil: Múltiplas Linguagens na Formação de Leitores. São Paulo, 2009).

Pirlimpimpim vamos à história de hoje, estimado(a) leitor(a)!

            Releitura da Fábula: A Cigarra e a Formiga

      Num belo dia ensolarado, no alto de uma árvore, a cigarra cantava alegremente, enquanto as afoitas formigas a buscar reservas para o inverno vindouro, estavam na laboriosa e eterna faina de abastecer as tulhas.

      Mas...

      Assim como a vida não é conduzida só em boas estações, o bom tempo se foi, o frio rigoroso do inverno chegou em estação de chuvaradas, vento forte e cortante a zumbir e sucumbir os ramos nus da árvore amiga.

     ... Lá vem a pobre mendiga enrolada num chalinho úmido e desgastado!

      O inverno chegou sorrateiro a bater na porta e, se anunciar em uivantes úmidos ventos e pesada chuva.

      Cóf... Cóf... Cóf! Toc... Toc... Tóc!

      A formiga atende prontamente a porta!

      -O que a traz aqui dona cigarra, a enfrentar o rigor do tempo?

      -Cóf... Cóf... Cara amiguinha, cá estou eu, com fome, frio, muita tosse e a procurar um abrigo.

      -Ora, ora... Se bem me lembro, és a alegre cantora que entoava seu belo canto, enquanto nós formigas, trabalhávamos duramente para prover os tempos difíceis, da próxima estação que se anunciava.

      -Cóff... Cófff, era eu mesma, cóf, cófff!

      -Pois cantavas, agora dance dona cigarra!

      A Porta fecha-se quase a bater no nariz da formiga mendiga.

      Ou...

      Caro(a) leitor(a), se preferir o outro final, afinal, enreda-se assim:

      -Ora, ora... Pois entre, cara amiguinha, por acaso és a alegre cantora que enchia de alegria nosso duro labor nos dias ensolarados?

      -Sim, eu mesma!

      -Entre amiguinha, a casa é sua!

      A pobre formiga foi acolhida e fartou-se da comida e do agasalho amigo!  Sarou da tosse e... Da má temporada, se salvou!

      Nos dias ensolarados, a ser a alegre cantora, voltou!

P. S.

E... Então leitor(a), na vida, és cigarra ou formiga?

Se... final feliz é conto do vigário, ou conto de fadas, qual a melhor opção: - Cigarra ou formiga? Pense nisso antecipadamente...

"Quem cedo madruga, Deus ajuda"

"Quem semeia colhe!" 

      Na sabedoria dos provérbios populares citados acima, vamos à uma reflexão mais arraigada:

      -Estou a planejar, ou já a fazer algo, para prover o inverno da minha existência?

      -Terei uma aposentadoria quando este dia chegar?

      -Quais as expectativas reais dentro da reforma da reforma, de nova reforma do Sistema Previdenciário "falido" do meu País, "da minha Pátria amada, do meu salve, salve Brasil?"

Pense nisso, leitor em trânsito: (...) O tempo passa, não espere... "Deitado eternamente em berço esplêndido!"