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Empresários Catarinenses aguardam desenrolar da Crise Americana

Empresários Catarinenses aguardam desenrolar da Crise Americana e seus Impactos no Brasil.

      Os dois últimos meses de notícias reportando enormes perdas financeiras aos grandes bancos mundiais (exceção dos Bancos Brasileiros) foram considerados o primeiro capítulo da atual crise econômica.

Estaremos lidando agora e nos próximos meses com problemas da chamada economia real.

Consultamos os bancos e empresários das principais regiões do Estado (Joinville, Blumenau, Criciúma, Florianópolis e Chapecó) e constamos que:

A Celesc reportou que até o fim de setembro o consumo de energia industrial permaneceu inalterado mostrando que até o momento a produção Catarinense não sofreu oscilações de demanda.

A valorização da moeda americana tem ocasionado aumento da inflação nos insumos para produção conforme relatórios do Banco Central.

Os bancos estão com as linhas de crédito represadas conforme informado pelo Banco BRDE que a exemplo suspendeu suas linhas de recursos próprios destinados exclusivamente às empresas exportadoras.  A situação é delicada e vem obrigando o Banco Central ofertar moeda americana diariamente através de leilões de dólares.

Como funciona a linha de financiamento de capital de giro: O Empresário exportador apresenta o contrato de exportação já assinado com a empresa X em garantia e obtém a liberação do valor do contrato firmado em dólar que é utilizado como capital de giro.

Com o capital de giro o empresário compra matéria prima, produz, paga os empregados, os impostos e num prazo de 90 a 120 dias, tempo que leva para o exportador receber o valor da exportação, o empresário comparece no banco e quita o contrato.

Empresas que já iniciaram expansões continuam em virtude de contratos já firmados.

As que ainda não haviam iniciado suas expansões estão revendo os investimentos e aguardando o desenrolar da crise citando como exemplos:

A empresa Sadia já adiou o investimento da unidade em Mafra.

A Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral AURORA) suspendeu investimentos de R$ 900 milhões nas unidades de aves em Canoinhas, no Planalto Norte Catarinense, outra fábrica de aves, em Carazinho (RS) e a ampliação de suínos, em São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso. A Aurora afirma que os investimentos poderão ser iniciados no decorrer de 2009 e manterá o investimento no município em Pinhalzinho, destinado a fabricação de laticínios, com contrato do PRODEC.

A CIA Industrial H Carlos Schneider (Ciser), fábrica de parafusos (produtos de trefilados de metal padronizados) com projeto para transferir sua planta industrial e logística para um novo local no Distrito Industrial de Joinville. Protocolou pedido de PRODEC, em análise no BRDE, no entanto, comunicou a suspensão provisória dos investimentos.

As empresas frigoríficas e madeireiras também não estão realizando investimentos.

Apesar dos dados negativos aqui citados, temos a nosso favor a forte economia interna Brasileira e a rápida capacidade de adaptação dos empresários catarinenses.  Acreditamos ser nosso forte diferencial em meio à crise não permitindo uma redução econômica tão forte quanto a que se visualizam nos Estados Unidos e Europa principalmente.

 

Documento elaborado pela Diretoria de Desenvolvimento Econômico da SDS ? 21/10/2008.

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