VOLTANDO NO TEMPO Livro “Maria Fumaça uma Volta ao Passado”, Paulo Eliseu Santos,

O livro “Maria Fumaça uma Volta ao Passado”, de autoria de Paulo Eliseu Santos, sobre a estrada de ferro sul do Brasil foi de muita importância para o povoado do Vale do Rio do Peixe.
Conclusão
Visão negativa
Começa pela expulsão das famílias localizadas na extensão dos 15 quilômetros de distância do trilho de ferro, que por lei passaram a pertencer a Brazil Rallway. Sabe-se que a empresa responsável em concluir o trecho de ferro no Vale do Rio do Peixe, mantinha a exploração da extração de madeira no norte do Estado de Santa Catarina, mais precisamente em Três Barras. Essa Madeireira chamava-se Lumber e desmatou uma grande faixa de terras, onde tinha uma quantidade enorme de pinus araucária e outras madeiras. A Brazil Railway Company trouxe trabalhadores dos Estados Unidos, no sentido de defender as terras que continham grande reserva florestal de possíveis invasões.
Quando esse trabalho estava terminando, começou o desemprego na região. Muito desses obreiros não puderam retornar aos seus Estados de origem. Em razão disso, muitos adentraram na mata da região, principalmente, em Canoinhas e Três Barras. Outros se deslocaram para Campos Novos e Curitibanos. Formaram-se, assim, dois movimentos. O primeiro destinado aqueles que se fixaram em terras devolutas, que aliás começou em nosso Estado, e mais especificamente no oeste catarinense, com os soldados que deixaram as fileiras de Gumercindo Saraiva e do seu irmão Aparício. É o caso do povoamento do Território de Palmas, onde iniciou uma sangrenta batalha, conhecida como Batalha do Irani, que passou a ser denominada como Batalha do Irani, que passou a ser denominada de Contestado.
A região em que os antigos trabalhadores da via férrea se fixaram, tornou-se conhecida por reduto. Foi dali que saíram os revoltados caboclos em busca de justiça social.
Em meu entendimento, o aspecto da construção dessa área foi a ausência de um programa de colonização para assentamento dos antigos posseiros: os quais, na época do Império, tinham documentos que comprovavam o domínio daquela faixa de terra, na qual eles já produziram alimentos para o seu sustento e de sua família.
Quanto foram iniciados os trabalhos, é que começou o interesse de realizar o povoamento da região, juntamente com a obra ferroviária.
Não houve uma preocupação em alojar as famílias que já se encontravam na região.
Isso gerou um descontentamento, assim como a aventura dessas pessoas que ali já viviam, combinada às condições precárias dos trabalhadores da via férrea, que no fim da obra foram demitidos.
Obs: Descrevemos todo o livro nas paginas de O TEMPO jornal de fato.
ATENÇÃO - Deixe registrado o passado nas páginas de O TEMPO jornal de fato, o que poderá ser visto também na posteridade, para tanto, mande foto e as informações.
Aldo Azevedo / jornalista
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