O deputado Sargento Lima (PL) está aproveitando as agendas pelo Estado para mostrar às lideranças locais a desproporção do que Santa Catarina envia em impostos à União e quanto recebe de retorno. “Está muito caro ser catarinense”, disse o parlamentar.

Ele foi à tribuna da Alesc e mostrou que Estados, como Acre, têm população semelhante ao município de Joinville e não produzem nem a metade do PIB da principal cidade catarinense, porém têm o retorno em impostos desproporcional ao PIB. No Acre, para R$ 100 enviados à União, retornam R$ 350. Já SC, a cada R$ 100 pagos ao Governo Federal voltam R$ 13.

Sargento Lima enumerou fragilidades de Santa Catarina, que poderiam ser resolvidas ou pelo menos amenizadas se o retorno dos impostos fosse equilibrado. Tarefas que deveriam ser federais estão sendo realizadas pelo Estado ou pelas prefeituras catarinenses. Citou os efeitos da precariedade do serviço federal: as polícias federais não combatem o tráfico como deveriam, e sobra para os prefeitos terem que abrir mão de recursos da infraestrutura municipal, da saúde etc para cuidar dos doentes das drogas.

O deputado Sargento Lima pediu aos prefeitos que adotem o discurso da cobrança, que sejam mais duros em relação à União, para equilibrar o retorno de impostos. “A BR-101 virou um gargalo que inibe investimentos privados, mas temos que implorar a um ministro para que o governo federal faça obras, sendo que essa conta já está paga pelos catarinenses”, finalizou.

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