Amizade que Resiste ao Tempo: Reencontro de Barbieri e Enio no Zeni Aroma e Sabores |
Antonio Carlos “Bolinha” Pereira, joaçabense, 74 anos
A nossa região sempre teve bons jornais impressos, e a minha família é um exemplo disso pois em 1933 circulava em Joaçaba o jornal “Cruzeiro”, um “periódico incolor (isto é, sem coloração político-partidária), pela expansão dos Vales do Rio do Peixe e Rio Uruguai”. Seu proprietário e diretor-gerente era Osvaldo “Dodô” Pereira, tio do meu progenitor Raul Anastácio Pereira, o qual nas décadas de 1940 e 1950 publicaria o “Joaçaba Jornal”, bi-semanário do Oeste Catarinense. Ambos ostentavam com orgulho a informação de contar com redatores e colaboradores diversos.
Ao escrever sobre “JOAÇABA Um Século de Desenvolvimento Econômico” para o Livro do Centenário, o meu irmão Carlos José Pereira prestou essa “singela homenagem ao Dr. Alexandre Muniz de Queiroz, meu primeiro professor de Economia Política, em 1961, no Colégio Comercial Frei Rogério – seus ensinamentos me levaram a estudar Economia; aos meus queridíssimos pais, Raul Anastácio Pereira, centenário como Joaçaba – seu Joaçaba Jornal me fez entender a necessidade do debate político de alto nível e civilizado para o exercício pleno da vida democrática; e a Aniela Schubert Pereira, por ter me dado o precioso bem que denominamos Vida. Todos eles três, Joaçabenses por Adesão”.
E nesses tempos de tantos portais e sites informativos na internet, é admirável o fato de alguns jornais continuarem sendo impressos em papel. Aqui na região vemos alguns exemplos dessa resiliência. Em Joaçaba “Cidadela” foi o primeiro jornal do Meio-Oeste a ser impresso em off-set com páginas coloridas, isso lá em 1978, e depois de um “recesso”, continua existindo. Há um jornal impresso de 2ª a 6ª feira, o “RD – Raízes Diário”, publicado desde 1998 e circulando nas regiões da AMMOC (Associação dos Municípios do Meio Oeste Catarinense, sede em Joaçaba), AMPLASC (Associação dos Municípios do Planalto Sul de Santa Catarina, sede em Campos Novos), AMARP (Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe, sede em Videira) e AMAUC (Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense, sede em Concórdia), abrangendo aproximadamente 48 municípios.
Aqui em Capinzal “O Tempo, Jornal de Fato”, completa 36 anos de serviços prestados à comunidade de Capinzal e de outros municípios do Meio-Oeste, comprovando sua identificação com o leitor e a região, registrando os principais acontecimentos, abrindo espaço para opinião, com importantes colunistas e impulsiona a economia, com intensa veiculação de anúncios e editais, prova de sua credibilidade junto às empresas, entidades, prefeituras e à administração estadual.
Seu diretor Enio Olimpio Azevedo é uma figura singular na comunicação regional, por sua perseverança e determinação em fazer um jornal para a comunidade. Seu irmão Aldo Azevedo, jornalista e editor do semanário, frequentou o Colégio Cenecista Padre Anchieta, estudou Comunicação Social e Jornalismo na instituição de ensino UnC - Universidade do Contestado.
Aldo é jornalista desde 1990 e recorda que foram tempos difíceis: “ralei pra mais de metro pra me formar, eu ia todo dia de carro até Concórdia na Universidade, de segunda a sexta, depois de segunda a sábado. Naquela época eu tinha que fazer duzentas e quarenta horas de oficina de jornalismo, não é como estágio, e eu completei muito mais de 240 horas só dentro de Concórdia. O máximo que fiz foi ir uma vez a Chapecó, na RBS TV, outros colegas precisaram ir pro Rio de Janeiro, pra São Paulo, completar aquelas horas da formação. Como se diz, quem se propõe a estudar precisa se dedicar e estudar; eu tinha lido muitos livros na biblioteca, fiz muitas cópias de livros necessários pra minha formação.”
Quem conhece os irmãos Azevedo sabe da sua credibilidade e justifica essa história longeva de sucesso, pois chegar a 36 anos de circulação é um feito que poucos jornais impressos conseguem atualmente.
Houve um tempo em que só existia o jornal impresso em papel. Mas o papel do jornal vai muito além de simplesmente informar: a imprensa ajuda a criar um espaço onde as pessoas podem entender o que se passa ao redor, discutir opiniões e refletir sobre diversos temas.
Falamos do “papel do jornal”, então fui pesquisar e fiquei sabendo que o conhecido “papel jornal” é um tipo de papel indicado para demandas de baixo custo, como a produção de jornais e outras publicações ou trabalhos com acabamento mais rústico. É mais frágil que outros tipos de papel, rasga com mais facilidade e com o passar do tempo vai se tornando amarelado. Até 1970, a gramatura padrão do papel jornal era de 52 g/m², em 1974 definiu-se o patamar de 48,8 g/m² que se firmou até meados dos anos 90, quando baixou de novo para valores entre 44 e 46 g/m². Até valores de 40 a 42,5 g/m² já têm sido testados ou cogitados.
Os jornais impressos foram, durante muito tempo, um dos principais meios de comunicação. Além de retratarem os acontecimentos da época, hoje servem como importantes fontes de pesquisa, ajudando-nos a compreender o passado. Naquele tempo, era por meio deles — e do rádio — que as pessoas se mantinham informadas.
A importância do jornal no mundo é fundamental, pois ele fornece informações atualizadas sobre acontecimentos locais, nacionais e internacionais. Os jornais também contribuem para formação de opinião, debate de ideias, promoção da cidadania e fortalecimento da democracia. Eles também são importantes para divulgação de notícias relevantes, prestação de serviços à comunidade e fiscalização do poder público. Em resumo, os jornais desempenham um papel crucial na sociedade, mantendo as pessoas informadas e conscientes dos acontecimentos ao seu redor. Além disso, os jornais são um registro histórico importante, documentando costumes e práticas sociais ao longo do tempo.
Embora a mídia digital tenha se tornado cada vez mais popular, os jornais impressos ainda desempenham um papel importante. Eles oferecem uma experiência sensorial única, no contato com o papel e a tinta, o que pode tornar a leitura mais envolvente e cativante. Além disso, os jornais impressos são frequentemente considerados mais confiáveis, muito embora certo tipo de mídia manipule a informação, do que algumas fontes de notícias online, especialmente aquelas que não passam por um processo rigoroso de revisão.
Em resumo, o jornalismo desempenha um papel essencial na sociedade, seja através da informação, da formação de opinião, da promoção da transparência ou do fortalecimento da democracia. Seja em sua forma impressa ou digital, o jornalismo continua sendo uma ferramenta vital para compreender o mundo em que vivemos.
O TEMPO jornal de fato desde 1989:
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