Um bom exemplo: desmanche de carros velhos

Editorial
A reportagem no Jornal da Globo, sexta-feira, 12 de abril, foi levada ao ar matéria assim intitulada: “Veículos são reciclados para liberar pátio da Receita, em Foz do Iguaçu”. No total 1.500 carros, motos e vans foram desmanchados. Outros 5 mil veículos correm o risco de ter o mesmo destino.
Com o aumento das apreensões de carros usados no contrabando e no tráfico de drogas e armas na Tríplice Fronteira, o pátio da Receita Federal em Foz do Iguaçu (PR) ficou lotado. A saída foi a reciclagem. Os veículos entram inteiros e saem como sucata. O que vai ser feito com cada um desses veículos depende de decisões da Justiça que podem determinar se será feita a doação ou o leilão. Às vezes, no entanto, demora tanto que os carros que ficam expostos ao sol e a chuva estragam no pátio.
Os mais deteriorados formam grandes pilhas e esperam uma vaga em uma oficina. Ao invés de consertar, os mecânicos depenam os veículos com autorização da Receita. “Se essa equipe atestar que esse veículo é irrecuperável, esses veículos estiverem em estado de sucata, são trazidos para cá para fazer essa desmontagem”, diz Ivair Hoffmann, auditor da Receita.
Os contêineres ficam cheios de ferro velho. Na recicladora, a carcaça vai para dentro de uma prensa. Em segundos, sai da máquina um pequeno fardo, de quase meia tonelada. Uma empresa de São Paulo transforma o ferro e o aço em barras usadas na construção civil. A venda do produto paga os custos que a Receita tem com o desmanche "legal".
“Livrar o pátio desses veículos, fazer com que abra novos espaços, porque as apreensões diárias são muito grandes”, explica Hoffmann. Por: Anderson Frigo.
Às vezes a polícia deveria usar do bom senso, nem sempre é preciso e necessário guinchar e tirar de circulação certos carros, e sim, oportunizar e orientar que o proprietário regularize algo que esteja fora das exigências de trânsito, porém, devem dar um tempo para tanto, e se for reincidente, aí sim usar da força da lei.
Se tratando das cidades coirmãs, Capinzal e Ouro, os pátios das Delegacias de Polícia mais parecem um cemitério de carros e até motocicletas se deteriorando com o passar do tempo. A maioria dos carros e motos que estão jogados a céu aberto viraram sucata, então, quem sabe através do órgão competente, poderia dar o mesmo destino de Foz de Iguaçu, pois as autoridades e lideranças capinzalenses e ourenses devem levar em conta o risco nos pátios das Delegacias de Polícia, pois podem servir de criadores de focos da dengue.
Se acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros, dirá então carros velhos com vidros quebrados, estes em pátrios de delegacias e muitos abandonados nas vias públicas.
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