Redação do Momento Espírita, com base em fatos da vida de Corrie ten Boom. Em 30.6.2025.
Ao nos ensinar a orar ao Nosso Pai, introduziu jesus o pedido: Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos aos que nos ofendem.
A lição do Mestre nos sinaliza que reconheçamos que temos muitas falhas e que, da mesma forma que esperamos ser perdoados, assim devemos fazê-lo aos nossos irmãos.
O que devemos reconhecer, contudo, é que se trata de uma lição de humildade aos nossos corações. Porque em nenhum versículo sinalizou Jesus que Deus se ofende.
Eis aí a verdade profunda, que talvez ainda não tenhamos compreendido por inteiro: Deus jamais se ofende.
A ideia de um Deus que vira o rosto diante das nossas quedas, que pune por orgulho ferido, pertence a uma visão antiga, limitada, humanizada que criamos da Divindade.
Um reflexo das nossas próprias imperfeições. Um Deus assim seria suscetível à mágoa, ao ego e à vaidade.
Mas o Deus Pai que nos apresenta Jesus é amor absoluto. É justiça e bondade sem fim. É Pai, que nos conhece em essência e compreende nossas fraquezas.
Como todo pai amoroso, Ele nos oferece, a cada existência, novas chances de crescer. Como quem diz: Vai. Recomeça. Eu estou contigo.
* * *
Assim, da mesma maneira que temos o perdão divino das nossas inconsequências, cabe-nos usar de igual medida para quem nos agride, nos magoa.
A holandesa Corrie Ten Boom soube muito bem se servir dessa medida. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela e sua família esconderam judeus em sua casa, salvando-os da perseguição nazista.
Descobertos, foram enviados a campos de concentração. Corrie foi a única sobrevivente. Sua irmã Betsie morreu em Ravensbrück.
Anos após, Corrie estava palestrando na Alemanha sobre o perdão, quando foi abordada por um ex-guarda do campo onde estivera prisioneira.
Ele não a reconheceu, mas expressou arrependimento por seus atos e pediu perdão. Corrie, paralisada pela dor, orou. Com esforço, estendeu a mão, dizendo: Eu te perdoo, irmão, com todo o meu coração.
Esse gesto não apenas libertou o homem, mas também a ela mesma, demonstrando que o perdão é um caminho de cura para todos os envolvidos.
Assim age Deus conosco. Quando erramos, ele não se magoa com nossas escolhas.
Ele não nos abandona. Apenas espera. Espera que cresçamos, que amadureçamos, que voltemos ao caminho, com olhos novos e coração transformado.
É por isso que alguns dizem que Deus não perdoa. Não perdoa porque não se considera ofendido.
Por ser a perfeição absoluta, não é suscetível de ser atingido por qualquer ofensa.
Desse modo, se errarmos, não nos afastemos dEle. As consequências dos equívocos com as quais teremos que arcar não são castigo, mas bússola nos indicando o caminho correto.
Não constituem punição, mas lição. Deus aguarda melhor ação. Espera que aprendamos, que amemos. E prossigamos.
Deus não se ofende, não se magoa. Deus ama.
Quando, um dia, aprendermos a amar verdadeiramente, estaremos prontos para não nos ferirmos, não nos magoarmos. Não cobraremos nada de ninguém. Amaremos, sem limites.
Redação do Momento Espírita, com base
em fatos da vida de Corrie ten Boom.
Em 30.6.2025.
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