ABUSO DE PODER E FALTA DE CONSIDERAÇÃO COM AS PESSOAS:
EXEMPLARES DO JORNAL O TEMPO PROIBIDOS DE FICAR SOBRE A MESA DE HONRA EM CAPINZAL
AÇÃO PODE CARACTERIZAR DITADURA, MORDAÇA, VIOLAÇÃO À LIBERDADE DE IMPRENSA, ENFIM, CENSURA CONTRA O MEIO DE COMUNICAÇÃO COMETIDA POR UM PARTIDO POLÍTICO QUE SE DIZ DA “DEMOCRACIA” E SE ACHA NO DIREITO DE DIFICULTAR O ACESSO E DIVULGAÇÃO DE CONTEÚDO DE INTERESSE PÚBLICO (LAMENTÁVEL)
A Empresa Jornalística O Tempo Ltda presta serviços em nível regional há 22 anos e quatro meses, sendo a imprensa e meio de comunicação com a razão social mais antiga de Capinzal, sem nunca ter mudado de nome e nem passou de uma propriedade para a outra, consequentemente, neste período todo, alguns meses Aderbal Mayer (Barzinho) escreveu este Semanário e mais uns poucos meses foi a vez de Adilson de Morais (na época funcionário da Rádio Capinzal – locutor) atuar como editor, porém, Aldo Azevedo assumiu a editoria há mais de 21 anos.
O TEMPO – um jornal de fato não tem cores partidárias, prova disto, neste período de plena atividade, passaram muitos prefeitos e vereadores, mas este periódico permanece na função do exercício, que é de levar a informação e escrever a história de nossa terra e de nossa gente em nível regional. No começo, atuávamos apenas nos municípios coirmãos, Capinzal e Ouro, na época sendo prefeito em território capinzalense Irineu José Maestri (PMDB) e em terra ourense Euclides Celito Riquetti (PDS), já no primeiro ano passamos a abranger toda a Comarca (Capinzal, Ouro, Lacerdópolis, Ipira e Piratuba), em seguida fomos e estamos em outras regiões.
Vamos nos ater mais a Capinzal, quando Irineu José Maestri era prefeito, tivemos excelente sintonia com o governo municipal liderado pelo PMDB; no começo foi difícil no mandato de Hilton Pedro Paggi (PFL), mas dois anos depois prestamos serviços na sua gestão administrativa; excelente harmonia tivemos com Luiz Carlos Thomazoni (PP), nos quatro anos de trabalho; servimos uma parte e outra não quando da liderança de Nilvo Dorini por dois mandatos consecutivos (PMDB), já no atual governo foi a imprensa que menos recebeu pelos serviços prestados: uma migalha.
Quem diria o tempo realmente passou e este Semanário continua no seu propósito de sua linha editorial: elogiar quando é preciso, criticar se for necessário, mas apresenta soluções para todos os problemas levantados. Essa atitude acaba não agradando certos homens públicos, então nos sobra o ônus e para outros meios de comunicação é dado o bônus, sendo fácil constatar o dito, se a Prefeitura desse ampla divulgação de seus atos, então seria possível saber para a é destinado o dinheiro público, pois ninguém precisa adivinhar sobre as contas públicas.
Nós, de O Tempo, ralamos muito e ainda temos que lutar às vezes contra certos autoridades e lideranças que deixam de ver o verdadeiro fato e nos julgam pelo que não cometemos, pois muitos dos mais de 50 processos que tivemos de enfrentar, a maioria foi movido por políticos com cargos, os quais se defenderam as custas do dinheiro público e nós tivemos de nosso lado bons advogados que nos tiraram de uma situação de refém do tráfico da influência e do poder.
Por sermos editor, diagramador, fotógrafo, jornaleiro e jornalista chegamos cedo ao Centro Educacional Prefeito Celso Farina levando as ferramentas de trabalho e também uns exemplares da última edição nº1.044, de 28/10/2011, data coincidindo com a visita da Comitiva do Governo do Estado de Santa Catarina, liderada por Eduardo Pinho Moreira, porém, duas horas depois que chegaram as autoridades, então colocamos os três jornais impressos sobre a mesa de honra, porém, suspeitamos se colocássemos os exemplares lá alguém iria tirar o periódico que não pode aparecer. Na primeira vez uns dois minutos antes que as autoridades ao comporem a mesa, a secretária de Gabinete passou a mão nos jornais, porém, fomos atrás da mesma e recuperamos o que certamente iria dar algum destino não devido. Esperamos quando começaram a chamar as autoridades à mesa, então aproveitamos e lá colocamos os três exemplares contendo chamadas de capa do Governador de SC na Coréia do Sul, também do deputado federal Jorginho Mello e da entrega de prêmio da Loja Jaskiu. A nossa suspeita se confirmou quando o governador em exercício pegou o jornal, então a autoridade local sabe lá o que falou para o mesmo e este colocou o periódico de volta sobre a mesa, porém, quem praticamente cochichou ao ouvido da liderança estadual retirou todos os poucos exemplares e deu nas mãos da secretária de Gabinete da Prefeitura que por sua vez jogou-os atrás da bancada de som. Então novamente fomos até atrás das cadeiras ocupadas pelas autoridades e junto à bancada de som, ajuntamos os jornais e colocamos no chão, porém, em lugar visível, entre o povo e a mesa de honra, demonstrando nosso repúdio pela falta de consideração por parte de uma autoridade que não levou em conta o nosso compromisso com a verdade.
Enquanto éramos alvos de censura, a autoridade local pegou o microfone e comunicou que o cerimonial estava sendo transmitido ao vivo por uma emissora de rádio, quem sabe a de sua preferência no meio da comunicação (propaganda e favorecimento).
Como uma comitiva (cargo de confiança, esposa, garotas e comunicador) estive em Florianópolis, na quarta-feira, 05 de outubro, propriamente na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina – Alesc, apresentando a programação oficial do que consideraram a maior feira multissetorial da região Meio Oeste, realizada de 8 a 16 de outubro, então nos causa dúvida a frase que foi dita lá: “Capinzal é uma terra de amigos e de oportunidades”. O ditado só pode ser demagogia política, pois foi visível que amizade não existe e nem oportunidade é dado pelo poder público, pois a prova dada pela autoridade maior do Município e pelo seu braço direito: secretária de Gabinete, ao tentarem e não conseguirem consumir os dois exemplares de O TEMPO – um jornal de fato que restaram, pois os demais o público levou para casa para terminar a leitura, é uma comprovação do descrito.
Será que teremos e devemos ter matérias dirigidas e tuteladas para poder servir ao poder público local, ou talvez a ação colocada em prática era porque tinha algo escrito que as lideranças de fora não pudessem tomar conhecimento?... A exemplo do João Buracão que passou a ser uma celebridade, editorial sobre o funcionário público, matéria do PT / PP e PSD, ações das Prefeituras da região e pedido de prestação de contas da Expovale.
Como não somos novela para ser seguido, e sim, um periódico que realmente serve de porta-voz do povo, já que levantamos questões que precisam de uma definição, no entanto, o descaso prevalece. Não é só O Tempo que mostra o que está por fazer, também os vereadores da consideração oposição, inclusive, da situação pedem, mas às vezes não são atendidos no aclamo feito em proveito da sociedade.
Será que a DITADURA está de volta num governo que deveria ser DEMOCRÁTICO, pois um funcionário público por ter ingressado num partido de oposição talvez possa ter sido tirado de motorista da saúde e lhe colocaram num dos piores veículos da Prefeitura: Caminhão-basculante (caçamba) sem o tampão traseiro, num transporte que serve para levar galhos e outros entulhos. Também um homem público que vem prestando excelentes serviços na defesa da coletividade, agora não pode mais defender as empresas capinzalenses, muito menos fazer alguma crítica à situação deplorável das ruas, pois poderá ficar fora da política (injustiça) se desobedecer a ordem. Também tem um profissional da pintura que não recebe o devido reconhecimento, a exemplo do vigilante, do motorista (...), porém, o quadro funcional, ou se preferir, os funcionários públicos não são e jamais serão um bem dos homens públicos, e sim, da Prefeitura.
Quanto a nós, fomos informados pelo telefone que a DITADURA está voltando em nosso meio, porém, esse regime tinha suas desvantagens e vantagens, mas o que mais nos causa surpresa é que há muito tempo estamos enfrentando a tentativa de MORDAÇA, não pelo que falamos, e sim, pelo descrito nas páginas da livre expressão do pensamento. Lamentamos que não foi permitido deixar sequer uma edição de O TEMPO – um jornal de fato sobre a mesa de honra, mas mesmo assim, o prefeito de Monte Carlo pegou um exemplar, folhou e leu junto as demais autoridades, também teve o público que fez a leitura e levou para casa o mencionado periódico.
Como jornalista, respeito à tomada de atitude quanto a não permissão que O TEMPO – um jornal de fato fosse lido ou visto por qualquer autoridade, mas não tem como esconder o descrito na mencionada edição, pois o jornal impresso o vento não consegue apagar seu registro. Os jornais precisam ser melhor reconhecidos, pois este meio é pioneiro no mundo, já que passou os anos dourados do rádio, também da televisão e da Internet, porém, a imprensa escrita é formal, enquanto muitas são informais e se fazem passar como meio de comunicação.
Às vezes uma só andorinha não faz verão, também uma liderança deve estar cercada de pessoas que pensem e venham a agir em benefício da coletividade, jamais que este ou aquele passe a criar obstáculos e persiga qualquer cidadão, primeiro deve levar em conta os direitos e obrigações, também é preciso saber diferenciar o certo do errado, então não se comete equívocos e nem injustiças com as pessoas do bem.
Para encerrar, algumas informações primordiais em termos de conhecimento e aprendizagem: Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à LIBERDADE, à IGUALDADE, à segurança e à propriedade. (Constituição Brasileira de 1988)
Conforme o descrito no Artigo 220 da Carta Magna do Brasil, a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição.
Se o prefeito deve dar ampla divulgação de seus atos, por que um vereador e secretário ficaram tão nervosos a ponto distorcer o fato, querendo jogar as entidades contra os dois edis que apenas pediram a prestação de contas da feira? Que mal tem nisto? Se tudo está dentro dos conformes, então não precisa dificultar a informação, até porque a Prefeitura investiu R$ 250 mil, o Governo do Estado mais R$ 70 mil, sem levar em conta os patrocínios, cobrança de estacionamento, ingresso e passaporte para poder entrar no parque, o show em si se pagou, enfim, nada foi de graça.
O TEMPO é passado... O TEMPO é presente... O TEMPO será futuro mesmo com os obstáculos postos em nossos caminhos, prova disto, a política passa e nós permanecemos na árdua missão de informar, mesmo contrariando a vontade de uma minoria que talvez não queira o bem da coletividade. Será que Capinzal é uma terra de amigos e de oportunidades?...
Essa foi à edição censurada e amordaçada, a qual não podia aparecer em público, muito menos diante das autoridades. Como disse um vereador na Câmara, a Ditadura talvez esteja de volta.
Se não quer que apareça: não deixe que aconteça.
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