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MALDANER DESTACA CULTIVO DE OLIVEIRAS EM SC

O SENADOR DO PMDB DE SC DESTACOU NA SEGUNDA-FEIRA (20 DE JUNHO) O CULTIVO DE OLIVEIRAS EM SANTA CATARINA, PARA PRODUÇÃO DE AZEITE DE OLIVA E AZEITONAS DE MESA


     Por sugestão de um amigo ourense, fomos atrás e conseguimos informações sobre o Projeto de Oliveira desenvolvido em Santa Catarina, sendo o mesmo apresentado pelo senador Casildo Maldaner. Como Capinzal e Ouro tem seus escritórios da Epagri, quem sabe essa seja uma alternativa para evitar o êxodo rural e melhorar o ganho principalmene para os pequenos é médios agricultores, basta seguir os bons exemplos dos municípios que vem cultivando essas oliveiras em Santa Catarina.
     “O Brasil importa 100% do azeite de oliva e das azeitonas consumidas. Esta cultura tem grande potencial e é fruto do incentivo à pesquisa agropecuária em nosso Estado”, afirmou Maldaner. O país importou, em 2010, 55,5 mil toneladas de azeite de oliva e 79 mil toneladas de azeitonas em conserva. O Projeto Oliveiras teve início em 2006, durante a administração do ex-governador e atual senador Luiz Henrique da Silveira, com coordenação e execução da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural - EPAGRI de Santa Catarina.
      Inicialmente, foram instaladas 18 unidades de pesquisa, espalhadas por todo Estado, abrangendo também diversas variedades de oliveiras. Algumas regiões destacaram-se mais, como é o caso de Caçador, Chapecó, Campo Erê e São Lourenço do Oeste. Outros municípios também estão sendo avaliados com grande potencial. Amostras do azeite extraído no estado passaram por análise em laboratórios argentinos e apresentaram alto grau de qualidade, atendendo todas as normas do Comitê Oleícola Internacional.
Para Maldaner, a cultura das oliveiras, assim como ocorre com a vitivinicultura de altitude, pode ser uma alternativa de renda para os agricultores catarinenses, com grande valor agregado. O senador fez ainda um apelo pelo constante investimento nas empresas públicas de pesquisa agropecuária, como a Embrapa, no Brasil, e a Epagri, em Santa Catarina. Além disso, alertou os colegas para a importância da votação do novo Código Florestal Brasileiro, portanto, é importante o desenvolvimento da atividade agrícola no país.

 Projeto Oliveiras SC

Senhor Presidente,
Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,
Atribui-se à Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao reino de Portugal, a frase cunhada em 1500 quando da chegada das primeiras naus ao solo brasileiro, que acabou eternizada: “A terra é tão generosa que nela, em se plantando, tudo dá”. Cumprimos este destino. Nosso país tornou-se um dos grandes celeiros do mundo, exportando alimentos dos mais diversos.
Mais recentemente, mesmo culturas que eram consideradas exclusivas de climas frios vingaram por aqui, com a qualidade de nosso solo e a força de nossos agricultores. Neste aspecto, Santa Catarina, por sua diversidade climática e geográfica, tem sido destaque nacional.
Foi assim com a maçã, fruta de clima temperado que encontrou em nossa Serra as condições propícias para sua produção – tanto é que o Estado responde por cerca de 60% de todas as maçãs colhidas no país. Hoje temos outras frutas de altitude com grande qualidade, como peras e nectarinas, especialmente em nossas colônias japonesas.
Nos últimos anos, temos presenciado o desenvolvimento da produção de vinhos finos de altitude, com excelente qualidade. As condições de terreno e clima concedem um terroir, nos termos técnicos, ou seja, uma marca e sabor únicos ao vinho catarinense. Apesar do volume produzido ainda ser relativamente pequeno, especialmente quando comparado ao vizinho Rio Grande do Sul, pioneiro na produção de vinhos finos, os catarinenses já têm arrebanhado títulos e troféus mundo afora, por sua qualidade.
Recentemente, tive o privilégio de ter em mãos amostras do primeiro azeite de oliva catarinense. E divido esta satisfação com os nobres. Recebi estas amostras em Chapecó, do coordenador da Epagri na região, Valdir Crestani. O plantio de oliveiras é a nova cultura a despontar em nosso solo.
A história da cultura da oliveira remonta aos tempos bíblicos e chegou ao Brasil séculos atrás, com os portugueses, espanhóis e italianos. Nas décadas de 1960 e 1970, foi desenvolvido um programa federal de fomento à cultura. Hoje ainda existem remanescentes de oliveiras nas regiões Sul e Sudeste, com projetos mais avançados nos Estados de Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
Mas o fato é que, atualmente, o Brasil importa 100% do azeite de oliva consumido. Foram 55,5 mil toneladas em 2010, além de outras 79 mil toneladas de azeitonas em conserva, segundo informações do Conselho Oleícola Internacional- COI. Pelos tão propalados benefícios à saúde trazidos pelo azeite, sua vasta utilização na culinária internacional e nacional, este produto milenar ainda terá grande aumento de consumo em nosso país.
O projeto “Oliveiras”, da Epagri – Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural de Santa Catarina, teve início em 2005, com o total apoio e incentivo do então governador Luiz Henrique da Silveira, hoje nosso colega nesta Casa. Inicialmente, foram instaladas 18 unidades de pesquisa, espalhadas por todo Estado, abrangendo também diversas variedades de oliveiras.
Algumas regiões destacaram-se mais, como é o caso de Caçador, Chapecó, Campo Erê e São Lourenço do Oeste. Outros municípios também estão sendo avaliados com grande potencial, como Videira, Campos Novos, Ituporanga e Rio dos Cedros, com altitudes superiores à 500 acima do nível do mar.
Com pouco mais de 2 anos de pesquisa, foi extraído o primeiro azeite de oliva extra virgem totalmente produzido em nosso Estado, já com boa qualidade. No ano seguinte foi dado início ao processo de industrialização, com estudos de metodologias de preparo para azeitona de mesa. Os testes deste azeite, feitos no Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina, revelaram excelente qualidade do azeite, com todas as análises dentro das normas do Comitê Oleícola Internacional.
Ainda é cedo para falar em produção industrial, mas não tenho dúvidas de que ela virá. De acordo com o engenheiro florestal Dorli Mário da Croce, coordenador do Projeto Oliveiras, já existem produtores com pequenos plantios e muitos empreendedores com interesse em investir na cultura.
Em suas previsões, dentro de cinco anos estaremos prontos para comercializar azeite de oliva totalmente catarinense.
Há que se notar, ainda, um detalhe essencial no cultivo das oliveiras: estes produtores não serão meros extrativistas, que colhem os frutos e comercializam, sem qualquer beneficiamento. A produção de azeite de oliva, bem como de azeitonas de mesa, exige tecnologia, processos industriais, que agregarão valor ao nosso produto.
Trago este tema, nobres colegas, para destacar a importância do investimento em pesquisa agropecuária neste país tão rico, seja através da Embrapa ou das empresas de pesquisa estaduais.
O mais importante órgão de pesquisa rural do país comemorou seus 38 anos de atuação, revelou dado exemplar: os investimentos públicos feitos pela empresa resultaram em lucro social de R$ 18,6 bilhões, apurado com base nos impactos de uma amostra de 110 tecnologias e 140 cultivares desenvolvidas pela Embrapa e seus parceiros – em especial as organizações estaduais de pesquisa - e transferidas para a sociedade.
Quero ressaltar o cuidado que precisamos ter com nossos recursos hídricos e naturais, essenciais para o desenvolvimento de nossa atividade agropecuária. Lembro que dentro de pouco tempo estaremos votando o novo Código Florestal Brasileiro, que dará ao produtor as condições mínimas para o desenvolvimento de suas culturas, com a indispensável sustentabilidade sócio-ambiental.
Unidos, os vetores da pesquisa; da força de trabalho do brasileiro; e da preservação ambiental, conseguiremos manter este país solo fértil para nossos mais ambiciosos projetos, assim como registrou Caminha há mais de 500 anos.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado!
 

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