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Santa Edith Stein

  • - Mario Eugenio Saturno

Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1º. de dezembro de 2005, designou o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. É um dia dedicado para se lembrar das vítimas do Holocausto, o genocídio cometido pelos nazistas que ceifou a vida de seis milhões de judeus e outros milhões mais durante a II Guerra Mundial.

Entre estas vítimas, é importante destacar Edith Stein. Ela nasceu na cidade de Breslau, Alemanha, a última de onze filhos de um casal de judeus, no dia 12 de outubro de 1891, dia em que a família festejava o "Dia da Expiação", que é uma grande festa judaica. O pai morreu quando ela tinha pouco mais de um ano. A mãe era uma mulher muito religiosa, mas não conseguiu manter nos filhos uma fé viva. Teresa Benedita perdeu a fé e como afirmou mais tarde: "com plena consciência e por livre eleição".

Ela estudou Filosofia na Universidade de Breslau. Em 1921, visitando um casal convertido ao Evangelho, conhece o livro especial, a autobiografia de Santa Teresa de Ávila. Teresa lê o livro durante toda a noite. Declarou mais tarde: "quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade". Em janeiro de 1922, ela foi batizada e no dia 2 de fevereiro desse mesmo ano é crismada pelo Bispo de Espira. Em 1932, recebeu uma cátedra em uma instituição católica, onde desenvolveu a sua própria antropologia, encontrando uma maneira de unir ciência e fé.

Em 1933, ano que a Alemanha torna-se nazista, Edith Stein deixa a docência e entra para o Mosteiro das Carmelitas de Colônia no dia 14 de outubro, passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz. Após cinco anos, faz a sua profissão perpétua. Da Alemanha, Edith é transferida para a Holanda juntamente com sua irmã Rosa, que também é batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento.

Então, os Bispos católicos dos Países Baixos fazem um comunicado contra as deportações dos judeus. Em represália, a Gestapo invade o convento na Holanda e prendem Edith e sua irmã. As duas foram levadas para o campo de concentração de Westerbork. E, em sete de agosto, elas foram enviadas para Auschwitz, juntamente com outros 985 judeus. Finalmente, no dia 9 de agosto, a Irmã Teresa Benedita da Cruz e sua irmã Rosa morrem nas câmaras de gás e, depois.

Ela foi Beatificada em 1º. de maio de 1987, sendo canonizada em 11 de outubro de 1998 pelo Papa João Paulo II. É uma santa apropriada para os tempos que vivemos.

Ela via na rainha Ester um exemplo de amor e fé, aquela que arriscou a vida para a salvação de seu povo, como ela escreveu: "Penso sempre na rainha Ester que foi escolhida exatamente para interceder por seu povo diante do rei. Sou uma pequena Ester pobre, impotente, mas o Rei, que me escolheu, é infinitamente grande e misericordioso. Esta é uma grande consolação".

Como observou Anna Rotundo: diante do ciclo de violência que parece tornar amargo o presente e obscuro o horizonte do nosso futuro, conhecer a figura de Santa Teresa Benedita da Cruz, pode dar-nos luz para colher e oferecer mais fortemente os sinais da presença e da proximidade misericordiosa de Deus. 

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