Vereadores querem explicação sobre a Oncologia

Câmara de Vereadores de Concórdia
Há vários anos lideranças concordienses lutam para que Concórdia possa ser referência em Oncologia ou pelo menos, tenha uma extensão dela. Isso possibilitaria o atendimento e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com câncer aqui mesmo em Concórdia, sem a necessidade de deslocamento para cidades como Joaçaba e Chapecó. A mobilização ganhou força no último ano, quando a Câmara de Vereadores promoveu uma campanha para a conquista do serviço, que contou com o apoio de uma dezena de entidades. O Executivo chegou a anunciar que a conquista estava próxima e bem encaminhada, no entanto, no fim do último mês, Concórdia foi retirada do Plano de Ação da Rede de Saúde das Pessoas com Câncer em SC. Agora, vereadores cobram uma explicação.
A solicitação oficial partiu dos vereadores da bancada governista. Arlan Guliani, Evandro Pegoraro e Ruimar Scortegagna, todos do PT, fizeram um requerimento de envio de ofício ao secretário Estadual da Saúde, João Paulo Kleinubing, solicitando quais foram os critérios para selecionar o municípios inclusos no Plano e os motivos da retirada de Concórdia. "Houve um grande envolvimento, com muitas ações em torno do pleito e tínhamos sinalizações positivas depois de vários encaminhamentos feitos. Até o dia 18 de fevereiro, Concórdia estava no Plano e cinco dias depois chegou ao nosso conhecimento que o município havia sido retirado", relatou Pegoraro, lamentando a surpresa da notícia negativa. "Isso é no mínimo estranho. É um desprestígio a todo o trabalho realizado. Merecemos um esclarecimento e mais do que isso, o retorno de Concórdia para o Plano", destacou o petista.
Força política
O vereador Edilson Massocco (PMDB) também lamentou a situação, já que Concórdia poderia fazer parte de um novo Plano, somente depois de 10 anos. "Estamos estarrecidos com a situação. Estivemos com o secretário Kleinubing no dia 22 e ele não comentou nada sobre o assunto e já no dia seguinte veio a notícia", comentou o vereador oposicionista. "Temos Secretaria Regional, temos Gerência de Saúde, temos deputados estaduais que podem lutar pela causa. Entendo que está mesmo faltando força política, pois ninguém se manifestou até agora", comentou Massocco. Ele ainda sugeriu que seja feita uma audiência pública reunindo todas estas lideranças, inclusive deputados que tiveram votação expressiva em Concórdia, para que algo seja feita e que a exclusão de Concórdia seja revista.
Espera
Rogério Pacheco (PSDB) também lamentou a notícia e se disse indignado com a decisão. "Toda a população de Concórdia e a grande região será prejudicada. Se criou uma expectativa em torno do assunto, mesmo que a espera seria ainda por mais dois anos, talvez. Mas agora se fala em mais de 10 anos. Isso é lamentável e o governador precisa intervir nisso", destacou Pacheco, ressaltando que o prejuízo será imensurável se esta exclusão realmente se confirmar.
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