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Breve história de Amélio Molin.

Amélio Molin.

Um Senhor de boa visão, que hoje alerta demais cidadãos para os cuidados que devem ter com os olhos

 

Um breve relato feito por Amélio Molin, dia 08 de novembro de 2012, o que emocionou muita gente, devido a realidade de sua vida.

Parou para pensar como se vive?

Eu tinha bons olhos, via tudo, mas não contemplava tamanha beleza. Tinha as coisas perto de mim, mas passava despercebido. Era mais um dia, mais um ano que se ia sem ver as coisas.

O mundo mudou de repente não o vi mais. Infelizmente, parei para pensar que antes não o admirava e depois perdi a oportunidade de um dia ter esperança de vê-lo. Fiquei cego! Quanta dificuldade encontrei nessa nova vida, na escuridão, imaginava como era antes e me imagino agora, pois me lembro de tudo o que eu via e não dava importância. Às vezes até extravagância eu fazia, não protegia os olhos como deveria. Precisei ficar cego para dar valor.

Hoje, luto com todas as minhas forças para aprender o Braille, a escrita dos cegos. É difícil, me empenho para viver na sociedade, não é fácil. Não se tem o mesmo valor que alguém que possui olhos bons. Dois pesos e duas medidas. Compare, depois me diga, não se tem liberdade de ir onde se quer. A beleza das crianças, das flores não se tem mais o céu azul, as nuvens, a chuva, o rosto da esposa e dos filhos. Também dos irmãos, pais e o próprio rosto! É difícil, porém, hoje ainda parece que tem alguém lembrando de nós. Muitas pessoas se especializando, para trabalhar com os cegos. Para você que irá ler estas linhas parece ser difícil, mas não é.

Procure proteger seu instrumento de trabalho mais poderoso: seus olhos. Hoje parei e pensei, deixei de ver tantas belezas que o mundo oferece, para não perder tempo no trabalho. E foi bem ele que me tirou a visão. Hoje procuraria fazer bem melhor. Visitaria  mais as coisas que Deus deixou para nós... Somente as coisas bobas, tolas e intenções ruins que não gostaria de ver.

Quando ver um cego estenda a mão, hoje é ele, amanhã pode ser você. Espero que sempre tenha uma Dirlei no caminho dos cegos. E que ela ensine mais pessoas. Porque como eu outras pessoas podem se beneficiar deste trabalho. Muito obrigado!

 

Molin e a professora Dirlei, num ato de amor e reconhecimento entre ambos.

 

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