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É BOM SABER...

  • HPaim -

RECONCILIA-TE DEPRESSA...

Como é doloroso o momento de nos despedirmos dos nossos entes queridos! Porque essas despedidas revestem-se de emoção e solenidade? Quem já não despediu-se de uma pessoa querida? Mesmo sabendo que o que sepultamos é apenas o corpo, uma vestimenta inútil, que a vida e a nossa individualidade continua e continuará, nos é muito penoso...

"Reconcilia-te depressa com o teu adversário enquanto estás no caminho com ele", recomendava-nos o Mestre em Mt. 5,25. Sabemos a verdadeira importância dessa lição? O que quis dizer Jesus?...

Que necessitamos diminuir ao máximo os nossos adversários, que nossa tarefa aqui neste plano é de nos reconciliarmos com aqueles com os quais não agimos corretamente, buscando o arrependimento, o perdão e a regeneração de nossos débitos, mas principalmente que precisamos iniciar o processo e trabalhar dentro de nós o perdão das ofensas que nos foram cometidas, o perdão daqueles que nos ofenderam, porque se assim não for não estamos aptos nem a pronunciar a oração que Jesus nos ensinou: "Perdoa Senhor, as nossas ofensas, assim como perdoarmos a quem nos ofendeu"; pronunciava-se assim o Mestre porque conhecia e conhece as nuanças das obsessões. Sabe Jesus que ao deixar este plano físico, retornando ao plano espiritual, o ser leva consigo os amores e os dissabores, ou seja, a quem gostava continuará gostando, agora a quem não gostava também continuará não gostando, e ao despojar-se do corpo, sente-se o espírito mais liberto para arquitetar os seus planos de vingança, que no seu entendimento será apenas de "justiça".

Se buscarmos as origens de nossas desavenças talvez percebamos que iniciaram-se por bobagens, por orgulho ferido, por vaidade, por egoísmo, por não respeitarmos os limites e direitos, ou da mesma forma por não nos respeitarem, mas que ao filtrarmos tudo podiam e deveriam ser evitadas; que nossos desafetos de hoje já foram afetos pretéritos e que em determinado ponto da jornada, ambos nos desviamos. E porque não buscarmos a reconciliação? O perdão é bênção para quem perdoa...

Que bom quando conseguimos nos reconciliar com algum adversário antes do seu retorno ao plano espiritual, ou do nosso retorno, evitaremos assim uma obsessão a menos no nosso caminho.

Entretanto, ao colocar a reconciliação com o adversário dentro dos padrões de urgência, Jesus não se referia somente àqueles que se nos afiguram como inimigos contumazes, mas, também àqueles outros, cujo relacionamento conosco se caracteriza mais pela falta de consideração do que propriamente pela ferrenha inimizade. Já pensamos nisso? Nosso pai, mãe, irmão, irmã, amigo, colega que por uma bobagem qualquer deixamos de cumprimentar, de visitar, àqueles que tratamos com indiferença, com desprezo...  Porque, principalmente nessas despedidas o momento é tão grave?

Naturalmente, é porque naquele momento, inconscientemente, fazemos um balanço de nossa convivência com aquele que parte, e o resultado e nossa pesquisa nem sempre nos é favorável.

Nesse momento, quase sempre solene, as lágrimas vêm aos olhos, e a garganta, apertada pela emoção, sufoca o pranto que julgamos inoportuno e pouco ético permitir

Ora, quantas e quantas vezes, em virtude de nossa invigilância, essa mesma pessoa que, na despedida, faz transbordar a nossa emoção, foi vítima de nossos comentários desairosos, de nossa negligência, de nossa indiferença e de nosso descaso!?

Isto nos leva a uma conclusão: devemos nos querer bem, dar provas de real amizade, desinteressada e pura, enquanto estamos no mesmo caminho, para que depois, no momento da separação, seja ela qual for, não venha o remorso nos aprisionar na escura e solitária cela do arrependimento tardio, quando já está perdida a oportunidade.

Penso e meditemos nisso!!

Boa semana

HPaim

 

 

 

 

 

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