Enercan e Fundema realizam reunião sobre o PCAU, ictiofauna e mexilhão dourado

Plano de Conservação Ambiental e de Usos da Água e do Entorno do Reservatório da UHE Campos Novos (PCAU), o monitoramento e manejo da ictiofauna e o mexilhão dourado.
Nesta terça-feira, dia 11, representantes da Enercan – Campos Novos Energia se reuniram na Prefeitura de Campos Novos com a comunidade camponovense para expor temas como o Plano de Conservação Ambiental e de Usos da Água e do Entorno do Reservatório da UHE Campos Novos (PCAU), o monitoramento e manejo da ictiofauna e o mexilhão dourado.
Estiveram presentes na reunião o prefeito de Campos Novos, Nelson Cruz, o vice-prefeito Jairo Luft, o diretor da FUNDEMA, Gilson Lopes, representantes da Polícia Ambiental, vereadores e comunidade em geral.
Durante a reunião o engenheiro ambiental Bruno Brehm explicou as responsabilidades gerais sobre o reservatório da Usina, os zoneamentos em que o lago e a Área de Preservação Permanente (APP) foram divididos e as potencialidades para o uso dessa região. Sendo orientados os procedimentos a encaminhar para a realização de possíveis atividades e obras com a devida licença e autorização ambiental.
ICTIOFAUNA
O biólogo Damião Guedes conversou em seguida com os presentes expondo as atividades que a Enercan realiza no reservatório da Usina e a importância de preservar a biodiversidade e espécies de peixes que passaram a ser raras na região.
Guedes informou sobre o projeto que a Enercan apoia para a criação de espécies nativas da região como o pintado, a Piracanjuba, o suruvi, entre outros, e comunicou o planejamento de soltar 40 mil dessas espécies de peixes para repovoar o reservatório.
A intenção é fazer esta ação em três etapas durante os próximos três anos. A soltura dos peixes em idade juvenil respeitará a cadeia alimentar das espécies, tendo um número maior de peixes herbívoros.
MEXILHÃO DOURADO
Damião Guedes encerrou a reunião explicando um pouco mais sobre o mexilhão dourado, espécie invasora trazida da China no início da década de 90 através de navios que escoaram a água de lastro – responsável por dar equilíbrio às embarcações – nos portos brasileiros. A espécie conseguiu entrar pela Bacia do Rio do Prata, na Argentina, e chegou até as bacias brasileiras como a do Rio Uruguai e Rio Canoas.
Considerada uma praga por sua capacidade de adaptação e alta taxa de reprodução, o mexilhão dourado vem causando infortúnios, principalmente, para as usinas hidrelétricas, pois através da água a espécie se fixa em qualquer material resistente e se reproduz de maneira rápida, entupindo passagens e tubulações das usinas.
A primeira incidência na Usina Hidrelétrica Campos novos ocorreu em 2014, porém, devido à alta queda d’água e as medidas preventivas tomadas pela equipe técnica, não houve grandes transtornos para a retirada dos mexilhões. Entretanto, é preciso estar atento, pois é alta a capacidade da espécie se adaptar a ambientes diferentes.
Como prevenção, Guedes orientou o uso de cloro em todo o material que esteve em contato com a água do reservatório, embarcações, remos, baldes, redes, etc. Outra orientação foi sobre o cuidado de não jogar as vísceras dos peixes pela tubulação das casas, pois no caso do peixe ter comido algum mexilhão, este se reproduziria facilmente entre as tubulações das casas e traria grandes prejuízos ao sistema de abastecimento de água.
Fonte: Felipe Montoya (49) 9989-8775 - Enercan
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Solange Nohatto
Assessoria de Imprensa Prefeitura de Campos Novos
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