Falta de acordo em negociação salarial gera apreensão

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Na manhã de terça-feira, 24, a comissão de negociação salarial da administração municipal e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Concórdia sentaram para a segunda rodada de negociação salarial da categoria. O resultado do encontro tem preocupado muitos servidores, mas especialmente os vereadores, que devem ter de resolver a questão, caso a negociação pare por aí. Rogério Luciano Pacheco (PSDB) levou a apreensão à tribuna na sessão do Legislativo dessa terça-feira. Segundo ele, o melhor encaminhamento seria a continuidade da negociação e um consenso entre as partes.
A divergência ocorre na oferta da prefeitura e na proposta do sindicato. Segundo o presidente da entidade, Valdomiro Taffarel, o sindicato pretende um reajuste de pelo menos a reposição de 100% do INPC, no caso a inflação do período, entre março de 2014 e março deste ano, o que deve ficar em torno de 8%. Os sindicalistas ainda levaram uma proposta inicial de mais 5% de aumento real, chegando a um reajuste de 13%, que se tornou utópico, conforme as conversas na mesa de negociação.
A administração municipal ofereceu apenas 6,5%, o que não cobre a inflação do período, afirmando que esta seria a última proposta. Outra opção, que veio depois, foi a reposição total da inflação, mas dividida em duas parcelas, no caso 50% agora (o que daria em torno de 4%) e a outra metade(os demais 4%) em outubro. Além da proposta do reajuste salarial, foram mantidos todos os benefícios nas cláusulas sociais. Não contente com a oferta, o sindicato afirmou que levará a proposta à assembleia dos servidores e que não descarta greve.
Saúde financeira
“O não acordo e o encerramento da negociação poderá desencadear inúmeras consequências, dentre elas, a greve, que trará vários problemas”, destacou Pacheco. O que o vereador espera é que a administração mantenha as portas abertas para o diálogo com o sindicato. “Pelos números apresentados em prestação de contas do município, durante audiência pública no Legislativo, a saúde financeira da administração é positiva. No ano passado, gastou 41,46% em pessoal, quando o índice de alerta é de 48,6% e o máximo, estabelecido por lei, é de 60%”, informou Pacheco, ressaltando que há margem para a negociação.
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